domingo, dezembro 31, 2006

Feliz ano novo!!!


















Que o seu ano seja assim, bonito e tranqüilo, mesmo que nuvens negras ameacem sua paz !Feliz ano novo! Felice Nuovo Anno! Happy new year! Feliz ano novo! Heureuse Année Nouvelle! Feliz Año Nuevo! Felice Nuovo Anno! Que o seu ano seja assim, bonito e tranqüilo, mesmo que nuvens negras ameacem sua paz! Feliz ano novo! Felice Nuovo Anno!















Que o seu ano seja assim, bonito e tranqüilo, mesmo que nuvens negras ameacem sua paz !Feliz ano novo! Happy new year! Felice Nuovo Anno! Feliz ano novo! Heureuse Année Nouvelle! Feliz Año Nuevo! Felice Nuovo Anno! Que o seu ano seja assim, bonito e tranqüilo, mesmo que nuvens negras ameacem sua paz! Feliz ano novo! Felice Nuovo Anno! paz sua ameacem negras nuvens que mesmo ,tranqüilo e bonito, assim seja ano seu o Que


Este é do ano passado, mas vale, afinal muitos não viram, abram aqui.

Este texto também é do ano passado mas é ótimo, leiam.


2007=2+7=9 leia aqui.

É o ano do Javali no horóscopo oriental-chinês, veja aqui. Ou aqui, gostei mais deste.

E para vocês "La vie en rose" em várias versões. Recebi do meu incansável e talentoso amigo Betão:

La vie en rose:

Edith Piaf

Mireille Mathieu

Grace Jones

Cyndi Lauper

Marlene Dietrich

Sarita Montiel

Erika Rodrigues

Thalía

Zazie

Dalida & Julio Iglesias

Aretha Franklin

Celine Dion

Tony Bennett


Até o ano que vem! :)

Que possamos rir muito aqui. muito mais que em 2006.

Um abraço para todos.

Eu queria tanto...

You Belong in Milan


Stylish and sophisticated, you want to enjoy a truly European life - away from tourists!
Milan fits you perfectly. Great shopping, high quality food, lots of culture... with very little hype.


Eu fiz este teste e deu Milan, achei que seria Paris, mas... hihihi ai ai tão chic Milan hummmm

Copiei daqui da minha amiga Jardinière.

sábado, dezembro 30, 2006



















Dias de dispersão e ansiedade. Preciso mudar, detesto mudar. Não parece, né? mas odeio a trabalheira, tenho muitos papéis, desenhos, quadros.

O mundo ai fora- triste. O Rio pegando fogo- agora não basta matar, é preciso queimar as vítimas- num gesto mais perverso ainda. Horror.

Saddan foi enforcado- eu estava tão desligada, que só ontem descobri que era agora- eu lia sobre as apelações, estas coisas, e nem estava ai para o fato, mas fiquei com sensação esquisita quando soube que a qualquer momento seria enforcado. Esta cena só vem se somar às que fazem o mundo atual um circo do absurdo. O enforcamento dele vai fazer bem a quem? Tá, o homem era mal, merecia, mas a cena é tão primitiva que me choca.
A Tv Globo interrompeu a programação para anunciar com aquela música tétrica- tenho horror- lembro da morte trágica dos Mamonas, odeio aquela música. A intenção deve ser esta mesmo, fazer a gente parar tudo e correr para ver a desgraça que eles anunciam.
Leiam aqui.

Detesto festa de 'reveillon', aliás todas estas festas obrigatórias me soam estranhas- gosto de reunião de amigos, só isto, festas... detesto. A queima de fogos daqui é fraquiiiinha para quem já viu o Rio, então... Fui convidada para uma festa, mas não vou- família da namorada do meu irmão, mas é muita gente desconhecida, é esquisito. Eu preferia nem ir à praia, mas vai depender dos filhotes, acho que Dan vai querer ir, ele quer sempre mais. Luc já disse que prefere ficar em casa, eu abriria um champanhe em casa e ficaria tranqüila. Molhar os pés no mar? sei lá, eu não ligo estas coisas, para mim é um dia como outro qualquer. Nunca levo flores. Não faço roupa especial. Ih! será que é por isso que não estou melhor? hihihi Molhava os pés no mar em Cabo Frio, que é mais fácil de chegar ao mar. Lá a festa é bem bonita, muitos fogos, milhares de pessoas- a última vez que estive lá calcularam um milhão. cabo Frio é um lindo lugar. Como morava pertinho do mar, ficava fácil. aqui tenho que ir de carro, todo mundo enlouquecido, não gosto.

Vocês lêem o Xico Sá? Vale a pena, leiam aqui, está imperdível. O amor nos tempos do msn. Bons tempos aqueles do amor nos tempos do cólera, mas vocês acreditam que eu continuo amando à moda antiga? é vero. E gosto muito. :)

Acho que vou ao mar, sim, mas de dia. E acenderei uma vela, acho que estou precisando.


sexta-feira, dezembro 29, 2006

"A barra do amor é que ele é meio ermo..."

" A barra do amor é que ele é meio ermo. A barra da morte é que ela não tem meio -termo"





















Elis canta aqui. Há anos eu queria achar esta música*.
Vi o especial com Elis na Globo ontem, cheio de equívocos, mas enfim era Elis. Vejo Elis sempre triste, será projeção minha? uma amiga diz que lembra dela rindo e feliz.
*Meio-Termo
Antonio Carlos F. de Brito/Cacaso/ Lourenço Baeta

Retrospectiva 2006. Um ano especial.




















Fim de ano a gente sempre faz um retrospecto.
No mundo virtual, aqui no blog, eu destaco este momento da blogagem coletiva, como o mais interessante e impactante para mim. Tive idéia da blogagem sobre violência no momento em que São Paulo era dominada pela violência e havia um silêncio que me incomodava.

Acabamos o ano com o Rio acuado diante dos ataques. Repito aqui o post da blogagem,
Foram muitos os que participaram, quem não viu, veja agora. Foi um sucesso, todos queria soltar a voz- daí a importância. É preciso soltar a fala sempre. Freud já dizia, o meu mestre querido. O sucesso não foi meu, foi de todos, todos ajudaram a divulgar, foi um momento mágico, muito bonito.
Pena que a maioria não me deu o link do post daquele dia, quem entrar nos links entrará nos blogs e terá que buscar a blogagem, mas alguns me mandaram o link certo.
Blogagens coletivas são muito interessantes, criam uma teia fantástica- afinal isto aqui é uma rede, não é? Dão muito trabalho, mas sempre que houver um tema que for relevante acho que devemos fazer.
A blogagem sobre ética foi muito boa também, vejam aqui.


Mas eu quero dizer também que este ano foi um ano muitoooooo especial para mim.

Sofri perdas, algumas pessoas se afastaram- de outras eu me afastei, cansei de
ser a única a ir ao encontro- mas ganhei muitos amigos. Reencontrei no google um amigo que não via há mais de 20 anos- convivemos anos à fio no Rio e Cabo Frio- César, amigo queridíssimo. Choramos juntos de saudades de Carlinhos que se foi antes.

A minha amiga querida My, uma das poucas que fiz aqui, voltou para SP, fiz mudanças na casa por causa dela, comprei coisas. Gosto demais dela.

