sábado, fevereiro 28, 2009
Rio 444 anos. Viva!
Eu amo o Rio. Algumas pessoas se irritam com isto, eu sei. Tchau, não leiam mais. Bye, bye.
Amo o Rio de doer. É uma cidade com uma beleza impar, exuberante. O povo, acolhedor,
faz com que todos se sintam em casa ali.
Fui para lá muito jovem, depois de uma infância repressiva e triste em Curitiba.
No Rio fiz amigos para sempre, gente alegre, sempre com um abraço forte e um sorriso, uma lembrança, que me faz sorrir.
Amo meus amigos cariocas. Escolhi ser carioca pela descontração, pela facilidade em fazer contatos, pela prosa fácil e amável- eu sou assim.
Povo livre, não critica o comportamento do vizinho, mas é o primeiro a te ajudar num aperto qualquer.
Respeita a individualidade e privacidade de todos- vide a quantidade de astros que vivem lá e não são importunados- carioca finge não ver artistas famosos, eles circulam livremente, vão à praia, shopping. Não se pede autógrafos lá.
Ali amei muito e fui amada, tive meus filhos, estudei o que gosto- psicanálise, fiz análises, trabalhei com prazer.
Por que sai de lá? porque estava muito só com dois meninos e assustada com a violência, meus irmãos todos vivem aqui.
Se fosse só estaria lá, com certeza. Teria companhia para meu cineminha e para os bate papos. Um dia eu consigo encontrar amigos aqui, continuo tentando.
Ou quem sabe voltarei para o Rio, já velhinha, e me instalo em Copa, que é o melhor lugar do mundo para os velhinhos. Passearei na rua com a boca pintada de vermelho, me avisem se estiver borrada, sim? (vê-se muitas velhinhas com as bocas borradas lá) As roupas de décadas passadas, mas clássicas, uma bengala para apoio... É assim que eu vejo as velhinhas de lá. Elegantes e lampeiras.
Que tal?
E não existe carioca mais lindo e talentoso que o meu querido Tom(Chico não é carioca da gema, assim como eu).
Fiquem com ele:
Ou a homenagem do baiano, que lá vive, para o Rio:
Aquele Abraço
Gilberto Gil
O Rio de Janeiro
Continua lindo
O Rio de Janeiro
Continua sendo
O Rio de Janeiro
Fevereiro e março...
Alô, alô, Realengo
Aquele Abraço!
Alô torcida do Flamengo
Aquele abraço!...(2x)
Chacrinha continua
Mais aqui.
Ah! E se você não conhece o Rio e tem raiva de quem o ama, pense sobre isto, há algo errado ai. Pode crer. :) Todos deveriam conhecer um dia o Rio, assim como Paris. Deveria ser um direito para todos.
Por que a brasileira se auto-mutilou?
O caso da moça brasileira na Suiça ainda reverbera em mim. Gostaria de entender melhor. Li que ela poderia ter sofrido alterações de humor pelo lupus, questionei entre amigos.
Uma amiga psiquiatra, que vive em São Paulo, respondeu-me, acho que é interessante lerem.
Eis o e-mail dela- mexi na pontuação para ficar mais fácil ler:
"Aproveito a ¨deixa¨para dar minha opinião em relação aos sintomas ligados ao lúpus.
É verdade que existem sintomas psíquicos e neurológicos ligados ao lúpus, incluindo quadros psicóticos.
O mais interessante é que pode haver quadros de alteração de personalidade ocorrendo de forma mais aguda, dependendo de alteração inflamatória de áreas cerebrais, e nesse caso o que chama a atenção é a mudança em relação à estrutura de personalidade prévia.
Dependendo da área afetada, ou seja, frontal, temporal etc., vão predominar alterações de humor, labilidade afetiva, impulsividade, perda de inibição social, agressividade, paranóia, etc, mas o importante é que a pessoa "não é ela mesma", na visão dos que a conhecem na intimidade.
Outra possibilidade que acontece em lúpicos é a de quadros psiquiátricos induzidos ou agravados pelo uso de corticoide, aí poderia haver aparecimento de quadros latentes de depressão, e especialmente de transtorno bipolar, às vezes com características de personalidade borderline, que parecem ter se manifestado nessa menina, e não seriam necessariamente do lupus, mas poderiam ser ligados à medicação para o lupus.
De modo que o assunto é bem complexo. O importante vai ser avaliar bem a personalidade prévia, o que houve de alteração aguda, que medicações estava utilizado, como estavam as provas laboratoriais de atividade da doença, além da avaliação psiquiátrica propriamente dita, para avaliar a participação do lupus."
Euthymia Brandão de Almeida Prado
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
Gisele Bündchen casada
Do G1, com agências
Gisele Bündchen se casa com astro do futebol americano, diz revista
Mais aqui.
Fora o detalhe ridículo dos cães, achei legal casarem sem a mídia devoradora.
Ponto pra ela, que é bobinha, tilo Luana. E que belo par! Uauuu
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
Ah! quanto talento
Eu tenho uma agenda linda, nela escrevo quase diariamente, como um diário, ou caderno de escritos. Comprei-a no meio do ano passado pela beleza. Não me perguntei quem edita, não sei. Não tem nada nela de créditos- é estranho isto, sim.
Aqui em Natal as pessoas conhecem quem a faz, eu não lembro. Daiany sabe. Quem é, Dai?
Ela está aberta numa página que diz:
abrir a janela,
se não for doida?
Como a fecharei,
se não for santa?"...
Adélia Prado
Ou mais pra frente posso ler:
"O amor é quando a gente mora um no outro"
Mário Quintana
Olho as nuvens e leio " Nacos de nuvem" de Maiakoviski.
Há imagens de Klee, Klimt, Van Gogh, Kandisky...
Poemas de Cecília, ou textos de Clarice, ou de pessoas que não conheço,mas que escrevem lindamente.
antes a inquietação e suas agulhas
do que amarrar-se à permanência
e murchar-se.
Antes o precipício
do que a clausura
entre paredes com olhos
quando estamos nus."
de Carmen Vasconcelos,que é daqui, terra de poetas, vocês sabiam? Alguns muito bons- mulheres principalmente.
"Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue".
Trago comigo coisas abandonadas.
Coisas que os homens jogaram fora:
placentas, gânglios, guirlandas, guelras.
Retorno alimentada. Perigosa.
Mais mar. Mais aberta..."
Marize Castro
Eu poderia ficar aqui copiando o que leio, linkando, mas cansei, vou dormir.
O que quero dizer é que fica difícil escrever, pintar, quando se vê tanto talento, ou, repito, quando se tem um amigo escritor dos grandes, e outros poetas dos maiores.
Ufa! Ah! vida... É preciso superar os medos e se expor, eu sei.
Questionário Proust
Questionário Proust
O Questionário Proust não é de autoria de Marcel Proust, o escritor famoso, mas ficou conhecido quando ele respondeu às perguntas na infância e na fase adulta.
No livro da Françoise Sagan, que li faz pouco, ela responde. Já não lembro mais o que ela disse... tsc tsc tsc ai memória... se for lá ler, lembro.
