Estes dias comentei com amigos sobre esta entrevista. Não havia visto, agora vi e é revoltante.
Comportaram-se como dois idiotas. O deboche fica claro. Sabe-se que não se deve brincar com rituais de povo nenhum, menos ainda em lugares onde mulheres sofrem pressões culturais. É de dar nojo.
Grosseria pura.
sexta-feira, novembro 30, 2007
Jô Soares e as mulheres angolanas
terça-feira, novembro 27, 2007
No sertão o amor...
Como uma das colaboradoras do livro- fiz um conto, "O relicário", tenho o prazer de convidá-los para:
Exposição:
Um amor (sertão) que já nasce estrangulado de saudade
No dia 28 de novembro de 2007, no Solar Bela Vista, Ângela Almeida estará expondo os seus mais recentes trabalhos e lançando um livro com colaboradores.
Livro
Dentro dessa exposição haverá o lançamento do livro Um amor (sertão) que já nasce estrangulado de saudade, de sua autoria. O livro faz parte da Coleção Metamorfose do Grecom-UFRN e é o quinto volume da coleção e lançado pela editora Flecha do Tempo.
segunda-feira, novembro 26, 2007
O outro nele/ sem revisão
O outro nele
Ele nunca a enganara. Ela sabia que ele não a amava. Mas, ela também sabia, que o amor dela poderia fazê-lo amante.
As cartas eram diárias, como se precisasse dizer-lhe: “Veja como preencho meus dias com você”.
Ele silenciava. Apenas quebrava o silêncio, quando sentia que ela poderia escapar daquela rede.
No dia em que se viram, anos depois, ele não era aquele que ela amara em sonho, havia uma frieza que não existia no homem dela. Estranhou e desejou fazê-lo sorrir, descobrir nele o outro.
Não, ele não só não sorriu como a feriu. Feriu o amor cultivado. Hoje apenas vazio.
domingo, novembro 25, 2007
O crime diante de nossos olhos
Inacreditável!!!!!!!!!!!!!!!
Há dias venho acompanhando o crime cometido contra uma jovem que foi presa entre homens e recebia comida em troca de sexo. Chocante!!!! É inacreditável que isto aconteça no Brasil HOJE. É inadmissível assistirmos impassíveis a um crime desta ordem. Ok, vemos tanta violência por aí, já banalizou, mas por favor... é possível passar por cima disto?
Não choca apenas por ser uma menina ainda, mas por ser uma mulher presa entre homens. A lei proíbe isto. Por que os responsáveis pela prisão da moça deixaram acontecer? Ela foi presa, precisou de um mandato de prisão. Ninguém sabia????? Cadê o delegado, o carcereiro, a juíza (foi uma juíza que a colocou lá)?
Hoje li que os presos- homens- cortaram seu cabelo para despistar os que da rua pudessem ver- a prisão é num galpão separado da rua por um portão de grades, apenas, visível de quem passa.
É demais!
Acho que todos devemos bocar a boca no trombone, não dá para ficar em silêncio. NÃO pode acontecer de novo! Se ficarmos de olho quem sabe este tipo de violência diminui? Há discriminação contra mulheres, gays, índios, negros. Vamos mudar isto. Chega!!!!!
Surge 3º caso de mulher presa em cela com homens no Pará
Está no O Globo
23/11/2007 - 01h47 - Atualizado em 23/11/2007 - 08h47
Crise na Polícia Civil se estende até Tucuruí.
Pais de menina de 15 anos, que dividiu cela com 20 homens, ganham proteção especial.
Um movimento ligado à defesa de mulheres no Pará denunciou, nesta quinta-feira (22), um terceiro caso de jovem presa e colocada em uma cela com homens. A denúncia surgiu em Tucuruí. A governadora Ana Júlia Carepa (PT) disse que esses casos não irão se repetir e que está concluindo a construção de delegacias para receber mulheres.
Veja o site do Jornal da Globo
Já a família da menina de 15 anos, detida e deixada em uma cela com 20 homens, cujo caso detonou uma crise na Polícia Civil de Abaetetuba, foi incluída, por segurança, no programa de proteção a testemunhas.
A cada dia, surge uma nova denúncia de mulheres que dividem cela com homens no Pará. Em Tucuruí, um movimento de mulheres afirma que é comum presas serem colocadas junto dos homens.
“Nós queremos que as nossas mulheres paguem para a sociedade o que elas devem, mas com dignidade”, disse Maria Valente, coordenadora do movimento.
Uma mulher, que não quer se identificar e que diz estar grávida de cinco meses, contou que passou duas semanas presa por tentativa de homicídio. “Sempre com homens”, afirmou.
Em Parauapebas, mulheres também têm dividido celas com homens, de acordo com um promotor. Na quarta-feira (21), uma delas foi transferida para outra cadeia. “Já tivemos outros casos”, disse.
Ameaças
O pai da garota de 15 anos que ficou na mesma cela com 20 homens, em Abaetetuba, diz que foi ameaçado pela polícia para forjar uma certidão de nascimento falsa para a filha. A adolescente confirmou à Corregedoria da Polícia Civil que sofreu abuso sexual e que era obrigada a manter relações com os presos em troca de comida.
“Ela confirmou que em determinado momento recebeu essa proposta. Em princípio, não aceitou. Posteriormente, teve que aceitar por conta da fome”, afirmou Maria Pereira, corregedora-geral da Polícia Civil do Pará.
A certidão de nascimento da menor prova que ela tem 15 anos. Nesta quinta, o pai biológico da menina procurou a Corregedoria da Polícia Civil. Ele disse que três policiais o ameaçaram. “Se eu não cooperasse, poderia ser preso”, afirmou o lavrador.
Investigação
O delegado-geral Justiniano Alves Jr promete investigar. “Isso é grave. Vamos chamar, ouvir o pai. Se algum policial estiver fazendo isso vai responder civil e penalmente”.
Por conta da repercussão do caso e por segurança, a família da adolescente foi incluída no programa de proteção a testemunhas.
Governadora
A governadora do Pará, Ana Júlia, não respondeu se conhecia a prática de que mulheres eram colocadas em celas com homens. Ela prometeu que o caso não irá se repetir. “Determinei, através de decreto, que se estiver numa prisão em flagrante, seja menor, seja mulher, tem que seguir o Estatuto da Criança e do Adolescente. No caso das mulheres cela com condição digna, e, se não tiver, que comunique ao juiz pedindo transferência para outra comarca ou município.”
Ana Júlia afirmou ainda que o estado terá celas para mulheres no futuro. “Como as nossas delegacias não estão todas prontas, o projeto é que as delegacias que vamos inaugurar tenham locais adequados para mulheres”.
JORNAL DA GLOBO
Pai de presa denuncia ameaças
O pai da menina que ficou presa com 20 homens no Pará diz que sofreu ameaças da polícia para forjar uma certidão de nascimento da filha. Entidades dizem que a prática é comum no estado
Veja vídeo aqui
Data: 22/11/07 | Duração: 3m15s|
Leia aqui.
sábado, novembro 24, 2007
Satie e o mar
Ontem, quando saia do consultório , que fica na praia do Meio, vi a lua cheia refletida no mar prateado, é cena inesquecível, cura qualquer dor d'alma. O meu desejo é ficar ali- extasiada. Pena que não se pode ficar em segurança num local pouco movimentado. Queria encostar o carro e ficar até cansar, ou ter fome, sei lá.
Quando eu estiver morrendo me deixem, assim, ao luar, se puder ouvindo Satie, Gymnopedie, melhor ainda. Adoro piano. Irei em paz.