Conheci a Jo, a italiana que eu gosto tanto, aquela que sofreu um acidente horrível, ficou meses no hospital, mas está muito melhor, vai ficar boa. Ela me deu oportunidade de me dar mais, Jo é afeto puro, uma delícia de amiga. Através dela conheci o budismo de Nitiren Daishonin.
Eu namoro o budismo há anos, mas tenho dificuldades em entrar de verdade na religião, porque me falta fé, e tenho horror a dogmas, compromissos litúrgicos, gosto de ser livre, dona do meu nariz. Gosto da filosofia budista, muitooooo. No budismo as escolhas são sempre feitas por você, é a lei da causa e efeito, então pode tudo, isto é ótimo. A prática é que é difícil, mas eu tento, talvez não seja este o budismo que eu busco- prefiro a meditação em silêncio do que recitar o mantra-mas já tive provas de que o mantra funciona, é interessante. Eu entendo racionalmente como faz efeito, se você deseja aquilo e se predispõe a conseguir, você consegue. É mecanismo fácil de entender, o PNL ensina.


Por causa de vocês, de cada um que vem até aqui ver o que escrevi, eu escrevi bastante, tenho agora muitos contos curtos.

Ganhei algumas amigas especiais com quem troco figurinhas e me tiram do isolamento- eu digo que vivo numa torre- moro numa duna, no último andar de um prédio de 3 :) ,tem uma escada, acaba aqui. Eu amo estas moças, me comovem, me fazem mais generosa.

Laços afetivos muito especiais foram reforçados, há uma certeza de querer bem que me faz melhor, mais feliz e mais bonita.

E estou motorizada desde julho, eu só dirigia o carro do pai, aquelas coisas, agora tenho o meu e fico muito feliz dirigindo, é algo que me dá um prazer enorme- até porque aqui é difícil engarrafamentos(existem), mas é só não pegar a hora do rush.

Estou super saudável, meus filhos são ótimos, amadurecem saudáveis. A grana deu para viver. O que mais posso desejar? hummm

Estou me mudando, o que é um transtorno para uma ex obsessiva e virginiana, mas fazer o quê?
O ano que vem será melhor, eu sei.
Em 2006 eu semeei bastante. E também porque não contei antes que tive momentos muito tristes e difíceis, mas passou, a dor, aquela que me faz ir murchando passou.
Oba!!!
Feliz ano novo para todos. E obrigada por virem até aqui, vocês me estimulam a fazer cada dia melhor.

Aqui embaixo está o post da blogagem.

























Vejam quanta gente legal está entre os que querem participar da blogagem coletiva, dia 22, se você ainda estava em dúvida...
Veja que já estamos com um grupo super legal, há alguns que eu não lembro o link, me enviem, please.

Convidem seus amigos, sei que não vamos mudar a situação, mas vamos pelo menos dizer o que pensamos, muitos serão lidos, deixarei uns dias no ar.

Agradeço a todos que estão ajudando a divulgar, estão vindo amigos de amigos, isto é legal, dá sensação de que não estamos sós.

Copiem os links* dos participantes para colocarem nos seus espaços, estão ali embaixo.



Atualizado em 23/08:

Como tem gente querendo participar ainda hoje, vou deixar o post aqui.
Outro dia vamos comentar, deixo hoje para a leitura, e são tantos que ainda não li...

Meus caros, obrigada, estou muito feliz, foi um sucesso, fiquei surpresa, viram quanta gente com um nó na garganta?
É um sucesso d etodos nós, afinal eu não teria condições de fazer esta divulgação sozinha, vocês foram generosos. E os textos estão ótimos, foi bom para todos, descobri muita gente boa.



Soltam a voz:

Laura I

LauraII

Cláudio Eugênio Já está com um mini conto forte e maravilhoso no ar.

Denise Arcoverde

Ingrid

Carla Rodrigues Jornal nomínimo

Lucia Malla

Soninha Folha de São Paulo.

Pedro Paulo Rangel

Guga Já está com o post no ar e é fantástico o post dele com slides-impactante.

Inagaki

Flávio Prada

Neto

Luci

Marcia Clarinha

Claudia Já está com um texto comovente lá. Vão ler.

Luma

Cristiano

Marta Bellini

Jim Ritz

Jasmine

Claudio

Lia

Beth Salgueiro

Lou Salomé

Jannine

Vanessa

Mani

Regina

Liliana Alvez

Flávia

Clarice

Vânia

Turmalina

Do Ás ao Rei



Cíntia

Lula

Cris Passinato

Kátia.suiça

Flávia sereia

Valérie

Marina W

Tertu

Camille

Mina

Nilza

Leila

Stephanie

Andréa N.

Paty_nunes

Tina

Olívia

Cilene

Elayne

Diana

Sandra

Alena

Albinha

Santos Passos

Do

Cláudia

Elizabeth

Ce

Ricardo

Pat

Josinha

Leila Colabora divulgando

Re_ventania

Keila, a loba

Carlos

Maitê

Ana

Zeca

Marcos Pardim

Susan
Morcego no Ar


Fernanda Ruiz

Burtonesca

Junio

Erika Murari

Taliesin

Marylin

Michelle

Marco

Jana

Flavio

Kafé Roceiro

Dani

Júlio Cézar Corrêa

Paulo

Chris Pessoa

Carla Linhares

Anna Flávia

Bia Badaud

Helena Costa

Neuma

Vânia Beatriz

Patty

Alexandre

Zeca

Ricarda

Ana

Wilson

Lino Resende

Carla Charmosa

Jeanne

Cláudia Beatriz

Vera Froes

Paulo Silva Silva

Erik the Red

Marshall

Cris

Marco Aurélio

Ellen

Lizhy

Telma

Carol

Carlos

Elaine Paiva

Alexandra

Cris

Maria

Jorge Antonio

Luiz Carlos

Marilena

Camila

Ellen

Alessandra

Mary

Helena Costa

Anna Flávia

Clauky Saba

Karina

Rubens Molina


Leia:
Estou convocando os amigos para uma blogagem coletiva dia 22 sobre o que
sentimos diante diante da violência, do terror, especialmente do
medo que vivemos aqui no Brasil nas grandes cidades como Rio e S. Paulo.
Estamos todos paralisados diante da incompetência das autoridades e
indiferença das instituições. Todos somos reféns, isto é paralisante.
Você pode dar uma força? Quer participar?

Veja que já estamos com um grupo super legal, há alguns que eu não lembro o link, me enviem, please.

Convidem seus amigos, sei que não vamos mudar a situação, mas vamos pelo menos dizer o que pensamos, muitos serão lidos, deixarei uns dias no ar.

Acho que esta foto em preto e branco chama mais atenção, é mais forte, vou manter esta então. Cláudio Eugênio você deu o nome, colocando antes de mim este título, tks. Teu conto está ótimo.
Luma obrigada, Denise também pelas dicas.:)

Entrem aqui e vejam o que aconteceu num dia 22 de agosto qualquer.
Alguns fatos me chamaram a atenção:
a morte de J. K. em 1976, será que se a história fosse diferente, se J K tivesse se candidatado e ganhado no lugar de Jânio... maluquice minha, não é?
1991 - O exército soviético inicia sua retirada das três repúblicas bálticas - Estônia, Letônia e Lituânia;
1998 - O Exército Nacional de Libertação Irlandês (INLA) declarar o cessar fogo, após 23 anos de violência em Ulster.
Dêem uma olhada, tem outros fatos relevantes.