1. Qual é sua maior qualidade?
2. E seu maior defeito?
3. A coisa mais importante em um homem?
4. E em uma mulher?
5. O que você mais aprecia nos seus amigos?
6. Sua atividade favorita é...
7. Qual é sua idéia de felicidade?
8. E o que seria a maior das tragédias?
9. Quem você gostaria de ser, se não fosse você mesmo?
10. E onde gostaria de viver?
11. Qual sua cor favorita?
12. Sua flor?
13. Um pássaro?
14. Seus autores preferidos?
15. E os poetas de que mais gosta?
16. Quem são seus heróis de ficção?
17. E as heroínas?
18. Seu compositor favorito é...
19. E os artistas que você mais curte?
20. Quem são suas heroínas na vida real?
21. E quem são seus heróis?
22. Qual é sua palavra favorita?
23. O que você mais detesta?
24. Quais são os personagens históricos que você mais despreza?
25. Quais os dons da Natureza que você gostaria de possuir?
26. Como você gostaria de morrer?
27. Qual seu atual estado de espírito?
28. Que defeito é mais fácil perdoar?
29. Qual é o lema da sua vida?
Copiei a foto daqui, fala também de uma teoria sobre escritores.
Aqui o de Pivot, que eu já respondi, gosto mais.
Camille Paglia
Duke Ellington é o primeiro negro retratado só em moeda dos EUA
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
O sol negro e as vacas
A casa onde vivemos
Florzinha, a gata, traz para dentro de casa lagartos todos os dias. Seinfeld, o gato belicoso e belo macho, sai para brigar com o vira-lata todas as noites. Saio em socorro, mangueira na mão, colocando o outro gato a correr.
Florzinha é mais esperta que Seinfeld, está sempre atenta. Corre em disparada quando vê algo lá fora. Entra no jardim do vizinho atrás de um pássaro, sobe na churrasqueira, o que faz o alarme disparar, algumas vezes.
Estes dias quebrou telhas recostadas no muro do canteiro de obras, tentava alcançar um lagarto.
Espero que nenhum vizinho resolva acabar com a festa dela.
Outro dia acordei às três da manhã com o Seinfeld miando lá fora. Coloquei-o para dentro. Ele, em agradecimento, se esfregou em meus pés miando. Gato é um bicho interessante, não sabia, não gostava. Os meus só faltam falar :) Acho engraçado a gatinha miar, todos os dias, do outro lado da porta, na hora em que eu acordo, ou ela sabe o horário ou percebe que me movo na cama...
Moro ao lado de um canteiro de obras. No início sentia pena dos operários, que, explorados, trabalham mais do que deviam por lei.
Agora relaxei. Percebo que são mais felizes, ou conformados, do que eu supunha-riem muito e toda vez que faço um comentário sobre o sol escaldante e o trabalho me respondem com uma frase tipo: "Pobre tem que sofrer, mesmo." "É melhor trabalhar do que ficar parado gastando o que se tem” - ouvi hoje, segunda de carnaval, de um deles, o mestre de obras que fazia um servicinho extra para a empresa- aterrava um terreno.
Na noite passada ao me deitar ouvi um leve ruído, fui ver o que era, uma perereca- saltava pelo quarto. Não tenho medo delas, peguei com um pano e joguei-a pela janela. Ih! Será que a matei? Acho que não, é muito leve.
Algumas vezes vejo um sapo gigante perto do bueiro aqui em frente. Deste nem chego perto. Quando trabalhei no SPA Genipabu vi sapos imensos. Os hóspedes tinham muito medo. As paulistas pediam para o segurança da noite acompanhá-las até o quarto. Hum...
Bom, chega de malícia, havia também um número enorme de rãs ali, nunca vi tantas. Subiam no armário de toalhas do SPA. Incrível. Era época de chuvas, muita umidade no ar. Hoje está fresco e chuvoso, coisa rara na terra do sol.
Ontem olhava a janela do meu quarto e vi vacas passarem pela duna. Chamei meus filhos para as verem em fuga, não vieram. Um deles disse:
- Ver vacas, mãe? Cansei de ver na viagem.
Viajou daqui até São Paulo de carro com amigos. Diz que o que tem de gado pelo caminho...
Minutos depois vieram dois peões a cavalo. Acompanhei daqui o trajeto das nove vacas. Atravessaram o asfalto adiante, mas voltaram obedecendo a um dos homens que veio a pé enxotando-as até a Fazenda aqui atrás.
Fazia tempo não via vacas de perto, são grandes...
A casa anda cheia estes dias, amigos dos meninos, namoradas... os rapazes dormem aqui. Jogam conversa fora ou RPG até tarde, tocam violão, riem muito. É bom e saudável. Fico feliz por eles.
Ontem ouvi uma amiga dizer que Natal é a segunda cidade mais clara do MUNDO. Nossa! Cabo Frio também era... sofro com muita luminosidade.
Acabei de ler o livro do Yalom sobre morte, é bom, mas nada excepcional, discordo de algumas posturas dele, mas é assunto para psis. Agora leio um livro que tenho há anos: Sol negro, de Julia Kristeva. Havia lido algumas páginas, agora estou lendo pra valer. É uma visão da melancolia que tem mais a ver comigo. Fala de amor, literatura. Estou gostando. Como hoje chove muito, fiquei lendo na rede, coisa que não faço nunca, leio na beira da piscina, sob guarda- sol, me deu um sono danado...
Desejo e culpa- sem revisão
Sonho
Estava numa sala com outras pessoas. Ele vem e senta ao meu lado no sofá, beija minha nuca.
Deitado sobre mim, eu solto seu braço para sentir seu peso.
Vejo que outros nos vêem. Sussurro em seu ouvido.
Ele sai de cima de mim.
Entra sua mulher e faz uma cena de ciúmes.
Diante do constrangimento dele, eu levanto e digo que sinto muito.
domingo, fevereiro 22, 2009
Marcelo Gleiser
A ciência e as religiões
Marcelo Gleiser
Forçar a rigidez é condenar a congregação a viver no passado
Como escrevi em colunas recentes, neste ano celebramos dois grandes aniversários. O primeiro, o bicentenário do nascimento de Charles Darwin e o sesquicentenário da publicação de seu revolucionário "A Origem das Espécies". O segundo, os quatrocentos anos da publicação do livro "Astronomia Nova", em que Johannes Kepler mostrou que a órbita de Marte é elíptica, inferindo que todas as outras seriam também.
No mesmo ano, 1609, Galileu Galilei apontou o seu telescópio para os céus mudando a astronomia para sempre.
Em ambos os casos, as descobertas científicas criaram sérios atritos com as autoridades religiosas. Atritos que, infelizmente, sobrevivem de alguma forma até hoje, principalmente com as religiões monoteístas que dominam o mundo ocidental e o Oriente Médio: judaísmo, cristianismo e islamismo. O momento é oportuno para iniciarmos uma reavaliação das suas causas e apontar, talvez, resoluções.
Simplificando, pois temos apenas algumas linhas, o problema maior não começa no embate entre a ciência e a religião. Começa no embate entre as religiões. Existe uma polarização cada vez maior já dentro das religiões entre correntes mais ortodoxas e aquelas mais liberais. As diferenças são enormes. Por exemplo, no caso do judaísmo, podemos hoje encontrar rabinas liderando congregações, algo que enfureceria ao meu avô e a seus amigos.