Agora, me digam, como é possível viver longe do mar? pra mim é impossível.
Esta foto é da Grécia, mas pode ser o mar de qualquer lugar. Lembrei do Pontal da Atalaia em Arraial do Cabo uauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu, é impressionante. Aqui eu preciso sair descobrindo os lugares, conheço pouco, sei que existem prais lindas por aqui, ontem Betão me enviou esta foto de Cotovelo- aqui pertinho. Falésias... lá no Rio não vi, conheci aqui em Pipa, que é linda, preciso voltar la´.
sexta-feira, novembro 23, 2007
E não estou de mau humor...
Meu filho, às vezes, diz: "Mãe, você odeia este ator", ou qualquer coisa, comida, sei lá. Eu sempre respondo: "Não odeio nada, não gosto".
Mas hoje no trânsito, eu descobri que tem uma coisa que eu odeio: gente que fala no celular dirigindo, e fica com o carro pra lá e pra cá. É gente da pior espécie, só pode ser. Além de atrapalharem o trânsito, podem provocar sérios acidentes. Odeio gente que fala no celular dirigindo.
Eu nem atendo, depois vejo quem foi, aí ligo ou não ligo. Aliás, se dependesse de mim as fábricas de celulares iriam à falência, eu uso pouquíssimo. Detesto também gente que usa os outros e descarta, é um tipo nojento.
A via Costeira daqui é linda e deliciosa para dirigir. Hoje passei de manhã e de tarde por lá. Vê-se o mar cor de piscina do alto e do outro lado as dunas. Vivemos rodeados por dunas aqui.
Hoje vi uma lua linda antes do céu escurecer, ainda era menos de cinco horas. Só é ruim quando tem um destes trastes com celular na frente. Fico na dúvida se está bêbedo/a, se é mal motorista, sei lá.
Dia chatinho, fui a dois médicos, nada demais, mas é uma classe que eu tenho muitas restrições, nunca sei se posso confiar. Atendem correndo- é plano de saúde- não te ouvem direito. Eu acabo não obedecendo. Pediram uma ultra-sonografia e o tal plano tem 120 dias de carência para isto. Pode? Mudei de plano, o outro estava caríssimo, uso muito pouco, só exames de rotina- felizmente. Tenho direito ao Exército. Sabem onde devo fazer a tal ultra-sonografia pelo Exército ? No INSS, entonces... o atendimento na clínica do Exército daqui é péssimo- um dia fui levar Lucas para se apresentar- e fui marcar consulta, era ao lado, eram seis e trinta da manhã. Às sete começaram a marcar consultas, quando chegou minha vez, havia esgotado o número de consultas- dez por dia! Era para um oftalmologista- liguei para o que atendia pelo plano anterior e marquei consulta pagando. Só não pago a ultra-sonografia porque sei que não tenho nada na mama, ela é assim desde sempre- tem pequenas calcificações. Gosto dos médicos homeopatas. Fiquei boa da alergia e da dor de cabeça com homeopatia.
Quando cheguei na minha rua ontem, quase não consigo entrar, havia carros estacionados dos dois lados, e carros vindos na direção oposta e outros atrás de mim. Tive que encostar rente de um dos estacionados para o sujeito que vinha pela frente passar. Estacionam enviesados, para caber mais. Há uma Universidade aqui na esquina. Por que o departamento de trânsito permite isto? Ninguém reclama?
No meu prédio a piscina está suja porque quebrou o motor que suga a sujeira, há dias não dá para usar a piscina. Ninguém reclama? Só a chata aqui?
O sumidouro transborda enchendo o pátio de trás de água nojenta. Eu vivo reclamando e os outros reclamam? Um dia vou chamar a vigilância sanitária. Ainda não chamei porque a síndica daqui deve me odiar, eu ameaço chamar- aí ela chama aqueles caminhões nojentos que sugam a água nojenta, fedem, a rua fica empestada, a casa tem que ficar fechada. Será que só eu reclamo?
Vou sair daqui em breve, por isso não vou à luta. A administradora já disse que eu posso mudar sem pagar a multa de rescisão do contrato.
O carro teria que ficar lá atrás, próximo, à água da fossa. Eu deixo na rua, do lado de fora na poeira-a rua é de terra. Tá, quem manda vir morar aqui? É muito bem localizada, fácil para os meninos se locomoverem, e eu não sabia do problema da fossa, óbvio. Neurótica obsessiva como fui, ainda com traços, sofro com isto mais que os simples mortais-vejo os coliformes fecais dançando no chão.
Por que falo nisto? Porque eu acho que as pessoas não conhecem seus direitos, não reclamam de nada, aceitam tudo com passividade. Motoristas dirigindo com celulares no ouvido, médicos que não te ouvem, planos de saúde com carências absurdas, restaurantes que te servem comida mal feita ou velha, produtos expostos à venda fora do prazo de validade, síndicos que fazem o que querem... e por aí vai.
A piscina aqui é limpa quando o porteiro responsável quer, ou a síndica manda- vive suja! Não tem dia certo para limpar, não tem placa avisando quando está em tratamento. Antes de entrar tem que perguntar:" Dá para usar a piscina?" Ora bolas...
Só eu vejo estas coisas???
Estou insuportável hoje, igual à Dona Nenê de ontem na "A grande família"- eu adoro este programa, vejo sempre que me lembro.
E ando triste com amigos, levei tantos foras nos últimos tempos, foras daqueles que não se esquece-depois reclamam quando fico recolhida na minha torre... Nem trança faço para jogar :)
Uma ótima notícia tive ontem: Jo, minha amiga querida, volta de Itália depois de seis meses em tratamento. Não sei se está curada,a infecção com estafilococus aureus ficou crônica :( mas pelo menos está melhor, sem tanta dor e eu estou morrendo de saudades. Chega dia 29. Que bommmmmmmmmmmmmmmmmm...
Vejam aqui que legal. Este tem uma vida boa.
quinta-feira, novembro 22, 2007
A voz de Dick
E pensar que ele era primo da minha mãe e a tola aqui não foi atrás para conhecê-lo. Se eu fosse mais ousada antes... era tímida demais. Devagar demais. Ele era irmão do Cyl Farney, galã do cinema nacional. Este eu conheci uma vez, era menina, eu morava em Curitiba, eles viviam no Rio. Depois fui parao Rio, pero...
Vocês conhecem a voz da Norma Benguel? É linda.
Nesta capa ela está aí em destaque. Não tenho este disco, perdi meus discos...
Dick está aqui
para quem não sabe quem é. Vale a pena ouví-lo.
"Um bom lugar pra se morar, Copacabana"... eu tenho ne memória na voz dele.
Ouça aqui.
quarta-feira, novembro 21, 2007
Hanna Schygulla - Lili Marleen
Eu vi "Lili Marlene" há anos, quando foi lançado, revi agora. Continua um filme atual. Gosto muito de Hanna Schigulla, lembro de um amigo psicanalista que a adorava e a Liv Ulmann. Nunca mais vi este amigo, é estranho isto- tinhamos muitas afinidades, éramos cúmplices, aí ele casou...e eu não era namorada dele...
Aqui tem mais sobre o filme.
Aqui Marlene Dietrich canta.
A letra traduzida para o Português:
Em frente ao quartel, diante do portão
Um poste com um velho lampião
Está ele ainda lá?
Queremos lá nos reencontrar
Queremos junto à sua luz ficar
Como outrora, Lili Marlene?
Nossas duas sombras pareciam uma só
E todos percebiam o amor que nós tínhamos
Toda a gente ficava a contemplar
Quando estávamos junto ao lampião
Outrora, Lili Marlene?