Não se calem!!!!














Qual será o nosso futuro?

















Retirada de corpo carbonizado de um ônibus.


Não é foto do Iraque nem Faixa de Gaza, é do Rio de Janeiro.


Ontem eu vi "Saia justa" e elas se perguntavam sobre o que foi que mais impressionou em 2006, eu lembrei do que houve em São Paulo, foi muito chocante para mim, e mais ainda ao ver que meus amigos paulistas estavam em silêncio.
Hoje ao abrir o PC e ler as notícias me deparei com o Rio dominado pelos bandidos- o que não é novidade- mas desta vez num ataque maior, com mais mortes.
Chocante!
Mais de 70 policiais foram presos na semana passada por estarem envolvidos com criminosos. Seria um ataque revanchista? É assustador.
A festa de 'reveillon' famosa está muito próxima...
Sei que tem gente que vai dizer que eu estou fora do Rio, que estas notícias queimam a imagem da cidade, mas eu sou carioca de coração, amo aquela cidade e acho que não devemos nos calar.
É o Brasil sendo dominado, não apenas aquela cidade cenário, maravilhosa, aqui em Natal há focos de trafico grandes nas favelas.
Vamos esperar o quê para dizer que é intolerável esta situação?
Cariocas e aqueles que amam o Rio, o Brasil, não se calem!

Contardo, desculpe se invadi seu espaço aqui hoje, não consegui ficar quieta.

Fotos galeria da Folha

Leiam o artigo de Contardo Calligaris ai embaixo, está imperdível.

quinta-feira, dezembro 28, 2006

Hoje é dia de Contardo. Doutrina, lei e consciência.
















Doutrina, lei e consciência

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Decidir em nosso foro íntimo é quase sempre melhor do que inventar leis e doutrinas
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CONTARDO CALLIGARIS

Em 1870, morreu George Holland, um ator de origem inglesa, que morava em Nova York na pobreza. Naquela época, muitas igrejas se negavam a oferecer ritos religiosos ao corpo dos atores, que eram considerados párias: uma casta de perdidos.
Na hora de enterrar George Holland, portanto, os amigos e os filhos encontraram sérias dificuldades, até que alguém lhes assinalou (com um certo desprezo) uma "igrejinha atrás da esquina, que talvez topasse essas coisas". Era uma igreja anglicana, que ainda existe, em Nova York, na rua 29, entre a Quinta Avenida e a Madison.
Assim, logo antes do Natal de 1870, o reverendo George Hendric Houghton celebrou o funeral de George Holland, e a "igrejinha atrás da esquina" se tornou, desde então, o refúgio preferido dos atores da Broadway -e dos atores em geral.
Depois do Natal (bem nesta época do ano, 136 anos atrás), a imprensa americana levou a questão para a opinião pública, que, em geral, aprovou o ato do reverendo.
Há quem diga que a generosidade de Houghton fosse uma conseqüência de sua paixão pelo teatro. Essa suposição o torna ainda mais simpático, mas tudo indica que sua motivação era mais ampla.
Houghton não era homem de se orientar pela opinião dos demais nem por doutrinas estabelecidas.
Durante a Guerra de Secessão americana, ele tinha abrigado escravos fugitivos. Mais tarde, fundou a primeira escola dominical para negros. Também ele instituiu uma prática (que se popularizou um pouco): na janela de sua paróquia, colocou uma vela que queimava a noite inteira e, na porta, uma campainha, para assinalar que, na necessidade, era sempre possível procurar ajuda na casa de Deus.
Pois bem, para enterrar George Holland, Houghton não pediu a autorização de ninguém. Não se preocupou com a doutrina oficial de sua congregação em matéria de atores.
É verdade que a Igreja Anglicana, em geral, não promove doutrinas de cima para baixo, mas aposto que, mesmo se ele fosse padre católico, Houghton não agiria diferente: decidiria segundo sua consciência.
Seu moto pessoal era uma citação de Terêncio (um autor, que, além de escrever comédias, não podia ser cristão por ter nascido bem antes de Cristo): "homo sum: humani nihil a me alienum puto", sou homem, nada do que é humano me é alheio.
Nestes dias, em Roma, a Igreja Católica recusou o enterro religioso a Piergiorgio Welby, um italiano que sofria de distrofia muscular progressiva, vivia paralisado há dez anos e, quando a doença lhe retirou a própria possibilidade de falar, quis que seu médico desligasse o respirador artificial. Como relatou a reportagem da Folha no dia do Natal, o papa (que não se opôs ao funeral religioso de Pinochet) achou bom se pronunciar nesse caso e declarou que "o nascimento de Cristo nos ajuda a tomar consciência do que vale a vida de todo ser humano, desde seu primeiro instante até seu declínio natural".
É um bom exemplo de como a "autoridade" permite qualquer distorção. É claro que o nascimento de Cristo celebra a vida (como todos os nascimentos), mas é meio capenga escolher o Cristo como exemplo de valorização da vida acima de tudo. Afinal, o Cristo, que eu saiba, não fugiu de Jerusalém para salvar a pele, mas ficou encarando o suplício porque pensava, por exemplo, que sua missão valesse mais do que sua vida.
Fora esse detalhe, não sou "a favor" da eutanásia nem "contra" ela. Assim colocada, a alternativa não me interessa, pois tenho a maior dificuldade em ser "contra" ou "a favor" quando se trata de generalidades. Ou melhor, sou quase sempre contra quem legisla abstratamente: a eutanásia não pode (e o ditador assassino e corrupto pode, porque o caso não está no livro).
Teria preferido que, no caso da morte de Piergiorgio Welby, não houvesse debate, apenas um padre que ouvisse o pedido da mãe, considerasse as circunstâncias da vida de Welby e fizesse seu dever ou, então, se assim ditasse sua consciência, rejeitasse o pedido e encaminhasse os familiares a um outro padre, sem fazer disso um tema de discussão, sem pedir que alguém, de cima, legislasse. Por quê?
Porque nossa capacidade de decidir, em nosso foro íntimo, o que é justo e o que é errado é infinitamente maior que nossa capacidade de inventar leis e doutrinas que respeitem a singularidade das vidas concretas.
Um bom começo de ano a todos.


PS: Assinaria embaixo, concordo com tudo que ele diz. Laura

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Conto. Bem me quer.


















Bem me quer

Flores para a senhora- disse o porteiro no interfone. Estranhou. Quem lhe mandaria flores?
Não tinha troco para o entregador, desculpou-se. Eram flores do campo. Quem saberia que gosta? Abriu o cartão ansiosa.
No cartão apenas uma frase:
“Pois é, mesmo não curtindo estas festas, te desejo boas festas. Um beijo.”
Ele não assinava, não precisava.
Colocou as flores num vaso transparente. Vestiu o único vestido florido que tinha e dançou em frente ao espelho.

segunda-feira, dezembro 25, 2006

James Brown se foi... que pena...



