Nos EUA, algumas correntes protestantes, como os episcopélicos, têm pastores e bispos abertamente homossexuais. Nessas correntes mais liberais dentre as religiões se vê também uma relação completamente diferente com a ciência.
Em vez do radicalismo imposto por uma interpretação liberal da Bíblia, as correntes mais liberais tendem a ver o texto bíblico de forma simbólica, como uma representação metafórica de acontecimentos e fatos passados com o intuito -dentre outros- de fornecer uma orientação moral para a população. (A questão da necessidade de um código moral de origem religiosa deixo para outro dia.)
Escuto pastores e rabinos afirmarem regularmente que é absurdo insistir que a Terra tenha menos de 10 mil anos ou que Adão e Eva surgiram da terra. Para um número cada vez maior de congregações, é fútil fechar os olhos para os avanços da ciência.
Para eles, a preservação dos valores religiosos, da coesão de suas congregações depende de uma modernização de suas posições de modo que possam refletir o mundo em que vivemos hoje e não aquele em que pessoas viviam há dois mil anos.
O mundo mudou, a sociedade mudou, a religião também deve mudar.
Insistir na rigidez da ortodoxia é condenar a congregação a viver no passado, numa realidade incompatível com a sociedade moderna. Se o pastor ou rabino ortodoxo tem câncer e recebe terapia de radiação, ele deve saber que é essa mesma radiação que permite a datação de fósseis com centenas de milhões de anos. É hipocrisia aceitar a cura da radiação nuclear e ainda assim negar os seus outros usos.
Fechar os olhos para os avanços da ciência é escolher um retorno ao obscurantismo medieval, quando homens viviam suas vidas assombrados por espíritos e demônios, subjugados pelo medo a aceitar a proteção de Deus. A escolha por uma devoção religiosa -se é essa a sua escolha- não deveria ser produto do medo.
No fim de semana passado, a catedral de São Paulo em Melbourne, Austrália, ofereceu um simpósio sobre Darwin. Nos EUA, outro simpósio reuniu cerca de 800 pastores e rabinos para discutir modos de reconciliação entre ciência e religião. Parece que finalmente um novo diálogo está começando. Já era tempo.
MARCELO GLEISER é professor de física teórica no Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "A Harmonia do Mundo".
Mudaram os Critérios do Oscar?
"Mudaram os Critérios do Oscar?
O filme “O Curioso Caso de Benjamin Button” abre uma discussão sobre a valorização do cinema de autor pela Academia."
Leia aqui
sábado, fevereiro 21, 2009
"Um pierrot apaixonado"...
1- Pirata da perna de pau (João de Barro / Arlindo Ribeiro) (1947)
Eu sou o pirata da perna de pau,
Do olho de vidro, da cara de mau.
Minha galera,
Nos verdes mares não teme o tufão.
Minha galera
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2 - Balzaquiana (Nássara / Wilson Batista) (1950)
Não quero broto, não quero, não quero não.
Não sou garoto pra viver só de ilusão.
Sete dias da semana,
Eu preciso ver minha balzaquiana.
O francês sabe escolher,
Por isso ele não quer
Qualquer mulher.
Papai Balzac já dizia,
Paris inteira repetia:
Balzac tirou na pinta:
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3 - Se você jurar (Ismael Silva / Newton Bastos) (1931)
Se você jurar
Que me tem amor,
Eu posso me regenerar.
Mas se é para fingir, mulher,
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4 - Mamãe, eu quero (Jararaca / Vicente Paiva) (1937)
Mamãe, eu quero,
Mamãe, eu quero,
Mamãe, eu quero mamá.
Dá a chupeta,
Dá a chupeta,
Dá a chupeta
Pro bebê não chorá.
Dorme, filhinho,
Do meu coração.
Pega a mamadeira
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5 - Touradas de Madri (João de Barro / Alberto Ribeiro) (1938)
Eu fui às touradas de Madri,
Parará tim pum, tim pum...
E quase não volto mais aqui
Pra ver Peri, beijar Ceci.
Parará tim pum tim pum...
Eu conheci uma espanhola
Natural da Catalunha.
Queria que eu tocasse castanhola
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6 - Marcha dos gafanhotos (Roberto Martis / Frazão) (1947)
Gafanhoto deu na minha roça,
Comeu, comeu toda a minha plantação.
Xô, gafanhoto, xô, xô!
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7 - Isaura (Herivelto Martins / Roberto Roberti) (1945)
Ai, ai, ai, Isaura,
Hoje eu não posso ficar.
Se eu cair nos seus braços
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8 - Me deixe em paz (Monsueto / Airton Amorim) (1952)
Se você não me queria,
Não devia me procurar.
Não devia me iludir
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9 - Mundo de zinco (Nássara / Wilson Batista) (1952)
Aquele mundo de zinco que é Mangueira
Desperta com o apito do trem.
Uma cabrocha, uma esteira,
Um barracão de madeira
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10 - O trem atrasou (Artur Vilarinho / Estanislau Silva / Paquito) (1941)
Patrão, o trem atrasou,
Por isso estou chegando agora.
Trago aqui o memorando da Central,
O trem atrasou meia hora
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11 - Nós, os carecas (Arlindo Marques / Roberto Roberti) (1942)
Nós, nós os carecas,
Com as mulheres somos maiorais,
Pois na hora do aperto
É dos carecas que elas gostam mais.
Não precisa ter vergonha,
Pode tirar o seu chapéu.
Pra que cabelo,
Pra que, seu Queirós,
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12 - Madureira chorou (Carvalhinho / Júlio Monteiro) (1958)
Madureira chorou,
Madureira chorou de dor,
Quando a voz do destino
A sua estrela chamou.
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13 - Confete (Jota Júnior / David Nasser) (1953)
Confete,
Pedacinho colorido de saudade,
Que ela jogou.
Ao te ver na fantasia que usei,
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14 - Zé Marmita (Brasinha / Luiz Antônio) (1953)
Quatro horas da manhã,
Sai de casa o Zé Marmira.
Pendurado na porta do trem,
Zé Marmita vai e vem.
Numa lata, Zé Marmita
Traz a boia que ainda sobrou do jantar.
Meio-dia, Zé Marmita
Faz o fogo para a comida esquentar.
E o Zé Marmita, barriga cheia,
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15 - Serpentina (Haroldo Lobo /David Nasser) (1950)
Guardo ainda bem guardada a serpentina
Que ela jogou.
Ela era uma linda colombina
E eu um pobre pierrô.
Guardei a serpentina que ela me atirou,
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16 - Pedreiro Waldemar (Roberto Martins / Wilson Batista) (1949)
Você conhece o pedreiro Waldemar?
Não conhece,
Pois eu vou lhe apresentar.
De madrugada toma o trem da Circular,
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17 - É com esse que eu vou (Pedro Caetano) (1948)
É com esse que eu vou
Sambar até cair no chão.
É com esse que eu vou
Desabafar na multidão.
Se ninguém se animar,
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18 - Praça Onze (Herivelto Martins / Grande Otelo) (1942)
Vão acabar com a Praça Onze,
Não vai haver mais escolas de samba, não vai.
