Bom, pra começar, acho altamente contraditório - e revelador da dimensão de seu colonialismo cultural - que um semanário conservador como Veja entreviste um figura anti-establishment como Paglia (ele jamais o fez ou faria com os equivalentes nativos de Paglia). O convencionalismo de chamá-la de "Senhora" torna a coisa ainda mais hilária.
Quanto ao fascínio dela por Daniela Mercury, senti, desde o primeiro artigo sobre a cantora baiana na Salon, que havia, naturalmente, muito de sexual nisso - o que não anula o fato de que Paglia tem uma percepção especial para a cultura pop. Pessoalmente, acho uma feliz coincidência que uma acadêmica com personalidade e prestígio como ela se interesse pelo trabalho de uma artista cujo trabalho vem sendo injustamente negligenciado devido a rótulos e mal disfarçados preconceitos regionais (que são, em última análise, étnicos).
2 comentários:
Acho que ela está apaixonada.
Bom, pra começar, acho altamente contraditório - e revelador da dimensão de seu colonialismo cultural - que um semanário conservador como Veja entreviste um figura anti-establishment como Paglia (ele jamais o fez ou faria com os equivalentes nativos de Paglia). O convencionalismo de chamá-la de "Senhora" torna a coisa ainda mais hilária.
Quanto ao fascínio dela por Daniela Mercury, senti, desde o primeiro artigo sobre a cantora baiana na Salon, que havia, naturalmente, muito de sexual nisso - o que não anula o fato de que Paglia tem uma percepção especial para a cultura pop. Pessoalmente, acho uma feliz coincidência que uma acadêmica com personalidade e prestígio como ela se interesse pelo trabalho de uma artista cujo trabalho vem sendo injustamente negligenciado devido a rótulos e mal disfarçados preconceitos regionais (que são, em última análise, étnicos).
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