25/12/2006 - 14h20
Cantor James Brown, "pai do soul", morre aos 73 anos nos Estados Unidos
Veja um vídeo aqui, ele era fantástico no palco.
Mais vídeos aqui.
Só músicas? aqui tem.

domingo, dezembro 24, 2006

Braguinha também se foi...



















Braguinha morreu, estava velhinho- 99 anos. Deixou esta maravilha, que todos conhecem.
Ouçam aqui

Carinhoso

Pixinguinha e João de Barro( Braguinha)


Meu coração
Não sei porque
Bate feliz, quando te vê
E os meus olhos ficam sorrindo
E pelas ruas vão te seguindo
Mas mesmo assim, foges de mim
Ah! Se tu soubesses
Como sou tão carinhoso
E muito e muito que te quero
E como é sincero o meu amor
Eu sei que tu não fugirias mais de mim

Vem, vem, vem, vem
Vem sentir o calor
Dos lábios meus
À procura dos teus
Vem matar esta paixão
Que me devora o coração
E só assim então
Serei feliz, bem feliz

sábado, dezembro 23, 2006

É Natal. Feliz Natal para todos!













Adorei este alligator




Meus queridos.


Chegou o Natal, época de reconciliações, amor, etc e tal. Não gosto destas festas- nenhuma, fico mais triste, com sensação de perda, sei lá o quê, nostalgia...
Meu pai ficava triste, lembrava de Cristo. Cristo foi uma figura maravilhosa, mas vivemos num mundo cada dia mais egoísta.

Boas festas para todos, que tenham tranqüilidade e afeto.

Que 2007 seja um ano cheio de alegrias, pequenas e grandes.
Que seja melhor que 2006.
Que possamos fazer algumas mudanças para melhor, não só internas, mas a nossa volta também, só assim é possível melhorar este mundo. Acredite, se todos fizermos um pouquinho, algo muda. Pelo menos educaremos nossos filhos para um futuro melhor- serão sujeitos melhores que nós- já será alguma coisa.
E saibam que eu agradeço a cada um de vocês todos os dias, por esperarem algo de mim, sempre algo melhor. E eu me esforço para ser melhor por vocês, podem crer. Já disse aqui, que eu estava esgarçando quando comecei o blog, hoje me sinto mais feliz e mais 'costurada' hihihi, podem crer. E tenho esperanças, mais do que antes, estava desesperançada e cansada. Reencontrei energia.
Obrigada.
Um forte abraço.






















Esculturas de areia que estão na praia de Ipanema. Vocês sabem que eu queria estar lá para ver.
Quem puder vá lá ver e dê um trocado para o menino que faz, era um menino, deve estar um homem :)
Foto - Jôka P.


























Presépio de Expedito- Piauí, copiei do blog do Jonas, pai do Jôka.
















Fofura.

PS: Wiltonnnnnn, feliz aniversáriooooooooooooooooooooo. Curta seus netinhos e seja muito feliz com saúde e afeto.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

A sensualidade da mulher



























Fotos antigas sensuais. Um barato!!!
Mais aqui.
Clique no alto da página no cantinho que a folha vira.





















Calendário Pirelli, veja aqui


Ontem procurando uma imagem achei este endereço, eu já havia mostrado aqui, mas muitos não conhecem. Então lembrei daquela moça que colocou o piercing no clitóris e pensei em como o mundo está diferente. Imaginem, estas fotos do início do século eram extremamente sensuais, levavam os homens à loucura. Depois vieram os calendários famosos com as estrelas, como Marilyn Monroe em poses sensuais. Agora o corpo é exposto e manipulado de tal forma, que eu não sei onde vamos chegar. Se você conhece alguém on-line, ele quer te ver, quer saber logo se tem web cam, estas coisas. Para mim isto tudo é excessivo e me tira o tesão, não converso com gente assim. Tô fora! nada como um olhar, um toque, um beijo na nuca.
Acho que muitos não sabem o que é isto. Uma pena!
Será que acreditam que a sensualidade está ali no clitóris?
ai ai
PS: nada contra a moça fazer leilão do piercing. Ela ganhou dinheiro, li que viaja com a grana que ganha para a Europa- está na dela. Está antenada, tirou proveito. Deve estar feliz da vida. Cada um vive como quer.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Hoje é dia de Contardo.













Foto daqui.


Mudar de gênero


Contardo Calligaris

Projeto de lei nova-iorquino reconheceria a todo cidadão o direito de mudar de gênero

ATÉ ESTE começo de dezembro, tudo indicava que o conselho de saúde pública (Board of Health) da cidade de Nova York aprovaria uma lei autorizando qualquer cidadão a mudar de gênero em sua certidão de nascimento e, conseqüentemente, em todos os seus documentos.
Bastaria pedir: não seria necessário comprovar que o sujeito tivesse mudado seu sexo anatômico por uma cirurgia ou alterado seu corpo pelo uso de hormônios. Não seria sequer exigido que ele se vestisse e vivesse habitualmente como uma pessoa do sexo oposto ao seu.
João, de terno e bigode, poderia se apresentar no escritório previsto e pedir para se tornar oficialmente mulher. Inversamente, Maria, de saia e cabeleira, poderia pedir para tornar-se oficialmente homem.
O projeto de lei parece extremo e, de fato, foi objeto de gozações ("Se eu não gostar, posso mudar de novo? Quantas vezes no ano?"). Mas, a bem da verdade, ele era adequado, por duas razões.
A primeira é que nenhum sujeito pediria a mudança administrativa de seu sexo se a questão não fosse, para ele, mais que séria: vital. A segunda é que, hoje, o estado de nossa ciência, biológica e psicológica, não permite mesmo que um conselho de especialistas (por mais bem escolhido que seja) assuma a responsabilidade de autorizar ou proibir uma mudança administrativa de sexo.
Nessas condições, respeitar a palavra do sujeito interessado é, muito provavelmente, o caminho em que menos se erra. Mas, antes de mais nada, algumas explicações. Há sujeitos ("transgêneros") que sofrem porque seu sentimento profundo de pertencer ao sexo masculino ou feminino não corresponde à sua anatomia. Em número mais ou menos igual para cada sexo, há mulheres que se sentem homens e se vivenciam como homens, e há homens que se sentem mulheres e se vivenciam como mulheres. Ambos são cativos de corpos que lhes parecem estrangeiros.
Quantos são? As estatísticas oscilam absurdamente: entre um sujeito em cada mil e um sujeito em cada 100 mil. Por que existe tamanha variação? A categoria dos transgêneros pode ser delimitada de maneiras muito diferentes: ela pode incluir desde sujeitos (raríssimos) que nascem com os atributos sexuais de ambos os sexos até sujeitos (muito numerosos) que, esporadicamente, sentem a necessidade de vestir a roupa do sexo oposto - passando pelos sujeitos que modificam (mais ou menos radicalmente) seu corpo para que corresponda a seu sentimento de identidade.
Para complicar a tarefa dos pesquisadores, existem transgêneros "primários", em quem a discordância entre sexo anatômico e sentimento de identidade se manifesta desde a infância, e transgêneros "secundários", em quem a discordância se manifesta ou se agudiza na idade adulta (às vezes avançada).
Seja qual for o número de transgêneros no mundo, em sua grande maioria (90%, as estatísticas concordam) eles residem nas grandes cidades, onde o anonimato permite mais facilmente viver num gênero diferente do que figura nos documentos e é mais fácil encontrar possibilidades de inserção social (sempre tristemente escassas).
Fato de difícil compreensão para os "normais": os problemas de identidade de gênero não correspondem a uma orientação sexual específica.
Um grande número de transgêneros (a metade deles, segundo algumas estatísticas) eram e continuam sendo heterossexuais, ou seja, eram homens que desejavam parceiras mulheres ou mulheres que desejavam parceiros homens: ao mudarem de gênero, eles não alteram seu desejo e se tornam, de uma certa maneira, homossexuais.
Pois bem, a lei proposta pelo conselho nova-iorquino foi retirada. A proposta suscitou, obviamente, protestos "morais", fruto da ignorância de quem confunde um drama do sentimento de identidade com alguma forma de libertinagem. Mas, sobretudo, apresentaram-se problemas práticos ("New York Times" de 6/12): por exemplo, o que aconteceria com transgêneros que tivessem mudado de sexo administrativamente e que, por alguma razão, fossem presos? Iriam para uma penitenciária masculina ou feminina? E nos hospitais, como seria?
Essas objeções fazem sentido, mas revelam quanto nosso mundo é segregado pela diferença sexual. Homens à esquerda, mulheres à direita. Quem não se enquadra, que se vire.
O Natal é sempre um bom momento para pensar em quem tem uma vida especialmente difícil. Boas festas a todos.