Chora o tamborim.
Chora o morro inteiro.
Favela, Salgueiro, Mangueira, Estação Primeira,
Porque a Escola de Samba não sai.
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19 - Aurora (Mário Lago / Roberto Roberti) (1941)
Se você fosse sincera,
Ô ô ô ô Aurora!
Veja só que bom que era,
Ô ô ô ô Aurora!
Um Lindo apartamento com porteiro e elevador
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20 - Chiquita bacana (João de Barro / Alberto Ribeiro) (1949)
Chiquita bacana,
Lá da Martinica,
Se veste com uma casca
De banana nanica.
Não usa vestido,
Não usa calção,
Mais aqui
A falta total de privacidade
Esta notícia pode ser velha para vocês, eu não sabia, mas poderia imaginar, vivemos cada dia mais sem privacidade.
Já tomei muito banho de sol na cobertura da minha casa em Cabo Frio- bons tempos.
Só eu e o sol.
“Google Earth faz flagras de nudez via satélite”
Leiam aqui
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
Mini conto: Carnaval-sem revisão
Carnaval
O baile rolava há horas. Ela, zonza, deixava que ele a tocasse nos seios.
Não lembra de ter caminhado até o carro. Mas, sim, do gosto amargo de cerveja e do cheiro ácido da boca do desconhecido.
Despertou ali, o sol batendo no rosto, o corpo sujo de sêmen.
Pensou: o infeliz não usou camisinha.
Olhou para o homem, o corpo recostado à porta, roncando.
Ajeitou a roupa, saiu de mansinho. Ele continuou ali, o sol entrando na boca semi-aberta.
Ela foi até o mar próximo, abaixou-se na primeira onda, e lavou o sexo com força.
Depois se jogou na areia molhada. Pensava: se o mar me quiser, que leve.
A maré rasa não a carregou.
Levantou quando ouviu vozes de crianças em volta.
Foi seu ultimo carnaval.
Um fato a se lamentar
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quinta-feira, fevereiro 19, 2009
Deu na Folha hoje: Hitchcock...
"Todas as mulheres de Hitchcock Biografia examina relação de adoração e desprezo do cineasta inglês com estrelas de seus filmes, como Grace Kelly e Kim Novak
RAQUEL COZER
DA REPORTAGEM LOCAL da Folha Alfred Hitchcock teve uma única mulher na vida e, segundo colegas, uma única relação sexual com ela em 53 anos de casamento..."
Como saber se um cara teve apenas uma relação sexual com a mulher. Logo quem...pode ter inventado. Eu conheci um homem que foi casado 20 anos e não teve nenhuma relação plena sexual com a mulher, depois de separado teve com outras. Eles se amaram de outra forma.
Nunca se sabe o que se passa entre quatro paredes- é uma grande verdade.
terça-feira, fevereiro 17, 2009
Não se perca de mim
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Vocês conhecem? é uma delícia.
Lembra salvador, Itapuã... boas férias aquela.
Chuva, Suor E Cerveja
Caetano Veloso
Não se perca de mim
Não se esqueça de mim
Não desapareça
Que a chuva tá caindo
E quando a chuva começa
Eu acabo perdendo a cabeça
Não saia do meu lado
Segure o meu pierrot molhado
E vamos embolar ladeira abaixo
Acho que a chuva ajuda a gente a se ver
Venha veja deixa beija seja
O que deus quiser
A gente se embala se embola se embola
Só pára na porta da igreja
A gente se olha se beija se molha
De chuva suor e cerveja
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
"Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a eternidade?"
Você já conhece este meu continho? Leia lá.
Há alguns aqui que dizem que eu me auto promovo, OK, não nego, o espaço é meu, faço o que quero hohoho
mas outro dia recebi um e-mail de uma amiga me dizendo que meu conto- "Embaçado"- era muito íntimo e não tinha profundidade, algo assim. Veio num momento ruim, eu preciso me concentrar para o livro e não consigo. Contardo me dá força, sempre, por isso ainda é uma figura importante para mim. Ontem li a dedicatória dele para mim, diz que meus mini contos são maravilhosos. A amiga me tirou forças.
Tá bom, a gente não agrada a todos, eu sei, mas foi uma porrada.
Explico, eu acho que tenho contos bons, outros menos bons, mas na média são publicáveis- afinal há muita coisa ruim por ai. Mas eu não sinto um impulso forte para publicar. Talvez eu desejasse mágica, ou unanimidade. Coisas impossíveis.
Penso que se eu morrer deixarei muitos contos guardados. Uma pena, não é? É, mas ao mesmo tempo não coloco a mão na massa, espero alguém para ler comigo, não encontro. A amiga que faria isto está envolvida em outros projetos. Um profissional? esqueço de buscar... e assim a vida passa.
O livro que leio sobre a morte- do Irvin Yalom- diz que algumas pessoas sentem aflição ao pensar que irão e nada ficará, a memória, as lembranças, todas, serão extinguidas. Eu sinto um pouco isto, pena por deixar coisas inacabadas, além das coisas preciosas do Pimenta.
OK. não vou morrer já, mas nunca se sabe... No livro há um caso clínico dele, uma mulher que é terapeuta, desenhava também, e sente que não fez tudo que poderia ter feito na vida. Eu sinto isto, poderia ser muito mais. O que impede? falta de vontade de ir atrás. Melancolia? pode ser. Tantas horas perdidas a olhar o céu e chorando. Agora reajo, não choro mais como antes, mas eu queria tão mais da vida. Por que é tão difícil viver? parece que estou sempre à prova. Saco. Talvez eu desejasse ser reconhecida por méritos que não ouso tentar buscar por medo de me frustrar.
O livro me fez refletir mais sobre isto, se vou sair do lugar é outros 500...
Estes dias tive muita saudade de alguém que me confortava, mesmo à distância, e nas horas difíceis tinha sempre uma palavra delicada para mim. Não existe mais. Me amou como nenhum outro amou, isto me dá uma sensação boa e ao mesmo tempo de dor. Hoje a imagem foi tão nítida que chorei, então tomei banho e sai.
Não há um ombro amigo aqui, a não ser a Dai, que está longe, e meus filhos- não alugo filhos por carência, acho o fim. Cada um que segure a sua falta de.
Tá bom, eu sou seletiva, exigente, chata, mas também sou muito legal.
O navegador navega nos mares do sudeste agora, está distante também.
Os do além mar estão além mar- longeeeeeeeeeeeeeeeeee
Os amigos do Rio, com lastro- como diz Raduan- estão lá e eu cá.
Raduan, que poderia me abraçar, está há kilometros.
Será que fui eu a neurótica que escolheu este caminho?
Fernando, meu ex médico homeopata e amigo, diria que sim, já me disse que prefere morrer de bala perdida no Rio do que viver longe dali. Eu amo o Rio. Mas hoje passei pela via Costeira e senti amor pelo mar, olho aquele mar e fico encantada, o visão do mar me fascina.
Minha mãe vai esta madrugada embora para Curitiba, mexe comigo. Está partindo velha, meio senil. A verei de novo? pode ser que sim, pode ser que não. Detesto ir para lá, nunca mais voltei, não tenho boas lembranças. A família é muito complicada...