Gritou a sentinela para avisar
Tá na hora! um atraso, três dias vai te custar
Já vou, já vou companheiro!
E dissemos adeus, com que gosto eu iria
Com você, Lili Marlene?
O lampião reconhece teus passos
Teu belo caminhar
Ele ilumina tudo na noite
Mas há tempos se esqueceu de mim
E se algo me acontecer...,
Quem vai estar junto ao lampião,
Com você Lili Marlene?
Do alto céu; do fundo da terra,
Surge como em sonho teu rosto amado
Envolto na névoa da noite...
Será que voltarei para nosso lampião...
Como outrora, Lili Marlene?
terça-feira, novembro 20, 2007
Jean e César, amigos que amei- amo
Foto Jean
Lembrar de Jean dá um prazer enorme. Recebi o email de Christine e agora de César. Quem o conheceu não ficou imune. Eu sou mais livre, fui de alguma forma, sempre, por causa do convívio com ele. Era um homem livre, como diz\ o César e amante. Amante da vida, dos prazeres da vida, da natureza e especialmente das mulheres. Ele deve ter amado muitas!
Leiam o comentário de César, confirma o que eu sempre digo de Jean. Ah! se a cada 100 homens existisse um Jean...o mundo seria outro, muito melhor, com certeza.
"Ola, ola... beijos! Andei sumido do teu blog maravilhoso e de outras coisas que me cercam, mas agora estou de volta.
Que bom ler os teus escritos e, mais ainda me deparar com a foto do homem que, embora não tenha marcado a minha vida afetiva, me deu exemplo libertário de existência, a que sempre tive inclinação mas jamais consegui levá-la como bem desejava, por falta de oportunidade ou telvez de coragem. Uma pena.
Como me lembro dessa criatura:Jean. O Jean simples, de bermuda, corpo espigado, atlético, sempre com um sorriso francês nos lábios, olhar vivo a pesquisar nuances, cores, horizontes largos, o mesmo olhar que se acostumou a dar nos lugares por onde andou, namorou, amou. Jean tinha o amor da vida dentro dele que transparecia nas suas atitudes e no seu cotidiano regado a uísque, nos quadros que pintou, despretenciosamente, na arte da culinária e bebidinhas que sempre gostou,as famosas batidas do Jean. Cabo Frio foi para ele, tenho a certeza, um local de encontros saudosos e de amigos e como os tinha hein, Laurita? Como tinha amigos aquele danado. Dava inveja ao Kurt, que sempre estava com a casa vazia...só eu, Carlinhos e... bem deixa pra lá. Fique sabendo que essa foto me trouxe imensas saudades do Jean. Quero lhe enviar novas e bacanas lembranças. Estou de novo aberto para a vida! Que o espírito desse amigo agora me ensine os caminhos que ele me essinava em vida: a liberdade de existir!
Beijos do César".
Para entender melhor o que eu digo leiam aqui e aqui, se você já leu, sorry.
segunda-feira, novembro 19, 2007
"They Can't Take That Away from Me " 2
Delícia.
Hoje vi um pedacinho de um filme ótimo "Amores perdidos",
acho que já contei aqui que vi outro dia um pedaço, vejo assim, sem querer, zapeando. Um dia vejo inteiro.
Aqui tem outro vídeo, um cara cantando- um graça.
"They Can't Take That Away From Me"
Para lembrar os bons tempos- os tempos de amor. Este é para os mais velhos. Vocês conhecem este site? Uauuuuuuuuuuuuu
domingo, novembro 18, 2007
Mini conto. Sábado de manhã. (Sem revisar)
Procurava um conto, achei este. Serve.:)
Eu acho que decifrei o enigma- e sofro as conseqüências- quem manda ir atrás de enigmas, não é? Ele não finge que não sente, ele simplesmente não sente - uma lástima. Ao decifrá-lo, o amor esvaziou, interessante isso.
Gosto deste continho, gosto de fazer diálogos, quero fazer mais e mais, quem sabe uma peça. Espero que não roubem minha idéia, estes dias ando meio paranóide, mas tenho razão para estar assim. Esta semana vou registrar tudo, sem falta. Estava amarrada, agora posso me soltar.
Maria Augusta, as minhas personagens sofrem abandonos, mas na minha vida fui eu, sempre, que saí fora. Engraçado isto, mesmo sofrendo depois...impossível sair de qualquer relação sem dor ou luto, não é?
Sábado de manhã
(Manhã, um solzinho entra pela janela da sala, sol de inverno. A mesa posta para o café da manhã. Estão sentados na mesa, lendo. Ele lê um jornal, ela lê uma revista com as pernas em cima de outra cadeira, bate sol nos pés dela. Ele está vestido com roupas de sair, usa um suéter azul. Ela veste uma roupa velha, um moletom rosa desbotado).
- Olhe o que diz aqui sobre você.
- Sobre mim? Onde?
- Aqui no horóscopo da Linda.
- Ah!...Que Linda?
- Linda Goodman, aquela famosa.
- E você acha que eu sei quem é? (Olhando por cima dos óculos, cara de espanto e pouco caso).
- Ela é ótima, acerta tudo. (Ele já voltou ao jornal).
- Todo geminiano é um enigma. Escute, sim?
- Hummm? Enigma?(Sorrindo)
- É, você é um enigma.
- Hahaha, eu sou o que sou, você não precisa me decifrar...
- E você acha que eu consigo conviver com um enigma? Dormir com um? Você cada dia é de um jeito...
- Por mais que tente me decifrar, nunca me alcançará. Já devia saber disto. (Em tom arrogante).
- Meu amor, eu não quero brigar com você. Você sabe, que enigma ou não, eu te amo. Vou voltar ao horóscopo.
(Ele está lendo, a cara afundada no jornal. A mandíbula contraída).
- Imprevisível. Sabe esconder o que realmente sente. Viu?
- Viu o que?
- Não diz o que sente.
- E você precisa que eu diga? (Tom de deboche).
- Tá bom, eu sei o que você sente por mim...
- "Não tente se aprofundar muito nele". Acho que está certa.
- Fico admirado de você acreditar nestas baboseiras...(Sem levantar os olhos do jornal).
- Mas diz coisas certas, escute: é interessado pela vida, por gente, curioso, inconstante, lábil, tem talento para escrever, falar... É você.
(Ele finge não ouvir).
- Diz também que a companheira ideal deve ter acuidade mental e tentar ultrapassá-lo, gosta de mulheres inteligentes e que o desafiem intelectualmente. Uau. E adora mulheres que se revelam, que mostram sua imagem feminina. Agora eu gostei. (Rindo).
- Hum... (Olhando com desdém).
- Ah! sabe o que mais? Diz que você pode sair para ir comprar jornal hoje e voltar daqui a três dias. Que eu nunca saberei onde você está, porque está em vários lugares ao mesmo tempo. Viu???
- Viu o quê? Por acaso já sai para comprar algo e não voltei?
- Voltou sim, mas quantas vezes viaja e não me dá notícias.
- Você sabe onde estou. E sabe muito bem, que eu detesto me sentir controlado.
- OK. Não vamos discutir, até porque a virginiana aqui adora controlar, eu sei. (Rindo).
- Escute, geminianos precisam de dois amores e não exatamente de duas mulheres. Não é um enigma?
(Ele levanta os olhos do jornal, mas não diz nada. Volta para a leitura).
- Não vou mais te perturbar, escute só mais esta: "Ele terá sempre compulsão em agir de modo exatamente oposto aos seus verdadeiros desejos".
Ele se levanta, olha enviesado para ela e vai em direção à porta.
