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sexta-feira, janeiro 17, 2014

Crônica- A flauta e a amoreira










Cotidiano 

Janeiro 2014

Ontem fiz algo que deveria ter feito há meses, fui cancelar débito automático no Bradesco. O gerente é um jovem educado e gentil- como deveriam ser todos. Cheguei pensando em cancelar a conta- uso pouco- meu filho insiste para que fique no B.B., apenas, acho melhor não, o B.B. é um mundão, Bradesco aqui, depois refleti sobre, precisa disputar espaço- esta cidade é de funcionários públicos, descobri há algum tempo- todos querem passar em concursos ou já são concursados, a minoria somos nós- profissionais liberais.
Cheguei da rua ontem, lavei o carro- atividade que gosto- e podei árvores. Meu braço dói um pouco, mas eu adoro, é como cortar cabelo. Entrei para o banho e resolvi dar uma aparada no cabelo- também sinto prazer em. Ficou ótimo. Já fiz antes, da primeira vez cortei pra valer e direitinho, acredite! Quando fui à cabeleireira ela disse que estava OK, apenas aparou.
Enquanto cortava galhos da amoreira, Zé Miguel apareceu para pegar o lixo. Disse, pela enésima vez: A Sra deveria cortar mais deixar retinho em cima. Eu retruquei que gosto assim, ela descabelada como Elba Ramalho. Ele diz rindo: está igualzinha mesmo. Depois que ele subiu cortei mais- para que ela cresça melhor, estava linda com galhos até o chão, mas... quanto mais se corta, mais fortalece, dizem. Sou jardineira intuitiva, não sei nada. Enquanto cortava comia frutinhas.

Hoje ele veio pagar os galhos- o vi na grama. Fiz um sinal de positivo de dentro da casa. Logo depois apareceu Canindé, o jardineiro que vem cortar a grama uma vez por mês. Adora um papo. Veio pegar a pá emprestada. Contou que uma cliente, que é ginecologista,- explicou com detalhes, que ela conversa com ele assim como eu-  disse que boldo ofende o organismo. Será? Seria boldo? A minha família toma esta erva há anos, meu pai usava, meus irmãos usam. Ele disse que vai para o sangue e tal.
Mostrou umas mudas que plantou aqui outro dia, eu não tinha visto. Repetiu umas três vezes o nome, não adiantou, eu não entendi. Tenho dificuldade enorme em entendê-lo e ao eletricista. Me dá aflição. São do interior e falam para dentro e rápido.

Esta madrugada baixei no lap top vários filmes- os candidatos ao Oscar, aqueles que ainda não vi.  Hoje vou começar a ver. Gosto de ver depois do almoço, senão o sono me pega.

Trabalharei apenas à noite e amanhã meio dia. Queria trabalhar mais, me faz muito bem.
É estou só em casa com os bichos. Um dos filhos dormiu fora, o outro saiu cedo.

Faz calor
Uma flauta toca ‘Asa branca’
Uma criança chora
Um cão late
A janela vibra

Venta

sexta-feira, janeiro 03, 2014

2013- o ano inacabado





Casulo


Des
-amor
Casulo
Alegrias
Encontros
Filhos alados
Olhar disperso
Corpo amordaçado
Desencontros
Mente alerta
Pena muda
Fala vazia
  Mordaça
  Silêncio
Recusa
Ventre
Vento
Terra 
Mãos 
Água
  Teia 
Flor

 
Água 
Mãos 
Ventre 
Recusa 
Silêncio 
Mordaça 
Fala Vazia
   Pena muda  
Mente alerta
  Desencontros  
   Corpo amordaçado

                                                   

quinta-feira, outubro 17, 2013

Poema despretensioso


Infância

Menina,
paralisada na janela,
sofria.

Hoje,
abre o vidro
e alça vôo.



quarta-feira, setembro 18, 2013

A sete chaves- poeminha despretensioso








 O coração se aquietou. 
 Resignou-se. 
Poderia dizer: "Matou o sonho", 
seria inverdade. 

Lá, 
onde a tristeza se esconde, 
há um sonho guardado.

quinta-feira, março 14, 2013

Poeminha despretensioso- Sem fantasia(revisado)




Amanhecer dói.

Na memória o verso: “Não adianta dormir que a dor não passa”.

Volta, noite adentro, para a cama.

As pernas percorrem o lençol.

Nada a encontrar, nem fantasia.



Publicado anteriormente em 4/02/2011

domingo, setembro 09, 2012

quarta-feira, agosto 03, 2011

Amenidades- relido






Há dias eu quero blogar abobrinhas e não consigo.


Dia 01/08 amanheci super triste e não sabia o motivo- pensei, ainda deitada, lembrei que era dia do aniversário do meu pai. Saudades do pai. Morreu em 2004, mas está muito presente na minha vida- lembro muito dele no dia a dia, coisas prosaicas- tipo quando como uma fruta- ele comia muitas durante o dia.

Convivi muito com ele porque ele se aposentou cedo, era quem nos acordava pela manhã:

“Levantem, está um dia lindo lá fora”. E eu nada de levantar. Hoje quase faço isso com o filho mais velho- que é um dorminhoco- mas não faço- é notívago, como eu fui quando jovem- hoje acordo com os peões- literalmente. Rs


Os olhos


É uma novela- assunto chato. Não se tratem com uma médica oftalmologista do Exército de Natal que tem o nome que começa com X. Disse que meu problema era crônico- da idade- olhos secos e alergias- e que teria que conviver com isso. Não deveria mais pegar sol, vento, blá, blá blá. Ficar numa redoma, ela quis dizer, ou morrer. Juro que senti certo prazer nela ao dizer isso. Eu acho que eu desperto em algumas pessoas algo negativo que as fazem desejar me ver pra baixo. Eu sou bem cuidada- não aparento a idade que tenho-, falo com simpatia com todos, sou educada- parece que gente assim ofende- já que a maioria e mal cuidada, mal educada, grosseira.