Enfim, dá estranheza e sei que esta sensações que tenho tido também tem a ver com isto. Mas ao mesmo tempo estou tranquila por não sentir mais mágoas, tudo passou. tarde, mas passou.
Também envelheço e me assusta ficar senil. Fui à médica hoje, vou fazer exames anuais, sinto uma dor no peito de vez em quando, mas não deve ser nada. O que será? sei lá. Do lado esquerdo. Já fiz exames cardiológicos antes de viajar, não deu nada.
E penso que não tenho medo de morrer.
Chega de conversa fora.
Boa noite. Bom dia.
"
Você vive hoje uma vida que gostaria de viver por toda a eternidade?"
"O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte".
Friedrich Nietzsche
ai jesuisssssssssss
Uma das fotos que deram o que falar.
Só para deixar claro, prefiro os mais velhos, mas o rapaz é um pedaço de mau caminho, como diria minha avó. Certa Madonna, desviou-o.
Madonna e Jesus: juntos em tudo
Fotos: Reprodução- UOL
domingo, fevereiro 15, 2009
"Animal arisco, domesticado esquece o risco"...
Esta música é a minha cara, adoro.
Acabo de ver o Erasmo sendo homenageado no programa do Raul Gil- nunca havia visto este programa, o rosto do Erasmo me tocou- está envelhecido, mas há beleza, dá vontade de chegar perto, parece natural, sensível. Gosto dele, mais do que do parceiro. Por que? sei lá...tem uma expressão que me comove.
A letra é um tudo, como dizem. E eu sou assim. Fui minha vida toda: enamorada e perturbada por amores. Não envelheço- até queria sossegar, mas, quem me dera...hihihi
Fera Ferida
Roberto Carlos / Erasmo Carlos
Acabei com tudo
Escapei com vida
Tive as roupas e os sonhos
Rasgados na minha saída...
Mas saí ferido
Sufocando meu gemido
Fui o alvo perfeito
Muitas vezes
No peito atingido...
Animal arisco
Domesticado esquece o risco
Me deixei enganar
E até me levar por você...
Eu sei!
Quanta tristeza eu tive
Mas mesmo assim se vive
Morrendo aos poucos por amor
Eu sei!
O coração perdôa
Mas não esquece à tôa
E eu não me esqueci...
Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou Fera Ferida
No corpo, na alma
E no coração...
Eu andei demais
Não olhei prá trás
Era solto em meus passos
Bicho livre, sem rumo
Sem laços!...
Me senti sozinho
Tropeçando em meu caminho
À procura de abrigo
Uma ajuda, um lugar
Um amigo...
Animal ferido
Por instinto decidido
Os meus rastros desfiz
Tentativa infeliz
De esquecer...
Eu sei!
Que flores existiram
Mas que não resistiram
A vendavais constantes
Eu sei!
Que as cicatrizes falam
Mas as palavras calam
O que eu não me esqueci...
Não vou mudar
Esse caso não tem solução
Sou Fera Ferida
No corpo, na alma
E no coração...(2x)
Sou Fera Ferida
No corpo, na alma
E no coração...
O caso da brasileira na Suíça
O caso da agressão à brasileira na Suíça me toca profundamente, vocês já notaram. Por muitas razões, não vêm ao caso aqui.
O fato de duvidarem da moça é uma dor a mais. Se ela se auto mutilou é tão terrível quanto ser atacada por outros.
Observando os cortes penso que foi uma pessoa quem os fez, os traços são lineares. Mas teria ela motivos para se mutilar? Supondo que perdeu os bebês e entrou em surto, ainda assim, ela está para se casar com um suíço, faria, no próprio corpo, o símbolo do partido do país que a recebe?
Enfim, mais uma história triste.
Aqui há uma discussão séria sobre o fato.
O pai diz aqui que a filha é vítima em qualquer das circunstâncias. D'accord.
Deu na Folha hoje
Está aqui na Folha.
Em qualquer circunstância, minha filha é vítima, diz pai
Brasileira ainda não sabe que polícia suíça desmentiu versão de gravidez
Segundo Oliveira, o estado psicológico da advogada pernambucana é grave e não há previsão de alta e retorno da família ao Brasil
MARCELO NINIO
ENVIADO ESPECIAL A ZURIQUE
O estado psicológico da advogada pernambucana Paula Oliveira é "grave e se tornou mais preocupante", disse ontem o pai dela, Paulo Oliveira. Segundo ele, não há previsão de alta.
Paula, 26, ainda não sabe que a polícia suíça desmentiu a versão de que ela estava grávida no momento da agressão que teria sofrido na segunda-feira passada, na estação de trem de Dübendorf, a 3 km de Zurique.
Para poupá-la, o advogado também ainda não contou à filha que a polícia suspeita que ela mesma provocou os ferimentos em seu corpo. Um dia após ter afirmado que acredita na versão da filha -de que foi atacada por skinheads e que teria sofrido aborto de um casal de gêmeas num banheiro da estação-, Paulo fez ontem a primeira concessão em relação às suspeitas da polícia suíça.
"Em qualquer circunstância, a minha filha é vítima", disse ele. "Ou é vítima de graves distúrbios psicológicos ou da agressão, que desde o início ela sustenta e [de que] não tenho motivos ainda para duvidar."
Na sexta, a polícia apresentou os resultados de uma perícia independente, que descartou a gravidez de Paula no momento em que alega ter sido agredida. Sobre os cortes no corpo dela, o legista responsável pelo caso disse que há fortes indícios de automutilação.
Paulo disse que não tem exames que comprovem a gravidez da filha. "Como eu não morava com ela e nem moro, não sei onde estão os documentos", contou o advogado. "Tudo o que tenho são as informações que ela transmitiu antes que esta tragédia se iniciasse."
Ao chegar ao Hospital Universitário de Zurique, Paulo parecia desorientado. "Eu e ela estamos em estado de choque", disse ele, que precisou de ajuda para achar o quarto de Paula. Segundo ele, não há data para a filha receber alta e que pretende levá-la ao Brasil quando isso ocorrer. Mas descartou uma saída apressada. "Não temos motivos para fugir." Segundo ele, a família decidiu não contar à filha os resultados dos exames da polícia para não piorar o seu "grave estado psicológico".
Apesar da reviravolta no caso, Paulo garante que a família não duvida da filha. "Não temos motivos para isso. Aliás, em qualquer versão proveniente de uma pessoa em estado de choque temos que esperar que ela recobre a serenidade para poder avaliar", disse ele, visivelmente abatido. "Não durmo há quatro noites", afirmou.
A imprensa suíça deu grande destaque à reviravolta no caso Paula. Alguns jornais publicaram duros ataques. Um colunista do diário conservador "Neue Zürcher Zeitung", um dos maiores do país, acusa a imprensa brasileira de inventar fatos "regularmente" e afirma que o Brasil é um dos países mais racistas do mundo.