O Congresso nacional ri de quê? ou de quem?



























Vejam mais aqui no blog do Fernando. Fotos Lula Marques e fotomontagem de Fernando, suponho.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Charges.com
















Neste site charges.uol.com.br
no final você encontra o email de todos os parlamentares, entre aqui. Era para ser engraçado, mas nemgraça eu acho nesta situação.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Aumento? NÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! (Atualizado na quarta, 20/12).

O Jabor, indignado, fala. Ouça aqui











Eu não sei falar de política, fico sempre muito irritada, me perco, mas há momentos em que precisamos colocar a boca no trombone. Agora é hora. Como os parlamentares têm a ousadia de solicitar um aumento absurdo destes?
É uma vergonha!
Mandei email para eles todos- alguns voltaram- dizendo que me sinto envergonhada por eles, que já não se envergonham mais.
Vocês acham que está tudo voltando ao 'normal'? terão um aumento menor. Bom, eles podem ter pedido um aumento enorme para que fiquem com este menor- mais ainda assim bastante grande- para ninguém perceber a jogada. Não é assim que se fazem os negócios?
Dá nojo.
Felizmente, gente como o meu candidato Gabeira, que é decente, chiou, o Suplicy, o Delgado e outros que eu não conheço- precisamos cumprimentá-los, afinal devem ser muito pressionados pela corja que existe lá.
Vão ao blog do Gabeira, os emails estão voltando- caixa cheia.
Aqui tem mais.

Aqui estão os emails dos deputados:
dep.aldorebelo@camara.gov.br;renan.calheiros@senador.gov.br;
dep.cironogueira@camara.gov.br;dep.jorgealberto@camara.gov.br;
dep.lucianocastro@camara.gov.br;dep.josemuciomonteiro@camara.gov.br;
dep.wilsonsantiago@camara.gov.br;dep.miroteixeira@camara.gov.br;
dep.sandrarosado@camara.gov.br;colbertmartins@camara.gov.br;
dep.bismarckmaia@camara.gov.br;dep.rodrigomaia@camara.gov.br;
dep.josecarlosaleluia@camara.gov.br;dep.sandromabel@camara.gov.br;
dep.givaldocarimbao@camara.gov.br;dep.arlindochinaglia@camara.gov.br;
dep.inacioarruda@camara.gov.br;dep.carloswillian@camara.gov.br;
dep.marioheringer@camara.gov.br;dep.inocenciooliveira@camara.gov.br;
demostenes.torres@senador.gov.br;efraim.morais@senador.gov.br;
tiao.viana@senador.gov.br;neysuassun@senador.gov.br;
dep.beneditodelira@camara.gov.br;ideli.salvatti@senadora.gov.br

Se você está em São Paulo vá protestar dia 20, amanhã, às dez horas- leia aqui mais.

Vamos gente, protestem da forma que puderem, não dá para ficar de braços cruzados. O Brasil é nosso, todos somos responsáveis pelo que acontece, depois não adianta chorar sob o leite derramado.

O Jabor, indignado, fala. Ouça aqui



Recebi o convite da Lou. Vamos nesta, está na hora.

Amigos,
Façamos uma blogagem coletiva contra o aumento dos salários dos congressistas. Faça seu post JÁ. Precisamos protestar o quanto antes.
Diga o que pensa disso, com muitas ou poucas palavras. Uma única palavra já é o bastante. Belas palavras e raciocínios sofisticados, imagens contundentes, poemas politizados, textos analíticos e acadêmicos, colagens, desenhos, slide shows... Tudo isso vale para mostrar aos congressistas, especialmente às mesas das duas casas que aprovaram o aumento, que:
1 - não somos alienados;
2 - não aceitamos esse tipo de atitude;
3 - NÃO VAMOS ESQUECER, como eles esperam que esqueçamos; e
4 - não somos massa de manobra, estamos atentos ao que eles fazem e já fomos vacinados contra muitas das manobras que eles pensam dominar.

Já fiz meu post: uma carta que enviei ao deputado Aldo Rebelo, mas que não chega. Faça seu post, assine a petição online, convoque seus amigos blogueiros para a blogagem coletiva, faça campanha entre os amigos, proteste!
Mande seus links para mim, colocarei no meu blog...

Abraços

Lou

Manoel de Barros- o poeta do Pantanal.






















Este lindo desenho é de Manoel de Barros

Hoje é aniversário do nosso querido poeta Manuel de Barros, só agora fiquei sabendo, 90 anos de poesia. Ai vai uma amostra.
Para meu querido amigo pantaneiro- César.
Entrem no link aqui.



O Livro sobre Nada

Manoel de Barros


Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.

Tudo que não invento é falso.

Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.

Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.

É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.

Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se não desejo contar nada, faço poesia.

Melhor jeito que achei para me conhecer foi fazendo o contrário.

A inércia é o meu ato principal.

Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.

O artista é um erro da natureza. Beethoven foi um erro perfeito.

A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.

Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.

Por pudor sou impuro.

Não preciso do fim para chegar.

De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra — Como um lápis numa península.

Do lugar onde estou já fui embora.