- Vai sair?
- Vou à banca, quem sabe volto daqui a três dias.
PS: Podem corrigir, aceito numa boa.
Seinfeld, meu preferido
Ok, vocês devem estar estranhando eu colocar esta entrevista aí, mas eu sou fã do Seinfeld de carteirinha, entonces...Tomara que o filme seja ótimo. Torço por eles. Não esqueci o episódio com o 'Kramer', mas isto não me impediu de continuar rindo o seriado, e graças a eles eu ri muito mesmo estando triste. Viva Seinfeld!!!
Deu na 'Folha de São Paulo' hoje:
Entrevista - Seinfeld
"Quero fazer uma última cena de Seinfeld"
Comediante fala sobre "Bee Movie", que estréia no Brasil dia 7, Beatles, religião e o retorno ou não da "série sobre o nada"
Gareth Cattermole/Divulgação
Jerry Seinfeld caracterizado, em Cannes, como o protagonista do filme
SÉRGIO DÁVILA
ENVIADO ESPECIAL À CIDADE DO MÉXICO
Jerry Seinfeld, o comediante, ganhou fama e fortuna (fala-se em US$ 500 milhões) ao levar para a TV sua rotina de humor, na qual observa de forma bem-humorada fatos corriqueiros -em esquetes que faz até hoje, em pequenos clubes de grandes cidades dos EUA.
"Seinfeld", a série, mudou a maneira como os americanos faziam comédia de situação e pode ter sido o último grande exemplar de um gênero em crise ou já em extinção, cuja fórmula de três câmeras, uma platéia e o "laughing track" (as risadas de fundo) foi primeiro popularizada nos anos 50. Ficou no ar de 1989 a 1998 e despediu-se num episódio visto por 75 milhões de pessoas.
Desde então, Seinfeld, 53, casou, teve três filhos, escreveu livros infantis e se viu "obrigado" a fazer um longa de animação após inventar um argumento (uma abelha que decide processar a humanidade pelo uso indevido de mel) e um nome trocadilhesco ("Bee Movie", filme da abelha, e também filme B) só para preencher um buraco num jantar sem assunto com Steven Spielberg. "Bee Movie - A História de uma Abelha" estreou há três finais de semana nos EUA, já faturou US$ 90 milhões em bilheteria e chega ao Brasil dia 7/12. "Yadda, yadda, yadda", a Folha falou com Seinfeld na Cidade do México, na última segunda. Leia trechos a seguir.
FOLHA - Você já disse ser fã do tipo de rotina consagrado por Abott & Costello na comédia, o louco e o certinho que se completam. Em "Seinfeld", você era o certinho, em torno do qual orbitavam três loucos.
JERRY SEINFELD - Exato. O que não faz nenhum sentido, percebe, porque interpreto um comediante e os outros são teoricamente pessoas normais levando vidas normais.
FOLHA - Em "Bee Movie", porém, é o oposto: Barry B. Benson, seu personagem, é o ousado, que quer deixar a colméia e conhecer o mundo, e seu amigo [Matthew Broderick] é o careta, que tenta dissuadi-lo. É seu momento Kramer?
SEINFELD - Não sei se Barry é tão maluco quanto Kramer... Talvez um pouco, sim. Não sei, pareceu a maneira certa de conduzir a história. [Pensativo] Gozado, não tinha percebido isso, realmente eu sou o mais louco da história...
FOLHA - Você leu o artigo no "New York Times" de uma bióloga dizendo que o mundo das abelhas é muito mais "proibido para menores", mais sexual que o do filme?
SEINFELD - [Risos] Li. Mas isso não me incomoda, cientistas falando que não agi corretamente. Por onde começar? O personagem principal é uma abelha e tem olhos azuis! Nós tiramos duas pernas dele, porque estavam atrapalhando. Ele usa uma malha. Anda de tênis. Por que não começar pela incorreção científica dos tênis?
FOLHA - O que "Seinfeld" foi para a comédia de situação de TV já foi comparado ao que os Beatles foram para a música pop. Nesse sentido, você seria o McCartney da dupla de criadores, com o humor brilhantemente cotidiano, e Larry David o Lennon, mais ousado. Concorda?
SEINFELD - Nunca nos compararia aos Beatles, mas fico lisonjeado que tenham feito isso. Os Beatles são das melhores coisas que o ser humano já fez. Dito isso, você não estaria totalmente enganado na analogia das duplas. Principalmente na nossa habilidade em trabalhar juntos, como era a relação de Lennon e McCartney. Havia uma química, a combinação de duas perspectivas criativas.
FOLHA - E o fim é definitivo?
SEINFELD - Sim. Mas penso em fazer uma última cena.
FOLHA - Só uma cena?
SEINFELD - Uma cena, não um episódio nem uma temporada. O problema é que teria de ser agora, para aproveitar o lançamento da última temporada em DVD. Mas estou muito ocupado promovendo o filme.
FOLHA - Vocês se reuniram pela primeira vez em nove anos para a mesa-redonda que está no DVD extra da caixa completa. Como foi?
SEINFELD - Assim que nós cinco sentamos juntos de novo, tivemos a sensação de antes. Como se fosse aquele pequeno conjunto perfeito, em que todos têm seu próprio instrumento, que combina perfeitamente com o dos outros. Assim que sentamos, começamos a falar: "Quero gravar um episódio agora", "Vamos fazer de novo", alguém pegou papel e caneta e começou a escrever o roteiro...
FOLHA - Você já disse ser contra a chamada "TV reunion", em que o elenco de uma série se reúne anos depois para mais uma temporada ou um especial. Continua contra?
SEINFELD - Geralmente, é triste. É melhor deixar quieto. Para usar sua analogia dos Beatles, muita gente quis que eles voltassem para mais um álbum, mais um show, ou algo assim, e acho que somos mais felizes porque eles nunca fizeram isso. Vi grupos cômicos se reunirem anos depois e tentarem fazer o mesmo que faziam, mas o tempo passou, a sensação é outra, eles estão mais velhos, não é mais tão engraçado. Se houve um momento especial, é melhor mantê-lo especial.
FOLHA - Você é religioso? Já flertou com a cientologia...
SEINFELD - Isso foi há 35 anos. Mas já tive interesse em budismo, em meditação transcendental, como os Beatles [risos], sou judeu. Acho que uma boa filosofia de vida é tirar pequenas coisas de várias filosofias diferentes e construir sua própria perspectiva. Foi o que fiz. Criei minha própria maneira de viver a vida.
FOLHA - O que aconteceu no programa do Larry King [o comediante reagiu irritado quando o apresentador sugeriu que a série foi cancelada]? Você perdeu a cabeça?
SEINFELD - Ele esqueceu que meu programa não foi cancelado, e eu, é claro, usei a oportunidade para gozar dele.
FOLHA - Você parecia ofendido.
SEINFELD - Não, esse é meu trabalho, gozar da cara das pessoas. Larry é como um membro da família, um tio, quando você tem um jantar de família e um dos parentes mais velhos diz algo errado e as crianças gritam para corrigi-lo. Foi isso.
FOLHA - Você vende a imagem de bom pai, marido e profissional, de alguém que sem um lado negro, o que é impossível. Qual é o seu?
SEINFELD - Todo o mundo tem um, nem que seja pequeno. Mas é impublicável.
O jornalista SÉRGIO DÁVILA viajou a convite da Paramount.
sexta-feira, novembro 16, 2007
O espaço que muda
Foto Jean, não consegui achar outra já digitalizada. Ele era muito mais bonito, um charme. Aqui já estava velhinho, mas ainda era lindo. Morreu aos 71 anos.