O que o Noblat disse
O que eu sei sobre o Caso Paula
Às 12h02 da última quarta-feira meu celular deu o sinal de que recebera uma mensagem. Abri e li:
"Caro Noblat: minha filha sofreu um ataque de neonazistas na Suíça onde trabalha oficialmente. Teve o corpo retalhado a faca com a sigla de um partido de extrema direita. Grávida de gêmos, abortou-os. Você me conhece do bairro de São José, no Recife.. Nós nos reencontranos no aniversário de 80 anos de Armando Monteiro Filho. Trabalho com Roberto Magalhães. Assinado: Paulo Oliveira".
Lembrei de Paulo. Imediatamente tentei falar com ele. Consegui seu celular por meio do deputado Roberto Magalhães (DEM-PE), que sabia do que acontecera.
Magalhães e o senador Marco Maciel (DEM-PE) haviam acionado o Ministério das Relações Exteriores, como me contaria depois Paulo.
Liguei e falei com Paulo em Zurique, onde ele chegara na véspera. Paulo me contou o que publiquei neste blog às 15h52 daquele mesmo dia.
Trocamos pelo menos meia dúzia de telefonemas antes que eu postasse a notícia. Pedi-lhe fotos de Paula grávida. Ele acionou Jussara, sua mulher,que estava no Recife, e as fotos vieram por e-mail - três. Em todas, Paula exibe a barriga crescidinha.
Pedi fotos que comprovassem a agressão sofrida por Paula. Quem as remeteu por e-mail foi o economista suíço Marco Trepp, companheiro de Paula.
Os dois pretendiam se casar. Foi o que a própria Paula me disse por telefone. "Providenciei os papéis brasileiros que provam que eu sou solteira. Mas eles ainda terão de ser traduzidos oficialmente aqui para que possam ter validade".
Perguntei como ela se sentia. "Mal", respondeu. E não quis mais falar. Devolveu o celular ao pai.
Debruço-me sobre algumas questões abordadas por leitores do blog na seção de comentários.
1. Paula estava grávida ou mentiu?
As fotos que publiquei são de uma grávida. Tanto as que mostram Paula feliz quanto as que mostram sua barrica riscada por um estilete ou outro objeto cortante.
Dona Jussara me garantiu esta tarde que Paula estava sendo acompanhada por um ginecologista suíço. Que tem o resultado do exame de ultrasom que atestou sua gravidez. E o do exame que descobriu o sexo dos gêmos. Espera entregá-los à imprensa em breve.
Na rápida conversa que tive com Paula, perguntei se ela seria submetida a uma curetagem. Ela respondeu que os médicos que a atenderam na manhã daquele dia lhe haviam dito que a placenta continuava colada à parede do útero. E que talvez acabasse sendo expelida naturalmente.
2. Por que Paula, depois de agressão que diz ter sofrido, correu para um banheiro da estação de trem ao invés de procurar ajuda de moradores da região?
A estação de trem é próxima do local da suposta agressão. O local é uma área semideserta. Os agressores, segundo relato do pai da Paula, a deixaram só de calcinha e sutiã. Nevava. Para onde correr?
Do banheiro, Paula telefonou para seu companheiro Marco, que chegou pouco depois acompanhado de uma ambulância e de dois detetives da polícia de Zurique.
Foi no banheiro, segundo o pai da Paula, que ela começou a perder sangue e temeu estar abortando.
Um dos detetives, Hug Andreass, pos em dúvida a história contada por Paula tão logo a ouviu. Insinuou que ela poderia ter se autoflagelado. E advertiu-a de que seria processada se estivesse mentindo.
Foi por causa do comportamento de Andreass que duas policiais, em nome da chefatura de polícia de Zurique, visitaram, ontem, Paula no hospital e lhe pediram desculpas.
3. Paula pode ter estado grávida, perdido as gêmas antes da suposta agressão e se autoflagelado?
Em tese, sim. Mas ainda não foram apresentadas provas de que isso aconteceu.
Os médicos que a socorreram na noite de domingo podem comprovar se ela chegou ao hospital perdendo sangue.
É de se imaginar que a polícia examinou o banheiro da estação onde ela foi encontrada. É fácil para os médicos provarem que ela nunca esteve grávida.
Dizer que ela hoje não está grávida, ou que não estava ontem, ou anteontem, não significa que ela não estivesse grávida na noite do domingo. Ou antes disso.
Há casos de mulheres que abortam e que se autoflagelam depois. Mas por que Paula retalharia nas duas coxas e na barriga a sigla do partido de ultradireita que governa a Suiça?
Logo ela que estava pronta para casar com um suíço e continuar morando na Suíça?
Logo ela que tem o emprego estável e bem-remunerado de advogada em Zurique da empresa dinamarquesa A P Moeller/Maersk, líder mundial em transporte de contêineres?
Paula trabalhou para a Maersk em São Paulo. Convidada pela empresa, mudou-se para a Suíça.
Uma pessoa descontrolada emocionalmente, a ponto de retalhar o próprio corpo, seria capaz de desenhar com um estilete a sigla de um partido político nas coxas e na barriga só para conferir credibilidade à história de que fora atacada por três neonazistas?
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Aguardemos novos fatos.
sábado, fevereiro 14, 2009
"Pedaço de Mim" - 1978
Há dias emque amanheço com esta música no radinho subjetivo e numa tristezaaaaaaaaaaa...
Ai, Chico...
Oh! Pedaço de Mim...
O caso da brasileira na Suiça e o crime na doce Itaparica
Leiam aqui no Noblat:
A realidade sai do armário
...'
É o caso da advogada pernambucana Paula Ventura Oliveira, que aparece na fotografia com o corpo retalhado e coberto por inscrições que sugerem prática racista. Residente legal no país estrangeiro, empregada em potente multinacional dinamarquesa de transportes marítimos, Paula denuncia ter perdido os gêmeos que trazia no ventre depois de submetida a impiedosa sessão de tortura por três "skinheads" - supostamente neonazistas . Poupo os leitores da repetição de detalhes de uma história estranha , bárbara e revoltante, que ainda segue cercada de indiferença, cautela e dúvidas na Suíça."...
Mais aqui
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Jornal suíço diz que polícia avalia a hipótese de automutilação de brasileira
Leia aqui.
Barbaridade! Que mundo é este?
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
"E que me faz mendigo, me faz suplicar..."
Esta é uma das canções* mais lindas que conheço. Adoro. Lembro de "Dona flor e seus dois maridos". Chorei na cena onde Sônia Braga lembra o marido ao som da música.
Esta noite sonhei com Chico Buarque, ulalá, já tive muitos sonhos com Chico, eu acho que é porque o amor mais intenso da minha vida era também Chico.
Meu inconsciente anda generoso. Havia sonhado com o príncipe estes dias. Um sonho que me fez pensar que eu nego o que sinto por ele :)até anotei o sonho, fiz um continho.
Nesta noite eu pedia ao Chico, que estava sentado num sofá num evento qualquer, se poderia sentar ao lado dele. Ele concorda. Depois de algum tempo nos beijamos e...não conto mais o resto, é íntimo. Na despedida ele diz que vai dormir na casa da irmã porque está só, eu peço o seu telefone- e, no mesmo instante, percebo que fui demais. Digo para ele pegar o meu número. Ele sai para ir ao banheiro. Eu aguardo insegura. Putz! eu sempre vou além, até nos sonhos.