II

"Desinventar objetos. O pente, por exemplo.
Dar ao pente funções de não pentear. Até que
ele fique à disposição de ser uma begônia. Ou
uma gravanha.
Usar algumas palavras que ainda não tenham idioma".
Uma didática da Invenção II – Manoel de Barros

III

A namorada

Manoel de Barros


Havia um muro alto entre nossas casas.
Difícil de mandar recado para ela.
Não havia e-mail.
O pai era uma onça.
A gente amarrava o bilhete numa pedra presa por
um cordão
E pinchava a pedra no quintal da casa dela.
Se a namorada respondesse pela mesma pedra
Era uma glória!
Mas por vezes o bilhete enganchava nos galhos da goiabeira
E então era agonia.
No tempo do onça era assim.
MANOEL DE BARROS, poeta e fazendeiro mato-grossense, nasceu em 1916 e teve seu primeiro livro publicado em 1937 - Poemas concebidos sem pecado. Passou a ser mais conhecido a partir do ano de 1997, quando ganhou o prêmio Nestlé de Literatura. De seu "Livro sobre Nada", Editora Record - Rio de Janeiro,1997, págs. diversas, já em 5ª edição, extraímos os versos acima. Nele o autor diz, a título de "Pretexto":

"O que eu gostaria de fazer é um livro sobre nada. Foi o que escreveu Flaubert a uma sua amiga em 1852. Li nas Cartas exemplares organizadas por Duda Machado. Ali se vê que o nada de Flaubert não seria o nada existencial, o nada metafísico. Ele queria o livro que não tem quase tema e se sustente só pelo estilo. Mas o nada de meu livro é nada mesmo. É coisa nenhuma por escrito: um alarme para o silêncio, um abridor de amanhecer, pessoa apropriada para pedras, o parafuso de veludo, etc, etc. O que eu queria era fazer brinquedos com as palavras. Fazer coisas desúteis. O nada mesmo. Tudo que use o abandono por dentro e por fora."

Saiba mais sobre o autor e sua obra visitando "Biografias".
Aqui também tem mais.
Mais aqui.

segunda-feira, dezembro 18, 2006
















"Garoto libanês observa balões no céu da cidade de Beirute, durante as celebrações de Natal do Hezbollah (16h445)"
Galeria Folha de São Paulo.























17/12/2006 - 16h28
Ela é fantástica!
Daiane dos Santos leva ouro.
"A ginasta Daiane dos Santos conquistou a medalha de ouro na prova de solo, sua especialidade, da Final da Copa do Mundo de ginástica artística, disputada neste domingo no ginásio do Ibirapuera".





















Gabeira
não desaponta quem o elegeu. Ufa! pelo menos temos alguns que se salvam.
Fernando Gabeira articula ida ao Supremo hoje para contestar aumento dado na última quinta no salário dos próprios parlamentares. Leia aqui o mandado de segurança.
Mais Gabeira aqui.

Email Gabeira: assessoria@gabeira.com.br
Eu mandei email dando força, imagine a pressão que deve sentir contra. Lá(Brasília), óbvio, porque aqui na terrinha, onde nós vivemos ele é apoiado- lá eles vivem no mundo da fantasia.
Folha.

domingo, dezembro 17, 2006

Mini conto: Mais uma vez...


















Mais uma vez...



A pele macia no banho a fez desejar que as mãos dele a tocassem. "Pele de seda", ele dizia. Depois se amavam ainda molhados até o quarto escurecer. Então, ele se levantava, tomava banho, ela na cama à espera do beijo de despedida enrolava-se no lençol para levá-lo até a porta.
Voltava para a cama. Mal comia, se deixava ficar até o sono vir.
Permanecia assim dias, em estado de graça. Depois vinha a ausência e ela ia murchando.
Não se queixava, sabia de cor as regras. Desejava apenas amá-lo mais uma vez. Quem sabe mais uma outra, até desistir de viver.
Seria fácil desistir.

Lembrando Ipanema. Leila Diniz





















A eterna musa de Ipanema- ela mudou o comportamento das mulheres com sua ousadia. Hoje é natural, mas foi Leila a primeira a ir ao mar assim com a barrigona de grávida. Eu a via- era natural para mim. A gente dizia: "Olha lá a Leila" e só. Felizmente eu estava ali em 70, imagine se tivesse ficado em Curitiba- acho que teria morrido- falo sério.

Praia no Japão

















Japoneses inventam cada uma. É um lugar climatizado, lá fora pode estar nevando,mas na 'praia' está quente. Um barato!
E uma baronesa( que chic!)cientista Susan Greenfield disse estes dias aqui numa conferência, que eu não assisti, fiquei sabendo depois, é sempre assim... Bom, ela disse que em breve termos uma outra realidade, não apenas a virtual, através de um chip estaremos em outro lugar. UAUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU
Será que eu alcanço :) eu sei onde ir agora mesmo.
O computador daqui a dez anos conversará conosco também, esta eu já sabia. Vai rir de você, estas coisas, entre outras tantas. A baronesa sabe tudo sobre o futuro, ai que meda! Ela diz que anos trás quando dizia que iríamos conversar via computador em tempo real as pessoas duvidavam, pois é...
O livro deve ser no mínimo interessante. Vou comprar.

sábado, dezembro 16, 2006

" Sozinhos neste bar à meia-luz..."

























Fotografia

Tom Jobim

Escolha aqui com quem quer ouvir ou aqui

Eu, você, nós dois
Aqui neste terraço à beira-mar
O sol já vai caindo e o seu olhar
Parece acompanhar a cor do mar
Você tem que ir embora
A tarde cai
Em cores se desfaz,
Escureceu
O sol caiu no mar
E aquela luz
Lá em baixo se acendeu...
Você e eu

Eu, você, nós dois
Sozinhos neste bar à meia-luz
E uma grande lua saiu do mar
Parece que este bar já vai fechar
E há sempre uma canção
Para contar
Aquela velha história
De um desejo
Que todas as canções
Têm pra contar
E veio aquele beijo
Aquele beijo
Aquele beijo

sexta-feira, dezembro 15, 2006

















Sivuca se foi, deve estar fazendo músicas lá nas nuvens. Uma pena- a droga do câncer.

Aqui achei músicas com ele.


STF suspende aumento de teto salarial a membros de Ministérios Públicos
Será???


Que semana! Que requintes de maldade:

-Criminosos incendeiam casal após assalto em SP Chocante!! E o sujeito fez serviços durante dez anos para a loja. Perverso!


-Homens bomba atraem desempregados com promessa de emprego e explodem o carro. Os sujeitos bomba junto, naturalmente. Não entendo este gesto fanático e louco deles. É demais... explodir-se acreditando que irão para o céu e terão virgens à sua disposição é demais para mim. São pessoas que têm acesso à informações, culturas diferentes...é impressionante. Como a humanidade chega no sec XXI com estas maluquices? Inacreditável, evoluimos à passos de tartaruga. Podem crer.


Isto é intrigante e emocionante, parece filme de 007. Para o governo russo pegou mal, terá que esclarecer o fato e ficar melhor na fita.