Vocês sabem que eu estou sempre pensando o que eu faço com este espaço. Eu adoro blogar, gosto de trazer para cá, coisas que leio, que me tocam, fotos que gosto, o que escrevo, sinto... Bom, mas também me incomodo com o tal espaço aberto para todos lerem. Há momentos em que incomoda mais, outros menos. Há leitores que jamais aparecem em comentários ou emails, outros são fiéis escudeiros, amigos, que acompanham seus passos.
O blog me deu muitas coisas boas: me obrigou a escrever- eu melhorei no português(ainda cometo erros, eu sei), me fez mais viva,mais atenta a tudo- tudo pode virar um post, há sempre pra quem contar sua vida. mas há coisas que não se quer contar para todos, entendem?
Ai, o espaço muda, fica com outro perfil.
Quando comecei, as pessoas que me visitavam eram poucas, lembro que um dia o Zé Simão elogiou o blog e eu disse que tive 17 visitas, achando muito, e era muito, afinal eu estava há uma semana, ou pouco mais, com o espaço aberto. Comentei com ele, não esqueço, que o tema-sexo- mexeu e ninguém comentou- eu já tinha amigos que vinham diariamente e comentavam- como se fosse um : 'Olá, bom dia!'
Poucos restaram destes amigos, não vou citar nomes para não ser injusta.
Alguns dizem que me lêem sempre, mas não comentam. Não sei mais quem lê. Não acho que devamos comentar sempre, mas, de vez em quando, é preciso dizer: "Eu ainda venho aqui, viu?" Todos queremos retorno. Enfim...
Meu blog tem mais de 1400 visitas por semana e a maioria, agora, vem do Google. O blog cresceu, tem muitas músicas, literatura, estes assuntos trazem pessoas desconhecidas. Aí, acontecem surpresas. Estes dias uma moça comentou:
Nossa,q emoção ao ler sobre Jean!Ele faz parte da minha vida tb.Nossa família francesa em Cabo Frio sempre se via,e ao sair do Sta Rosa,eu ia na casa dele comer sardinha em conserva q ele fazia,e pegava uns livre de poche policial q ele me emprestava,e acabei herdando,tenho até hoje.AMEI SEU BLOG.Manda um bj pra Anuzia,e pergunta se seu irmão continua pintando(Jean tava dando umas aulas pra ele qdo ele era menino).
Christine | 11.15.07 - 7:33 am | #
Foi uma surpresa maravilhosa! Eu amava o Jean- ainda amo, é vivo em mim. Eu não conheci esta moça.
Quando falei do Jean, ou falo de Juarez, por exemplo, sei que algumas pessoas devem achar que é fantasia minha, que invento, aí ela aparece e traz a experiência dela com ele, como se dissesse: "Ele existiu, sim, eu também confirmo isto". é muito legal.
Assim como quando César vem e diz algo sobre nós e Carlinhos. É muito gostoso e confortante.
Estes dias um rapaz também disse:
"nunca gostei de mini-contos. antes."
dá muita alegria ouvir isto.
Ou a outra que diz emocionada diante de um conto meu, que viveu isto quando se separou, igualzinho.
Estas e outras coisas me fazem não desistir daqui. Mesmo sabendo que há leitores estranhos, ou que não gostam daqui, que vêm para sugar, ou sei lá.
Salut!
Ah! pois é, o mundo virtual me deu mais um amigo, ele me deseja bom dia todas as manhãs, como se faz naturalmente com amigos, quando se sabe ser cordial, sem medo de afeto.
É o homem mais gentil e bonito que eu conheço. Um presente dos deuses. Juro. Eu acabei de levar uma rabiada daquelas...Aquele que eu idealizava, me disse estes dias que tem "ojeriza a sentimentos", depois de 3 anos de correspondência virtual, podia ter dito antes, né? :) hahaha só rindo...
Era para estar arriada, mas não, eu sei que ainda existe gente que vale à pena, amigos que te desejam o bem, sorte, que podem ser generosos.
Merci, nom ange.
quarta-feira, novembro 14, 2007
Embaçado/ Arquivo
Foto recebida de Betão
O vapor da água embaçava o vidro do box. Ele, então, desenhava bichinhos para me distrair no banho. Ensaboava meus cabelos com cuidado:
"Feche os olhos minha princesa" e eu o obedecia com prazer.
Na cozinha minha mãe fazia a sopa do jantar.
Na tarde em que ele não voltou para casa, minha mãe me deu banho. Esfregava meu corpo com força, chorava sem parar. "Lave bem ai embaixo, senão fica com cheiro de peixe". Disse me entregando uma bucha de cerda natural. Esfreguei até doer. Chorei sob a água morna até ela me gritar: Saia dai, menina, anda!
Nunca soube porquê ele foi embora. Minha mãe, às vezes dizia: "Um dia você vai entender. Os homens são todos uns miseráveis, filhos da puta". Agora que cresci, continuo sem saber. Ela está morta.
A primeira vez que fui para a cama com um homem, diante da minha dor, ele disse: "Você precisa ir a um médico, está machucada, não é normal".
Ao chegar em casa tomei coragem e me olhei com o espelhinho da bolsa. Desde então gosto de me olhar, me tocar. Vivo me cheirando, me lavando, uso sabonetes especiais. Outros homens me penetraram e não mais com dor.
Minha mãe me odiaria se me visse com um homem. Eu gosto de homens, deixo que me conduzam. Fecho os olhos e deixo que me amem.
Ainda hoje, mesmo nos dias mais felizes, ao entrar no banho, abro a torneira e sinto desejo de chorar. Uma sensação de abandono que invade. Quantas vezes as lágrimas se confundem com a água ensaboada que arde nos meus olhos...
Nota: Este conto eu escrevi depois que li um ensaio de Kathryn Harrison, no livro
“O corpo fala, aprenda a captar os sinais de alerta” de Patrícia Foster.
Mini conto Holofotes
Holofotes
Naquela tarde havia um movimento diferente no portão. De longe notou que eram da imprensa. Não sentiu medo, nem susto, apenas surpresa.
Cumprimentou um estranho que fumava na varanda e foi entrando na casa tão conhecida como uma intrusa. Ele estava no escritório, sob holofotes. Um repórter o entrevistava. Esgueirou-se entre fios, recostando-se na parede lateral. Mal o via dali. Ouviu quando disse que lançaria um livro em breve, uma novela, um diretor amigo pediu que escrevesse. Será filmada no próximo ano, disse orgulhoso.
Suas palavras a atingiram como lanças.
Por que não falou do livro? "Ficarei em silêncio estes dias, não estranhe", dizia. Acostumada ao pouco que recebia, não o questionava.
Quanto dela estaria no livro? Sentiu um calafrio.
Não esperou a entrevista acabar. Saiu de fininho. Anoitecia, a casa estava escura, acendeu apenas o abajur da sala. Parou na porta, olhou a sala, pousou os olhos em cada objeto, gostava daquela sala, tudo ali tinha uma história. Pegou um ex-voto, guardou no bolso, ele saberia que foi ela quem levou. Sabia que não voltaria.
Despediu-se de Zampanô, o vira latas, que a acompanhou até o portão. Sentiria sua falta.
Quase magia
Imagem de satélite lunar divulgada pela agência espacial do Japão mostra alinhamento da Terra com a Lua
domingo, novembro 11, 2007
Conto: O caso
Foto Fernando
O caso
Ele disse:
- Ficamos por aqui, nos vemos na terça.
