sexta-feira, dezembro 08, 2006

Eles nunca morrerão. Tom e John.





















Este post é do ano passado, revisado. Estou com gripe fortíssima e me poupando. Dois dias de cama com febre. Hoje melhorei. Como sei que a maioria não leu, entonces... é repeteco só para poucos:)

Faz vinte e seis anos que John Lennon morreu. Parece que foi há menos tempo. Tão trágica!





















Também Tom Jobim morreu dia 8 de dezembro de 1994. Lembro do dia, chorei muito, tenho saudades de Tom. Eu não posso ouvir Tom se estiver triste, choro igual bezerro desmamado. Nascimento Siva 107, eu morava no 97 ali pertinho. Conto aqui.

A letra desta música é de Vinicius de Moraes, mas Tom cantava.

Carta ao Tom

Ouça aqui

Carta ao Tom

Rua Nascimento Silva, cento e sete
Você ensinando prá Elizete as canções de canção do amor demais
Lembra que tempo feliz, ai que saudade, Ipanema era só felicidade
Era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
A que ponto a cidade turvaria este Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela e além disso se via da janela
Um cantinho de céu e o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza, é preciso acabar com essa tristeza
É preciso inventar de novo o amor
Rua Nascimento Silva, cento e sete
Eu saio correndo do pivete tentando alcançar o elevador
Minha janela não passa de um quadrado, a gente só vê Sérgio Dourado
Onde antes se via o Redentor
É, meu amigo, só resta uma certeza, é preciso acabar com a natureza
É melhor lotear o nosso amor

Ligia

Ouçam aqui.

Tom Jobim

Eu nunca sonhei com você
Nunca fui ao cinema
Não gosto de samba não vou a Ipanema
Não gosto de chuva nem gosto de sol
E quando eu lhe telefonei, desliguei foi engano
O seu nome não sei
Esquecí no piano as bobagens de amor
Que eu iria dizer, não ... Lígia Lígia
Eu nunca quis tê-la ao meu lado
Num fim de semana
Um chopp gelado em Copacabana
9bAndar pela praia até o Leblon
E quando eu me apaixonei
Não passou de ilusão, o seu nome rasguei
Fiz um samba canção das mentiras de amor
Que aprendí com você
É ... Lígia Lígia

E quando você me envolver
No seus braços serenos eu vou me render
Mas seus olhos morenos
Me metem mais medo que um raio de sol




















Eu o vi, alguns meses antes de morrer, assim de chapéu, caminhava com dificuldade. Saiu do Bar Bofetada, alí na Farme, era um sábado, ia sempre aos sábados- meu ex era companheiro de chop dele- entrou na farmácia do Agostinho, comprou um sabonete de bebê, eu atrás disfarçando- Dan era pequenininho, coloquei para pesar, eu havia saído para caminhar com ele. Depois Tom foi em direção do restaurante Satyricon. Antes de entrar, deu uma virada em minha direção para mostrar que sabia que eu o seguia :)
Foi a última vez que o vi. Uma pena.


















Tom era tão lindo... Uma vez o vi, jovem, de blazer Uauuuuuuuuu Nunca esqueci, foi em Copa, na rua, ele estava ia para atravessar a rua, eu num taxi.
Até o nome dele é bonito: Antonio Carlos Brasileiro de Almeida Jobim. Continua vivo na minha lembrança e de muitos. Viva Tom!

Estas fotos pequenas são daqui do site do Nelsinho que merece um post especial.
Com vêem eu prefiro o Tom, mas admiro o John.:)
Ouçam aqui "Eu sei que vou te amar"

Este post faz parte da blogagem coletiva organizada por Cris
e Lino.

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