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Se você lê em francês, leia este livrinho delicioso e comovente. Françoise Sagan aos cinquenta conta historinhas, fala da amizade com Sartre, muito velhinho, já alquebrado, das conversas dos dois.
Um dos textos se refere a George Sand e Musset, uma paixão vivida em 1830 e pouco. Sagan admira muito Sand, mas gosta mais ainda de Musset, poeta que eu não conhecia, nem li. O texto é o prefácio do livro da correspondência entre os dois amantes. Sand rompeu com ele, que sofreu muito. Ela se vestia de homem para frequentar ambientes masculinos, foi uma das primeiras mulheres a lutarem por direitos iguais. Depois de Musset foi amante de Chopin, isto a gente já sabia, não é? Eu só lembrava da imagem dela de terno, como homem. Mas era uma mulher inteligente e moderna.
Leia aqui sobre Sand.
Há entrevistas com Françoise Sagan. O primeiro capítulo traz o encontro dela com um clochard, um sujeito que amava livros.
É um livro que quem escreve vai gostar, ela fala bastante sobre a literatura, o porquê escrever, estas coisas. Li com ajuda do dicionário e vou reler, é ótimo estudar francês assim. Falar já são outros quinhentos :)
Ah! é engraçado como algumas pessoas se surpreendem quando digo que nunca li Simone de Beauvoir- na verdade li um livro dela, depois dos 30 anos e não achei nada demais. A minha geração foi influenciada por ela. Eu não me interessei, eu era meio do contra, talvez por isso. Mas lembro que os primeiros livros que li foram de Sagan, minha mãe tem. Antes li livros de Mark Twain, "As Aventuras de Tom Sawyer", adorei. Nunca li Monteiro Lobato, mas lia Danton Trevisan aos quinze anos, Érico Veríssimo( "O tempo e o vento"), Graham Greene, todos os livros editados na época, e adorava ler teatro- minha mãe tem uma coleção. Eu li Garcia Lorca, Tennessee Williams, Brecht, Ionesco...Tudo era muito excitante para a quase menina.
Teatro é leitura que flui maravilhosamente, adoro. Saudade de uma boa peça, a última que vi foi com Raul Cortez, faz alguns anos.
Como vocês veem, quem me influenciou foi a biblioteca de minha mãe- mas ela lia muitos autores católicos e eu não li. Eu gostava também de Erich Fromm, "A arte de amar", "Linguagem esquecida", gostei muito, relia. Copiei trechos de "Terra dos Homens", de Saint-Exupéry e, logicamente, de "O pequeno príncipe".
Chega de jogar conversa fora e lembranças. Cansei.
Fui.
2 comentários:
eu nunca tinha lido Sagan, até que recentemente passou na tv um documentário sobre a vida dela. e me interessei. beijo.
quem dera ler em francês, rs*
e uaaaaaaaaau, que notícia boa essa de que vem para cá e talvez veja minha peça :o)
avise, hein!?
beijocas e boa semana, flor
MM.
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