Lágrimas aqueciam a face gelada pelo ar exageradamente frio. Desta vez ele não lhe ofereceu lenços de papel.
Foi caminhando para casa, o sapato alto incomodava, mas não se importava. Tropeçou várias vezes, quem a visse diria que havia bebido. Passou por alguns bares, pensou em sentar e pedir uma dose dupla, mas não, precisava exorcizar aquela dor.
Nada aconteceu naquela noite que lembre, estava anestesiada.
O telefone a acordou ao meio dia, uma amiga diz que haveria uma palestra de seu analista naquela noite.
Sentia a boca amarga, estava exausta, a outra perguntou:
- “O que houve? Está doente?”
- “Não, não houve nada”, respondeu.
O auditório cheio a incomodou, ficou do lado de fora, aguardando. Ele chegou alguns minutos antes da hora marcada. Vestia cinza, parecia mais velho. Estava com um grupo de amigos, gente alegre, como pássaros em algazarra. Ela foi até ele e estendeu a mão, ele sorriu.
Ela indagou:
- "Posso entrar com você?".
Ele respondeu:
- "Não". E sorriu tenso. "Estes (falou, olhando em direção ao grupo), são meus alunos..."
Ela pensou em sair dali, desaparecer, mas sabia que precisava ficar.
Entrou no auditório, encostou-se na parede. Ali, no fundo, ele não a veria, entendeu que ele não a queria lá.
Fez-se silêncio. Ele foi apresentado por alguém.
Disse que se tratava de um caso clínico, uma mulher que atendeu há alguns anos, e que chamaria "Laura" - um nome fictício.
E a descreveu, falou nela como alguém que dissecasse um cadáver. O coração acelerava à medida que ele avançava.
Como ele fez isto? Desnudou-se diante daquele homem durante três anos, confiou nele.
À medida que o ouvia uma tensão crescia dentro dela, não sentia desejo de chorar, mas de gritar.
Quando acabou sua fala, os aplausos explodiram e ele foi cercado. Sorria exultante.
Ela foi em direção ao palco. Esperou uma brecha e disse: "Esta, sou eu". Ele sorriu nervoso e confirmou: “É você, Laura”.
Saiu dali sem saber quem era aquele homem. Saiu dali com a sensação estranha de que tudo o que viveu nos últimos anos foi uma farsa. Saiu dali vulnerável, lesada, roubada.
Sente-se, agora sim, Laura,'a louca'.
PS: Aviso aos navegantes: é ficção, viu? Inventei sobre uma sensação que tive, só isto. Estou mais lúcida que antes. Muito mais.
Vou te deixar
Vou te deixar
Ele disse:
- “Daqui a pouco preciso ir”. Chamou o garçom, pediu um café.
Ela já sabia, mal conseguia comer o sanduíche à sua frente. Disse então:
- “Quero um café, também”.
- “Traga dois cafés, o meu 'o de sempre', para ela o normal".
Ela pede um abraço, ele diz irônico: "Ah! o abraço...”
- “O filme já vai começar”.
Ela pergunta:
- “Posso assistir com você?”
Ele:
- “Não. É um copião, depois você vê”.
- “Vou te deixar".
Ela tomou o gole de café que restava, a garganta travada. Sentada na mesa da calçada, olhou o homem que subia a rua e que ela mal conhecia. Não desejou seguí-lo, como imaginou tantas vezes. Escolheu outro caminho de volta.
O alvo
O alvo
Olha o céu como se observasse um quadro. Não há emoção.
Quando uma nuvem se interpõe entre ela e o sol, sente alívio. O coração frio repudia a luz que incomoda, fere. Apenas espera o sol se pôr para entrar.
Fará o lanche de sempre, verá TV até sentir sono e dormirá. Despertará quando o sol aquecer o quarto. Não lembrará dele como antes.
Desta vez, ele acertou o alvo- matou o seu afeto.
sábado, novembro 10, 2007
"Quero Ser John Malkovich"
"Quero Ser John Malkovich"
Uauuuuuuuuuuuuu eu queria ver este filme faz tempo, mas não lembrava, não vou atrás dos filmes. Ontem vi na Tv. É extraordinário. Tem um roteiro absurdo e surpreendente. Faz pensar, faz rir. É um filme divertido e inusitado. Imperdível.
Os atores estão todos, sem exceção, muito bem. Cameron Diaz, está irreconhecível, enfeiaram a moça, John Cusack, o principal, idem, fora os outros e o próprio Malkovich, que é um dos melhores do cinema atual. É um filme impossível de se contar, porque é tão maluco que se contarmos, parecerá uma droga e é ótimo.
O roteirista fez sua estréia com este filme, deve ter fumado uns bons baseados... :)
Os personagens são todos meio doidos, se comunicam mal, não se ouvem, é uma loucura divertida e curiosa. A personagem da colega do Cusack- Catherine Keener- bela, desafiadora, é diferente e instigante. Além da questão sexual que surge- muito bom e divertido. Quem não viu, não perca, quem já viu deve ter desejo de rever, como eu. Lembrei de um filme do Woody Allen, aquele que ela entra na tela, a personagem da Mia Farrow, pois este é muito mais maluco e mais interessante.
E os bonecos? demais...
Pois é, quem somos nós? Que mundo é este que nos cerca? Há mais aqui? Qual é o meu desejo? Entrar no corpo de outro? Viver a vida do outro? Viver a minha vida através do outro?...
São muitas as questões que aparecem. E eu não estou pensando a sério aqui, estou com sono e sem vontade de me aprofundar no tema- acho chato interpretar filmes, não são sonhos...
O Jôka do Avenida Copacabana
Foto Jôka
Quando estive no Rio conheci o Jôka, meu amigo blogueiro. Ele é o que eu imaginava- educado, bonito, charmoso, elegante. O blog dele tem pouco texto, mas sempre muito bem escritos, e as fotos são fantásticas- ele mostra o dia à dia do bairro, com aqueles personagens, que só quem conhece Copa sabe com é. Eu adoro observar aquelas figuras- andam enfeitados, gostam de sair à rua coloridos, são alegres, é diferente do Leblon, onde há uma sofisticação que incomoda, um 'up to date', artificial. Uma pose...Lógico que não são todos. Meu amigo querido, amor da vida toda vive ali e é a pessoa que menos se importa em estar na moda que conheço. Os valores são outros. Lida com arte.
Pronto, arranjei inimigos.
Eu não gosto do Leblon, não tenho boas lembranças dali, gosto de Copa e Ipanema. Os outros bairros não conheço, tive consultório em Copa, fiz análise lá, tive uma amiga que morou anos ali na Galeria Menescal, aquilo fervilhava em 70, tinha o 'Jirau' , boate que freqüentávamos até o sol nascer. Lembra César?
E voltando ao Jôka, ele foi super delicado comigo e me disse algo que gostei muito: primeiro achou que eu tinha menos idade, ou que tinha feito plástica. Oba! foi um elogio e tanto, afinal sou cem por cento natural; depois disse que por eu ser bastante inteligente, pensou que eu fosse diferente- imagino que queria dizer arrogante- mas que não, gostou do meu jeito de ser. Fiquei feliz, eu acho que posso passar uma certa arrogância para alguns, mas ao vivo não. A não ser que queira ser antipática- aí... fico calada e dura. Sei ser desagradável, também, mas prefiro não ser. Só fico má com gente que não gosto, não sei fingir.