Fragmento de uma amor possível II















Intenso


O beijo era intenso. O olhar voraz queria saber o que se passava dentro dela.
As longas mãos apertavam deslizantes pelas suas coxas, puxando-a contra seu corpo.
Não havia nada para dizer. Não sentia surpresa, nem pressa. Apenas o desejo de deixar-se amar.

quinta-feira, dezembro 14, 2006

Hoje é dia de Contardo. "Inocência" e as mesas de bar

















Contardo Calligaris


"Inocência" e as mesas de bar

Se não sabemos mais sonhar com a vida como deveria ser, podemos abraçá-la como ela é

No sábado passado, em São Paulo, fui para o Espaço dos Satyros, na praça Roosevelt, e assisti a "Inocência", de Dea Loher, com direção de Rodolfo García Vasquez. A peça fica em cartaz até o dia 18 e volta em janeiro. A montagem é surpreendente pela elegância das soluções cênicas e pela performance de todos os atores.
O texto de Dea Loher é uma meditação (teatral e engraçada: nada de longos discursos) sobre a idéia, própria aos nossos dias, de que a vida não faz sentido. Misteriosamente, a montagem dos Satyros opera um pequeno milagre: ela revela, no pouco sentido do mundo, mil razões para amar a vida. Nisso, ilustra uma moral que aprecio muito: talvez não consigamos mais sonhar com a vida como deveria ser, mas podemos abraçar a vida como ela é.
Na saída do teatro, é de praxe parar numa mesa de bar naquele trecho da praça Roosevelt (escolha entre o espaço dos Satyros, o dos Parlapatões e o bar-antiquário Papo, Pinga e Petisco). A animação da rua responde à inquietude levantada pela peça: talvez a vida não faça sentido, mas nos resta viver. No mínimo, resta-nos a mesa do bar.
Sei que é pouco: a quem se sente abandonado pelas grandes causas comuns, a mesa do bar e sua conversa parecem pálidos reflexos da sociedade desejada. Mas, filosofando: se, por falta de transcendências, devemos encontrar sentido na imanência, é melhor se acostumar a dar relevância às coisas pequenas de cada dia.
Na mesa do bar, a gente dá "uma relaxada": encontra, na facilidade do convívio (ou do "convício", entre cigarros e cervejas), um amparo contra as frestas e falhas mais dolorosas. Considere seus companheiros de mesa: todos parecem espirituosos e bem-humorados.
Mas há um que, uma vez de volta em casa, perseguirá, solitário, na internet, fantasias sexuais que ele nunca se permite viver; há o casal que se deitará sem se abraçar; há outro que não quer ir embora porque a perspectiva da solidão o desespera; há outra que consegue ironizar uma perda cuja lembrança, quando ela estiver sozinha, de novo a arrasará. E por aí vai.
Não se trata de um "fazer de conta": existe uma divisão subjetiva sem a qual viver seria difícil. Já imaginou um dia inteiro na intensidade alarmante de um diálogo com seu melhor amigo, com um terapeuta ou até consigo mesmo, numa noite sem sono?
A única dificuldade com as mesas de bar é que, às vezes, o amparo se dá às custas dos ausentes, a torcida do "outro" time, os "veados", os negros, etc. (a mesa de bar pode ter uma proximidade perigosa com as mesas da infausta cervejaria onde começou o nazismo).
Mas, fora isso, as mesas de bar e as rodas de padaria são uma modesta e frágil presença da vida social concreta: elas mantêm, ao menos, a ilusão de que os outros existem para nós e nós existimos com eles. Falando em mesa de bar, na esquina de meu consultório tem um café, que, até pouco tempo atrás, tinha três mesinhas na rua. Era o lugar onde eu almoçava; era também o lugar onde as pessoas do bairro se encontravam, e a conversa rolava ao lado da banca de jornais, na frente do ponto de táxi.
Ali, vendedores ambulantes paravam entre as mesas. Meninos e meninas de rua pediam aos clientes um refrigerante e um salgado. Em suma, casas e apartamentos se prolongavam para um pouco além das portas trancadas.
Um belo dia, veio um caminhão da prefeitura; disseram que a ocupação da calçada não era legal e levaram embora (triste troféu) as mesinhas e as cadeiras de metal branco. "Quer regularizar? Faça um toldo retrátil novo." Custo: R$ 10 mil, impossível para o café da esquina.
Acho ótimo regulamentar o uso das calçadas. Mas governar, ao meu ver, deveria ser a arte de estimular a (frágil) comunidade que existe. Fazer o quê, deixar tudo na bagunça? Não, mas um funcionário da prefeitura poderia ter chegado no café da esquina (e em centenas de outros bares da cidade) e dito, por exemplo: a gente vai tornar São Paulo mais bonita, é preciso regularizar os toldos, a administração previu sua dificuldade e obteve um empréstimo do BNDES. Você vai poder pagar seus R$ 10 mil ao longo de cinco anos, a juros razoáveis.
Para que isso acontecesse, teria sido suficiente que os governantes pensassem primeiro na vida concreta da gente, que não é nada -pode ser apenas uma mesa de bar-, mas, num mundo com pouco sentido, é o que temos.

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Fragmento de um amor possível.
















Carta de amor II.

Acordei e não te encontrei mais na cama. Por que não me despertou? Gostaria de ter me despedido, meu amor.
Vai ser difícil ficar longe estes dias, estou tão apaixonada...Já sinto saudades.
Escrevo da cama, quando vi que não estava, peguei uma maçã e voltei para a cama. Ainda não tenho fome, você me deixa plena, nem fome eu sinto, ficarei alguns dias em estado de graça.
Ainda chove, nem abri as cortinas, a chuva me assusta desde menina. O que teria me levado à sensação de que algo ruim está para acontecer quando chove muito? Nunca vivi em lugares onde havia perigo... Deve ser algo herdado dos meus ancestrais.
Você sabe que não gosto de rever a minha infância, me vem aquela tristeza que você conhece e me deixa sombria.
Vou mudar de assunto.
A nossa bichinha está aqui nos meus pés, me aquece, faço de conta que vou colocá-la para fora da cama, ela se acomoda, não quer perder o pouso quentinho, nos aquecemos.
Amor, será que vou agüentar tantos dias longe de você?
Queria ter te beijado antes de viajar, sentido teu beijo, teu cheiro. Agora tenho que me contentar com o que resta de você nos lençóis, me agarro ao seu travesseiro como se isso me salvasse do naufrágio. Não me deixe naufragar.
Neste momento você já deve estar quase chegando, ainda bem que o tempo não está ruim por aí, já conferi. Sei que chegará bem.
Cuide-se, tenha tranqüilidade, vai dar tudo certo, será um sucesso, eu sei. Queria tanto poder ter ido, espero que pelo menos os clientes não inventem de faltar nestes dias, só pensarei em você nos meus intervalos todos.
Assim que sair da reunião me telefone, estarei ansiosa para saber se tudo correu bem.
Não esqueça de avisar nossa amiga libanesa assim que chegar e faça o possível para ir conhecer o apartamento deles, é importante para os dois, estão tão felizes...Deve ser um lindo apartamento, além do mais a comida é deliciosa, Hummm... queria estar ai.
Te amo, te adoro, te cumplicio (existe?).
Um beijo.
L.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Desta vez...

















"Eu o sufoco, preciso me afastar", ela pensava escrever quando o carteiro chegou.
"Você me faz bem", ele dizia.
Sente falta do sorriso dele,das belas mãos, da voz...
Dias depois, ainda impregnada pela sensação de que foi longe demais, sente como se ele tivesse lido seu pensamento.
Estranha-se, sensação de desrealidade.
Teria, desta vez, ele adivinhado?

Munch- um pintor muito especial.




















Ele pintou estes quadros em 1893! Maravilha!



















Edvard Munch nasceu em 12 de dezembro de 1863 na Noruega.