Será que um dia aprendo? esqueço que me resta pouco tempo... impossível recomeçar a esta altura hohoho "vida minha vida, olhe o que que eu fiz..."(Chico)
Estou lendo o livro sobre o medo da morte, é interessante, pensei que fosse melhor, mas é tipo de auto ajuda, coisa que nunca leio, mas como é do Irvin Yalom...é um livro de reflexões boas, traz muitos filósofos, psicanalistas, psicólogos... Fez um apanhado do que foi dito sobre morte e fez o livro. Narra muitos casos clínicos, o que é gostoso de ler, mas torna o livro meio assim... sei lá. Sou péssima para comentar, tudo é tão subjetivo para mim.
E vida longa para meu querido Chico Buarque que me encanta em sonhos. Ai, lembro do dia que estive com ele e Raduan Nassar no auditório da radio Globo no Rio. Eu, na primeira fila, convidada de Raduan, não sabia para quem olhar- amo os dois. E os olhos de Chico? deslumbrantes- nunca vi iguais- é de um azul inesquecível. Ganhei um sorriso dele belíssimo, jamais esquecerei, quando disse que era sua fã desde "Estorvo", eu sabia que ele queria ser reconhecido como escritor, se dissesse desde a "A banda" aposto como não ganharia o tal sorriso delicioso. Tenho dedicatória dele no livro.
*O QUE SERÁ (À FLOR DA PELE)
Chico Buarque (Brazil) - 1976
O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os unguentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores que vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
Terrível isto
Brasileira grávida é agredida por neonazistas na Suíça e perde gêmeos
Que horror esta notícia.
Em que mundo vivemos? Como o homem pode repetir gestos tão repulsivos? Não aprendeu nada? Já não basta o que os governos fazem por ai pelo poder? Muito triste isto.
Leia mais aqui.
E os trotes? Outra estupidez. Leiam aqui: Estudante grávida sofre queimaduras em trote. Barbaridade! Como acabar com esta violência estúpida?
Audrey Hepburn é a atriz mais bonita da história de Hollywood?
Audrey Hepburn é a atriz mais bonita da história de Hollywood
"Londres - Audrey Hepburn foi escolhida a atriz mais bonita da história do cinema de Hollywood, à frente de Angelina Jolie e de estrelas como Grace Kelly, Sophia Loren, Julia Roberts e Cameron Díaz, segundo uma pesquisa publicada no Reino Unido."
Ela era deslumbrante, chic, bonita, generosa, mas acho a Grace Kelly a mais bela.
E você?
Obama e a religião
Beleza este homem. Dá uma certa esperança. Vida longa para Obama!
Que os deuses o protejam.
Mini conto: Embaçado/ Arquivo
O vapor da água embaçava o vidro do box. Ele, então, desenhava bichinhos para me distrair. Ensaboava meus cabelos com cuidado:
"Feche os olhos minha princesa" e eu o obedecia com prazer.
Na cozinha minha mãe fazia a sopa do jantar.
Na tarde em que ele não voltou para casa, minha mãe me deu banho. Esfregava meu corpo com força, chorava sem parar. "Lave bem ai embaixo, senão fica com cheiro de peixe". Disse me entregando uma bucha de cerda natural. Eu esfreguei até doer, então comecei a chorar, também.
Nunca soube porquê ele foi embora. Minha mãe, às vezes dizia: "Um dia você vai entender. Os homens são todos uns miseráveis, filhos da puta". Continuo sem saber, ela está morta.
A primeira vez que fui para a cama com um homem, diante da minha dor, ele disse: "Você precisa ir a um médico, está machucada, não é normal".
Ao chegar em casa tomei coragem e me olhei com o espelhinho da bolsa. Desde então gosto de me olhar, me tocar. Nunca cheiro a peixe, vivo atenta, me cheirando, me lavando, uso sabonetes especiais. Outros homens me penetraram e não mais com dor. Minha mãe me odiaria se me visse com um homem. Eu gosto de homens, deixo que me conduzam. Fecho os olhos e deixo que me amem.
Ainda hoje, mesmo nos dias mais felizes, ao entrar no banho, abro a torneira e sinto desejo de chorar. Uma sensação de abandono que invade. Quantas vezes as lágrimas se confundem com a água ensaboada que arde nos meus olhos...
Nota: Este conto eu escrevi depois que li um ensaio de Kathryn Harrison, no livro
“O corpo fala, aprenda a captar os sinais de alerta” de Patrícia Foster.
Achei ao acaso e é muito divertido e bem feito. Vejam ai.
terça-feira, fevereiro 10, 2009
Lembranças de Sagan e minhas
Se você lê em francês, leia este livrinho delicioso e comovente. Françoise Sagan aos cinquenta conta historinhas, fala da amizade com Sartre, muito velhinho, já alquebrado, das conversas dos dois.
Um dos textos se refere a George Sand e Musset, uma paixão vivida em 1830 e pouco. Sagan admira muito Sand, mas gosta mais ainda de Musset, poeta que eu não conhecia, nem li. O texto é o prefácio do livro da correspondência entre os dois amantes. Sand rompeu com ele, que sofreu muito. Ela se vestia de homem para frequentar ambientes masculinos, foi uma das primeiras mulheres a lutarem por direitos iguais. Depois de Musset foi amante de Chopin, isto a gente já sabia, não é? Eu só lembrava da imagem dela de terno, como homem. Mas era uma mulher inteligente e moderna.
Leia aqui sobre Sand.
Há entrevistas com Françoise Sagan. O primeiro capítulo traz o encontro dela com um clochard, um sujeito que amava livros.
É um livro que quem escreve vai gostar, ela fala bastante sobre a literatura, o porquê escrever, estas coisas. Li com ajuda do dicionário e vou reler, é ótimo estudar francês assim. Falar já são outros quinhentos :)
Ah! é engraçado como algumas pessoas se surpreendem quando digo que nunca li Simone de Beauvoir- na verdade li um livro dela, depois dos 30 anos e não achei nada demais. A minha geração foi influenciada por ela. Eu não me interessei, eu era meio do contra, talvez por isso. Mas lembro que os primeiros livros que li foram de Sagan, minha mãe tem. Antes li livros de Mark Twain, "As Aventuras de Tom Sawyer", adorei. Nunca li Monteiro Lobato, mas lia Danton Trevisan aos quinze anos, Érico Veríssimo( "O tempo e o vento"), Graham Greene, todos os livros editados na época, e adorava ler teatro- minha mãe tem uma coleção. Eu li Garcia Lorca, Tennessee Williams, Brecht, Ionesco...Tudo era muito excitante para a quase menina.
Teatro é leitura que flui maravilhosamente, adoro. Saudade de uma boa peça, a última que vi foi com Raul Cortez, faz alguns anos.
Como vocês veem, quem me influenciou foi a biblioteca de minha mãe- mas ela lia muitos autores católicos e eu não li. Eu gostava também de Erich Fromm, "A arte de amar", "Linguagem esquecida", gostei muito, relia. Copiei trechos de "Terra dos Homens", de Saint-Exupéry e, logicamente, de "O pequeno príncipe".
Chega de jogar conversa fora e lembranças. Cansei.
Fui.
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
"Bom é mesmo amar em paz..."