Tanto com ele, como com a Franka, eu me senti muito à vontade, foi muito bom, quero voltar a vê-los.
sexta-feira, novembro 09, 2007
A Franka
Quando estive em São Paulo eu conheci a Lucia Franka. Ela foi uma das primeiras pessoas que conheci na blogosfera, fui atrás pelo nome do blog, eu fazia assim. Dei sorte. Ficamos amigas virtuais, nada de grudação, mas nos queremos bem e nos respeitamos. Eu sabia que iria gostar dela, é fácil. Simpática, gentil, bonita- mais bonita do que nas fotos.
Fomos ver ums mini peças de teatro no "Satyrianas". Fui apresentada ao Ivam Cabral, também super simpático.
Pena que não vi a peça da Lúcia, foi de manhã cedo e eu de manhã...Bom, um dia verei uma peça dela- para quem não sabe, Lúcia é a nossa melhor cronista, escreve que é uma beleza sobre tudo, ou sobre o nada (como o 'Seinfeld'). E faz peças teatrais também. Confiram aqui.
Eu andei de carro com ela na Av Paulista, ela ia me mostrando os prédios, é apaixonada por São Paulo, disse para eu ir morar lá. Eu viveria bem lá? faz muito frio, detesto frio. Mas acho que vivo em qualquer lugar, desde que tenha uma piscina e um computador. Nossa, quanta pobreza espiritual, né? é mentira, moro onde meus filhos estiverem, um dia pode ser que seja diferente, hoje não é.
Foto daqui.
"C'est la vie"...
Ontem eu vi este filme na Tv, já havia começado, achei interessante, vi até o fim. Chama-se "C'est la vie" frase que eu uso muito, sempre usei, lá em casa todos usam.
"C'est la vie" é sobre a morte, sobre pessoas à beira da morte. O ator- Jacques Dutronc- tem uns olhos que eu gosto muito, não lembro onde o vi antes, mas é conhecido, canta também. Tem uma voz gostosa. A atriz é uma graça- Sandrine Bonnaire, tem ar triste, sombrio, lembra Jeanne Moreau. Eu adoro filmes franceses, aliás, tudo que é da França me agrada, devo ter vivido em vidas passadas por lá- não acredito nisto, viu?
Bom, o filme é sobre a morte que se aproxima- é filmado numa abrigo, casa de repouso, sei lá, onde vivem doentes terminais, vão morrendo. Mas não é muito triste, não. Eu não tenho medo de morrer, não me incomoda o tema, e os personagens principais, lógico, se apaixonam. Há certa tensão, expectativa, a gente torce para que ele não morra. É um bom filme, vale a pena ver. A tradução é: "Os últimos dias de minha vida" bem ruinzinha para "C'est la vie", não acham? que tem a ver com algo que não podemos evitar, faz parte da vida- meio fatalista. Tentei achar músicas com ele, só achei esta com Françoise Hardy, lembram?
Aqui tem uma crítica, deixo para os outros, não gosto de falar sério sobre cinema, não sou especialista.
Que olhos!!!!!!!!!!!!!! Sou fascinada por olhos claros, é minha perdição. 'C'est la vie'...
Cena do filme.
A deusa da sedução
Tenho visto filmes com Ava Gardner, ao acaso na Tv TCM. Ela foi belíssima, por isso o Frank Sinatra foi tão enamorado. Esta cena dela cantando é uma das mais sedutoras(explícita, óbvio) que vi. Não conheço nenhuma atriz da atualidade com o 'sex appeal' dela. Pode ser que esteja envelhecendo, mas não lembro nenhuma, nem as mais belas como Nicole, S.Stone... têm o calor que a Ava Gardner passava. Tem uma cena dela em "A noite de iguana" com dois rapazes à beira mar... uauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu a mulher arrasava. Eu a acho mais sexy e bonita que Rita Hayworth. Caetano as homenageia aqui, vejam.
Vi "A Noite de iguana" estes dias, só que perdi o início- li a peça há anos, reconheci. A dublagem que fizeram era um desastre, mas mesmo assim eu gostei de ver, eu adoro estes filmes antigos. Li muitas peças de teatro, adoro ler teatro, preciso reler. Tennessee Williams era um dos que eu lia.
O foco, cadê o foco?
Hoje estou com esta música no meu radinho subjetivo. A piada é que ele não tem nome para riscar, nunca escreveu, ou inscreveu.
Quando eu perguntei:
- "Eu me pareço com o que você imaginava?"
Ele respondeu:
- "Eu não imaginava nada".
Calei-me. Depois entendi, eu não sou nada, como ele teria uma imagem do nada?
Só rindo hohohohoho
Verdade, acho que tenho que rir. Eu juro que estou começando a rir de mim mesma
quá quá quá quá
Quem manda ousar, né?
Vocês viram o filme do Woody Allen em que o personagem fica desfocado? hhahahaha, eu acho que estou assim, fora de foco, até me focar de novo... ih! vai demorar um pouco, mas não é medo, é porque o chão abalou, que nem o terremoto lá nas Filipinas.
Esta música, "Risque", é jóia. Perfeita.
E aquela do Chico que diz:
"Quando você me deixou, meu bem
Me disse para eu ser feliz
E passar bem
Quis morrer de ciúmes,
enlouqueci,
mas depois como era de costume, obedeci..."
Ele não me disse para ser feliz, é egoista, mas eu serei feliz. Não curto fossa, já curti, hoje não- a gente aprende alguma coisa na vida, eu aprendi.
Risque
Orlando Silva
Composição: Ary Barroso
Risque
Meu nome do seu caderno
Pois não suporto o inferno
Do nosso amor fracassado
Deixe
Que eu siga novos caminhos
Em busca de outros carinhos
Matemos nosso passado
Mas, se algum dia, talvez, a saudade apertar
Não se perturbe, afogue a saudade
Nos copos de um bar
Creia
Toda a quimera se esfuma
Como a brancura da espuma
Que se desmancha na areia
quinta-feira, novembro 08, 2007
Hoje é dia de Contardo
A história da gente
Contardo Calligaris
O ideal da modernidade é a esperança de que "as pessoas" sejam sempre, de certa forma, "a gente"
Leia na íntegra aqui.
Vou colocar os artigos dele agora lá, tem mais a ver, não acham?
Yesssssssssssssss. E lá quem quiser pode copiar, não tem aquele dispositivo que proibe copiar.
Copiem à vontade. :)
No país da piada pronta...
Gente, é demais, vejam o que eu recebi hoje. Não resisti e coloquei aqui. É demais! Cheio de erros de português.
Será que alguém ainda cai nestes golpes?
Copiei aqui para lerem melhor :)
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From: CrediCard
To: undisclosed-recipients:
Sent: Thursday, November 08, 2007 3:43 AM
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instalaзгo de qualquer programa(software) em seu computador.
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Obrigado pela compreensгo,
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quarta-feira, novembro 07, 2007
O peregrino
O peregrino
O 'Y ching' diz algo assim:
“Desista, o destino quis assim”.
Obedece, sempre obedece.
No intimo, o sonho guardado, e a pergunta: ‘Mas, por que o destino quis que nos cruzássemos um dia?”
O 'Y ching' não responderia.
Ele, o escolhido, não esqueceria aquela que o acolheu no frio, serviu-lhe chá quente e ensinou-lhe a língua do lugar, para que nunca se sentisse estrangeiro.
"E que nem é direito ninguém recusar"...
Deu no UOL:
O vulcão Kelud, no leste da ilha indonésia de Java,* entrou em erupção na madrugada de ontem, após quase três semanas de alerta máximo pelo aumento de sua atividade.
E este?
Acabo de ler que Java tem 38 vulcões. Uauuuuuu Por isso acontece tudo lá, desastres ecológicos um atrás do outro.
Esta foto é maravilhosa, já havia colocado aqui, está em algum lugar.