"Quando jovem, Edvard Munch formulou um tipo de manifesto, um lema para ele mesmo e seus jovens companheiros de pintura em Christiania se reunirem ao redor de:

"Queremos mais do que uma mera fotografia da natureza. Não queremos pintar quadros bonitos para serem pendurados nas paredes das salas de visitas. Queremos criar uma arte que dê algo à humanidade, ou ao menos assentar suas fundações. Uma arte que atraia a atenção e absorva. Uma arte criada no âmago do coração."
Tirei daqui, vão ler mais. :)

Má notícia: Ártico fica sem gelo no verão em 2040


















Simulação mostra extensão do gelo marinho no verão ártico em 2000 (foto de cima) e em 2040, quando o degelo é total

Ártico fica sem gelo no verão em 2040, diz grupo
DO "INDEPENDENT"
Folha

O oceano Ártico pode perder virtualmente todo o seu gelo marinho no verão por volta de 2040 -40 anos mais cedo do que se imagina-, diz um grupo de cientistas. Segundo eles, a aceleração na perda de gelo marinho vista nos últimos anos na região não será nada perto do degelo maciço que pode ser iniciado em 20 anos.
Simulações em computador usando como base o registro do gelo marinho no Ártico mostram que as crianças nascidas hoje assistirão ao primeiro verão sem gelo do Ártico. Até agora, achava-se que isso só fosse acontecer em 2080.
A perda do gelo marinho pode levar a outros efeitos desastrosos, diz Marika Holland, do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos EUA, autora principal do estudo. "À medida que o gelo se retrai, o oceano transporta mais calor para o Ártico e a água aberta absorve mais luz solar, acelerando o aquecimento e levando à perda de ainda mais gelo", afirma.

sábado, dezembro 09, 2006

Clarice Lispector, a única.





















Retrato de Clarice feito por Carlos Scliar

Poucos livros me fizeram chorar, os livros de Clarice me levam às lágrimas, me vejo no que diz. Conheço aquela tristeza.
Morreu num dia 9 de dezembro, um dia antes de fazer 57 anos, tinha um câncer, não sabia. Fazia planos. Vaidosa, não deixou que amigos a vissem doente. Uma mulher sensível e extraordinária. Melhor não falar de Clarice, melhor ler Clarice. Quem não leu, leia, pegue os romances, se não gosta de muita introspecção. Veja "A hora da estrela", filme maravilhoso, com Marcélia Cartaxo, excelente atriz, não a vi mais, uma pena. Há uma cena em que ela pede um comprimido para dor, a outra pessoa pergunta onde dói, ela responde que dói tudo. Dor pela exclusão, pelo desamor, por tudo. É mais ou menos isto, não lembro mais. Mas nunca esqueci de Macabéia.
















Este vídeo é uma delícia e não dói.





Esta entrevista com Clarice me deixou muito triste. Fiquei melancólica, nem quis ver de novo. É impressionante a tristeza dela. Uma pena.



Eu já fiz alguns posts que falam de Clarice, leiam aqui, se quiserem.
Aqui vocês lêem um papo dela com Tom Jobim. Aqui eu coloquei link para a entrevista em julho.


Leiam Clarice:

Sou assombrada...

"Sou assombrada pelos meus fantasmas, pelo que é mítico e fantástico - a vida é sobrenatural. E eu caminho em corda bamba até o limite de meu sonho. As vísceras torturadas pela voluptuosidade me guiam, fúria dos impulsos. Antes de me organizar, tenho que me desorganizar internamente. Para experimentar o primeiro e passageiro estado primário de liberdade. Da liberdade de errar, cair e levantar-me."



Clarice, sempre Clarice. Posted by Picasa
Bela Clarice.


Eu tenho uma linda sobrinha Clarice, assim com C em homenagem à Clarice maior. Ela fez aniversário outro dia e lhe dei um livro infantil escrito por Clarice Lispector. Leiam o que ela diz aqui.















Este post faz parte da blogagem coletiva, organizada por Cris Penaforte, fui convidada por Lino.

sexta-feira, dezembro 08, 2006

Eles nunca morrerão. Tom e John.





















Este post é do ano passado, revisado. Estou com gripe fortíssima e me poupando. Dois dias de cama com febre. Hoje melhorei. Como sei que a maioria não leu, entonces... é repeteco só para poucos:)

Faz vinte e seis anos que John Lennon morreu. Parece que foi há menos tempo. Tão trágica!





















Também Tom Jobim morreu dia 8 de dezembro de 1994. Lembro do dia, chorei muito, tenho saudades de Tom. Eu não posso ouvir Tom se estiver triste, choro igual bezerro desmamado. Nascimento Siva 107, eu morava no 97 ali pertinho. Conto aqui.

A letra desta música é de Vinicius de Moraes, mas Tom cantava.

Carta ao Tom

Ouça aqui

Carta ao Tom

Rua Nascimento Silva, cento e sete
Você ensinando prá Elizete as canções de canção do amor demais
Lembra que tempo feliz, ai que saudade, Ipanema era só felicidade
Era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
A que ponto a cidade turvaria este Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela e além disso se via da janela
Um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza, é preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo o amor
Rua Nascimento Silva, cento e sete
Eu saio correndo do pivete tentando alcançar o elevador
Minha janela não passa de um quadrado, a gente só vê Sérgio Dourado
Onde antes se via o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza, é preciso acabar com a natureza
É melhor lotear o nosso amor

Ligia

Ouçam aqui.

Tom Jobim

Eu nunca sonhei com você
Nunca fui ao cinema
Não gosto de samba não vou a Ipanema
Não gosto de chuva nem gosto de sol
E quando eu lhe telefonei, desliguei foi engano
O seu nome não sei
Esquecí no piano as bobagens de amor
Que eu iria dizer, não ... Lígia Lígia
Eu nunca quis tê-la ao meu lado
Num fim de semana
Um chopp gelado em Copacabana
9bAndar pela praia até o Leblon
E quando eu me apaixonei
Não passou de ilusão, o seu nome rasguei
Fiz um samba canção das mentiras de amor
Que aprendí com você
É ... Lígia Lígia

E quando você me envolver
No seus braços serenos eu vou me render
Mas seus olhos morenos
Me metem mais medo que um raio de sol




















Eu o vi, alguns meses antes de morrer, assim de chapéu, caminhava com dificuldade. Saiu do Bar Bofetada, alí na Farme, era um sábado, ia sempre aos sábados- meu ex era companheiro de chop dele- entrou na farmácia do Agostinho, comprou um sabonete de bebê, eu atrás disfarçando- Dan era pequenininho, coloquei para pesar, eu havia saído para caminhar com ele. Depois Tom foi em direção do restaurante Satyricon. Antes de entrar, deu uma virada em minha direção para mostrar que sabia que eu o seguia :)
Foi a última vez que o vi. Uma pena.


















Tom era tão lindo... Uma vez o vi, jovem, de blazer Uauuuuuuuuu Nunca esqueci, foi em Copa, na rua, ele estava ia para atravessar a rua, eu num taxi.
Até o nome dele é bonito: Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. Continua vivo na minha lembrança e de muitos. Viva Tom!

Estas fotos pequenas são daqui do site do Nelsinho que merece um post especial.
Com vêem eu prefiro o Tom, mas admiro o John.:)
Ouçam aqui "Eu sei que vou te amar"

Este post faz parte da blogagem coletiva organizada por Cris
e Lino.