Milton dizia há pouco numa entrevista, no programa "Sem censura", que o palco é a casa dele. Disse amar estúdios, onde se imagina no palco. Também é diferente dos colegas porque não consegue compor em silêncio.
Para mim ele tem a voz masculina mais linda da terrinha.
Delícia vê-lo com Rita Lee cantando esta canção que eu gosto tanto e me lembra o amor mais intenso da minha vida- chega senão fico triste.
Na TV ele estava cantando com Paulo Jobim esta música, que é gostosa demais, não achei na net com os dois, só com Gal Costa aqui.
Brigas Nunca Mais
Tom Jobim / Vinicius de Moraes
Chegou, sorriu, venceu depois chorou
Então fui eu quem consolou sua tristeza
Na certeza de que o amor tem dessas fases más
E é bom para fazer as pazes, mas
Depois fui eu quem dela precisou
E ela então me socorreu
E o nosso amor mostrou que veio prá ficar
Mais uma vez por toda a vida
Bom é mesmo amar em paz
Brigas nunca mais...
domingo, fevereiro 08, 2009
A lua do entardecer
Passei o dia de ontem num lugar super agradável. Um clube, tipo campestre, aqui no Pium à margem de um lago, onde conheci gente legal. Fui com Luc, meu filho mais velho, dois irmãos meus estavam lá, minha ex cunhada, minhas sobrinhas- uma pequenina, outra de 7 anos- duas lindas menininhas.
Eram mineiros, gaúchos, catarinenses, do Rio e naturalmente, daqui. Festejavam o aniversário de quatro pessoas. Havia um grupo da yoga, outro do Santo Daime.
Conheci uma senhora, assim como eu, do Paraná, imaginem, estudou no mesmo colégio que eu, o São José, na pça Rui Barbosa. Disse que no tempo dela não era mais: Ma soeur, ma mère... :) é, felizmente as freiras mudaram. Ela estudou no internato, deusdocéu, eu só ia num turno e odiava. O banho das internas era frio mesmo num inverno brabo, quando a temperatura caia abaixo do zero- pra mim isto é maldade.
Reencontrei uma pessoa super legal, médica de acupuntura, com quem fiz faz tempo, logo que cheguei aqui e tive um tendinite no tendão de Aquiles.
Adoro acupuntura e yoga, e meditação, e hidroginástica, e ... pirei :)
A lua estava lá desde o entardecer. Não era esta lua, ainda não está cheia. Fiquei à beira do lago, numa espreguiçadeira, vendo a lua cada vez mais nítida enquanto conversava. Foi muito bom.
Já havia sido convidada antes por Carlos, o irmão que faz as coisas lindas no bambu, mas só fui no reveillon. Dai tem razão, preciso sair mais da toca, quanto mais fico em casa, mais difícil fica sair- arranjo desculpas, esqueço... outro dia esqueci um chá de bebê.
Espero melhorar nisto, sair mais, depois que estou fora é fácil, eu adoro conversar, tenho papo com qualquer pessoa.
De madrugada acordei com a lua em mim. Uauuuuuuu, uma linda lua, olhei o relógio: quatro horas. Acho que vai ser difícil fechar cortinas aqui nas noites de lua.
Uma linda mulher -Sharon Stone
Foto inédita de Madonna nua irá a leilão em Nova York
Foto inédita de Madonna nua irá a leilão em Nova York
Esta foto é de 79.
Leia mais aqui.
Eu sempre me pergunto o que faz um Pop star. Madonna soube se fazer famosa.
sexta-feira, fevereiro 06, 2009
Sangre
Eu tenho aqui à direita uma barra com vídeos, coisa nova no blogspot, ai hoje vi que havia uma mulher nua numa pose horrorosa ali, acreditam? hihihi
o tal blogspot coloca 'vídeos afins' , por isso...
Resolvi colocar mais nomes, para ver se preenchia todo o espaço. Vamos ver se vai aparecer mais pornôs ali. :)
A camélia que não é de pedra
Hoje fiquei mais feliz com os comentários. Fui ler a Camille e li isto, depois tem gente que diz que internet só tem bobagem. Hã... ignorância pura.
E Madoka nos comentários citou Guimarães Rosa:
"O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é CORAGEM".
Eu ando meio devagar, talvez acovardada, ou cansada, sei lá.
Obrigada per tutti queridos amigos. vocês me fazem um bem enorme, nem imaginam:)
Viram o comentário do Fernando que graça? :)
quinta-feira, fevereiro 05, 2009
O sol difícil de se olhar
Ontem fui tomar café na livraria-cafeteria e li umas 30 páginas de
"De frente para o sol: como superar o terror da morte" de Irvin Yalom. Comprei o livro, claro.
É do escritor de "Quando Nietzsche chorou".
que eu li e adorei porque tem a ver com o início da psicanálise e me comoveu muito. Simpatizo com Nietzsche, óbvio.
Bom, o livro do sol é sobre o medo da morte. Tem tudo a ver comigo. Minha mãe há meses só fala nisto- quer morrer. Envelheceu rapidamente por causa de um problema com um dos filhos, nega-se a viver. Dia 17 irá para Curitiba, volta às origens, mas na gente que fica dá sensação de morte. Ela está muito caidinha, ficou senil de repente.
Eu não tenho medo da morte, aparentemente, mas tenho algumas tristezas, que me levam a pensar que a vida é tão desprovida de sentido... como se eu desejasse a morte, aliás, quando menina acreditava que morreria aos 18 anos. Como psi sei que poderia ser um desejo de não crescer. Sei hoje hohoho sofri antes.
Enfim, é uma discussão filosófica. O livro me fisgou, ele discorre sobre o tema.
Hoje não deu para pegá-lo, pela manhã trabalhei sobre contos, nem fui à piscina para me exercitar nem ler.
Recebi um e-mail simpático de um amigo tão querido que me deixou mais feliz. Vou ganhar mais um presente, está vindo. É muito bom saber que se tem amigos, mesmo distantes, e que nos querem bem.
As relações familiares, com irmãos, também melhoram, o que me alivia de uma dor de mais de um ano. Vocês sabem.
A tarde passei na cabeleireira, foi divertido. Conheci uma pessoa interessante, conversamos bastante, engraçados estes acasos. Pena que muitas vezes fiquem apenas no primeiro encontro.
Ainda não é dez da noite e já estou caindo de sono.
Boa noite, meus caros. Depois conto mais do livro. Preciso ler mais.
Henfil faria 65 anos hoje
Engraçado ontem lembrei muito do Henfil porque falei com a Graúna da comunidade do Luis Nassif sobre ele. Hoje li lá que faria 65 anos hoje. Nasceu em 5 de fevereiro de 1944 — Rio de Janeiro, morreu em 4 de janeiro de 1988
Putz! morreu tão cedo...Adorava os desenhos dele, muitos são atuais ainda.
E a mãe dele que perdeu os 3 filhos?! Deusdocéu! que horror! Ele era irmão, pra quem não sabe, de Betinho e Chico. Ela deve ter convivido com a morte sempre, eram todos hemofílicos. Que tristeza!
OK, vocês odeiam exclamações, mas eu quis colocar.
Lembrei desta música, que eu ouvi num show de João Bosco cantada pela Elis Regina. Foi demais.