Vulcões me fascinam e assustam. Acho que tudo que nos fascina assusta, não é?
Homens que me fascinam me assustam. É como se um desejo suicida me tomasse. Paixões são sempre suicidas- nos jogamos como num abismo. Por isso tantos têm medo de se abrir para o amor, ou paixão.
É assustador, dá arrepios, medos, fogo pelas entranhas.
Será que eu consigo viver sem isto?
Vivi uns anos assim, adormecida, quem sabe consigo de novo- vou tentar.
Ouça aqui e me diga se não tem a ver com vulcões.
Lembram do filme?
Eu me arrepio quando vejo.
E da letra?
O que será (À flor da pele)
Chico Buarque/1976
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo
terça-feira, novembro 06, 2007
"Meu mundo caiu"...
Que beleza, achei a Maysa cantando isto. É uma música que me cabe. Só que não estou tristeeeeeeeeeeeee, apenas, triste.
'C'est la vie'
Viver é isto- já diziam os chineses há séculos, é:
"Cair seis vezes
e se levantar sete".
É isso aí, caindo e se levantando, não é?
Ainda bem que tenho um anjo que me dá bom dia todos os dias, e que anjo...
UAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
hihihi
Salut! mon ange. :)
ai ai estou rindo de mim mesma...
Ontem passei pelo maior stress (dia de pagar contas, ligações para corretores de imóveis, ex amores na parada...), hoje estou cansada, mas bem humorada.
E ele nem tem pena de mim :(
buáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Vejam aí a Maysa no Japão cantando:
Meu mundo caiu
Meu mundo caiu
E me fez ficar assim
Você conseguiu
E agora diz que tem pena de mim
Não sei se me explico bem
Eu nada pedi
Nem a você nem a ninguém
Não fui eu que caí
Sei que você me entendeu
Sei também que não vai se importar
Se meu mundo caiu
Eu que aprenda a levantar
Brasil, meu Brasil brasileiro
O Élvio mandou e disse isto:
"Esta é de matar... visível na Linha Vermelha à direita antes de chegar à bifurcação da UFRJ – Linha Amarela. Cuidado para não bater no carro da frente"
Céu de urubu
Pois é...dá medo.
Era um setor que tinha manutenção com qualidade, mas parece que isto no Brasil atual é coisa rara. Uma pena. Onde vamos parar?
Em quedas...................................................................................................................
Que horror! Eu adorava aviões, nunca tive medo, sou fatalista- ainda gosto, mas tenho um certo receio. Tinha mais medo de estradas- ainda tenho- foram 104 mortes neste feriado. UAUUUUUUUUUUUUUUU li aqui.
Leiam o que a Eliane(não sou eu, viu?) diz aqui:
ELIANE CANTANHÊDE
Da Folha
Céu de urubu
BRASÍLIA - Desde o final do ano passado, já caíram, pelo menos, um Boeing da Gol, um Airbus da TAM, um tucano da FAB e um Learjet particular, além daqueles três helicópteros num único dia da semana passada em São Paulo. Três! É impressão minha ou tem alguma coisa errada nessa história?
Quando o Boeing se chocou com o Legacy em pleno ar ("acidente impossível", apelidam os especialistas), foram 154 mortos, e o Brasil descobriu que o controle aéreo estava descontrolado, com falhas técnicas e pessoal insatisfeito, à beira da insubordinação.
Quando o Airbus caiu e ardeu em chamas em Congonhas, plena São Paulo, foram mais 199 mortos. E o Brasil descobriu que:
1) as companhias estão enchendo as burras, voam como querem e estão deixando a manutenção em algum outro plano que não o primeiríssimo, como deveria ser;
2) a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) viajava de graça pra lá e pra cá, mas não fiscalizava nada. De quebra, usou norma fajuta para facilitar a vida das companhias em Congonhas, filé do setor;
3) a Infraero (estatal responsável pelos aeroportos) gastou fortunas para embelezar os aeroportos, mas deixou as pistas para lá. O governo esbravejava que era preciso "desafogar" Congonhas. Mas para onde? A pista de Guarulhos também estava irregular e insegura.
Agora, quando caem o Learjet e três helicópteros, um atrás do outro, fica evidente que, além de Congonhas estar saturado e Guarulhos não ser nenhuma Brastemp, o aeroporto Campo de Marte, também no miolo paulista, é um quebra-galho perigoso. E, se ninguém cuida direito dos grandes aeroportos e dos grandes aviões, cuida-se menos ainda dos pequenos e dos helicópteros. Tudo entregue à própria sorte, à nossa sorte.
Enfim, nós estamos num mato sem cachorro e não temos para onde correr. Nem para onde voar.
elianec@uol.com.br
segunda-feira, novembro 05, 2007
Somos o que comemos?
Descobri um livro jóia agora. Um fotógrafo, Peter Menzel fotografou 30 famílias de 24 países e o que elas comem em uma semana. Vejam estas duas fotos e o site aqui
Esqueceram de nos colocar na lista...seria interessante...
Ah! a ração brasileira seria: refrigerantes, cervejas, batatas fritas, pizzas, carnes, enlatados, biscoitos- todo tipo.
Chocolate em pó, chocolate em pacote, chocolate em barra, bombons, o que mais?
Leite, arroz, feijão, pão, poucas verduras, poucos legumes, quase nada de frutas...
Acertei?
Amazônia, como tudo, vira piada
Vocês viram este vídeo? Que absurdo!
Mas lá no Youtube tem um comentário de
LeonardoRTV (1 semana atrás) que diz:
"É uma propaganda falsa feita pra um jogo do guaraná Antarctica e essa empresa era a grande vilã da história. Basta entrar no "site oficial" da empresa pra ver que foram brasileiros mesmo que criaram a farsa... E dá pra ver que funcionou.
O bom é que já deixa todo mundo atento caso algum dia isso seja pra valer"...
É um jogo
Assim mesmo acho de um mal gosto incrível. Leiam o texto aqui. Ridículo!
Onde vamos parar?
No pa´s da piada pronta...não é Simão?
Woddy Allen e a arte de viver
Também vi ontem 'Desconstruindo Harry', não havia visto. Adorei. Os filmes dele batem em mim absolutamente familiares. Aquela coisa de analisado o resto da vida- sou eu- as dificuldades, tudo é familiar- só que eu sou menos neurótica- se é que dá pra dizes assim, né?
Eu rio com Woody Allen, sempre, gosto das piadas, da irreverência. No final ele me comoveu, quando o personagem diz que só é bom na arte, na vida, não. O filme acabou e me deixou entristecida. Eu sou boa em arte e complicada na vida. E nem ganho dinheiro com arte, merda!
PS: Eu gosto do ritmo dos filmes dele, da entrada em cena de atores conhecidos, da rapidez dos diálogos, a analista louca...:)
hahaha
Não reconheci a Mariel Hemingway, para mim ainda era jovencita- virou senhora.
E o personagem dele que retrata a família, a ex, etc e tal. Cretino, não é?
Amores na Savana
Vi "Mogambo" de 1953, ontem no TCM, de John Ford, adorei. Não lembrava, devo ter visto há séculos.
Estas duas atrizes estão de arrasar. Belíssimas. E os olhares, o ciúme. Ele um bobão, não gosto dele como ator. A direção ótima, o filme é longo e não cansa. Maravilha!
Ava Gardner, para mim é uma das mulheres mais belas do cinema. Grace Kelly também foi, mas a Ava tinha mais vida. E parece que viveu bastante mesmo. Ela faz uma personagem moderna, avançada para a época, e está ótima.