Estes dias segurei a porta do Banco para 2 pessoas passarem- nenhuma disse obrigada- acreditam?

Voltando aos olhos- o terceiro médico me deu um colírio antiinflamatório- não resolveu- então me receitou um antibiótico- melhorei muito, mas ainda não está cem por cento. Ficará? Não sei... Terei que pagar nova consulta? O último foi médico particular, fora do convênio. É a vida... Vocês não imaginam a indelicadeza, pra não dizer grosseria do médico, este mesmo- pago. Agora imaginem os de 'gratis' no INSS... Lamentável

Triste país onde a gentileza é mal vista. Eu gosto de ser gentil- me faz bem. Ontem, por exemplo, uma mulher me ligou de São Paulo querendo falar com Contardo Calligaris- fazem sempre. Por que? Por que entram no meu blog onde eu o publicava e veem o meu telefone lá, não leem meu nome ali. Bom, ela ligou e disse que queria marcar uma consulta. Eu disse que não era o telefone dele, mas poderia dar se ela esperasse que eu fosse procurar- levei uns minutos para achar.

O nome dela é o mesmo da mulher dele rs. Freud explica. Bom, ela agradeceu. Mas tarde ele disse que ela deixou recado lá. Gosto de ser assim. O que ganhei? Nada. Ligam também chamando Miguel Nicolelis, acreditam? Uma vez foi da Comissão de Ciências de Brasília. Pode? Eu falei- via Twitter- com ele que entrou em contato com a secretária deles- era para uma reunião importante com cientistas. Agora me digam, se este povo não é muito lesado. Eu tentei achar meu telefone, via Calligaris, e não achei no Google- só pode ser através do meu blog Oriente-se. Hã...

Será que um dia ligarão chamando o Chico Buarque? Rs mas não teria como dar o caminho das pedras- a não ser a rua onde ele mora.

Ai ai.



O despretensioso

Ontem alguém deixou um recado num poeminha meu lá nos Escritos:

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Vida prosaica":

isso mesmo. totalmente "despretencioso".

O poeminha está com a tag “poeminha despretensioso” e eu fiquei, cá com meus botões, a pensar o porque do destaque no despretensioso com C. Fui consultar o dicionário- vai ver eu estava errada- dou sempre a mão à palmatória... mas não, eu estava certa. Não entendi o que a figura quis dizer. O poeminha é tão singelo- nada que mereça um puxão de orelhas rs. Há gente muito implicante por aqui. Ah! Foi , não aqui- este já está com o controle de comentários para evitar os trolls. Chega! Outro dia deixaram um comentário super desagradável sobre a namorada do Chico- não publiquei- pra que? Maldosos, caiam fora! Xô!


O poeminha despretensioso- com S:


Vida prosaica



Amanheço separando roupas sujas.

Mais tarde- varal- enquanto meu interior é ideias.

Algumas se perdem na vassoura ou ao vento.


segunda-feira, fevereiro 01, 2010

Lírios brancos



Foto daqui



Lírios brancos

Te espero
coração em sobressalto

Mas teu silêncio é morte

Caminhas
gestos contidos
meu coração em descompasso
com o roçar das tuas bainhas no chão frio

Teu silêncio é morte

Sufocada saio
Volto
Te encontro
Entregue
Pronto
Teus pés em oferenda

Lírios brancos


Este poema foi feito baseado numa cena do livro de Raduan Nassar “Um copo de cólera”- para mim um dos maiores romances da nossa língua. Não vejam o filme antes de ler o livro, o filme é muito ruim.


terça-feira, dezembro 22, 2009

Poeminha despretensioso






Madrugadas me afligem,
Desconheço fases lunares.
Haverá lua cheia?
Ou esta minguante...

Oh! Negritude infinita.

quarta-feira, outubro 07, 2009

É primavera




A lua despertou-me na madrugada.

Voltei a dormir sem devaneios.

As manhãs são doídas e quentes.

As tardes- hiatos- compassos de espera para as frescas noites da primavera.

Onde há esperança?

quinta-feira, setembro 17, 2009

Arquivo: Poeminha despretensioso




Para Raduan Nassar

Com delicadeza,
como se tocasse
azuis asas de borboleta,
guardo suas palavras.

segunda-feira, maio 02, 2005

Oferenda


Oferenda. Posted by Hello

Lírios brancos

Te espero, coração em sobressalto.
Mas teu silêncio é morte.
Caminhas, gestos contidos,
meu coração em descompasso
com o roçar das tuas bainhas no chão frio.
Teu silêncio é morte.
Sufocada saio.
Volto
e te encontro
Entregue
Pronto
Teus pés em oferenda.
Lírios brancos.

Este poema foi feito baseado numa cena do livro de Raduan Nassar “Um copo de cólera”, para mim um dos maiores romances da nossa língua-não vejam o filme antes de ler o livro, o filme é muito ruim.
Ah! eu sei que esta foto é de copo de leite e não um lirio.

sexta-feira, março 18, 2005

Outono

Outono


O azul outonal
me faz desejar sair
como os pássaros
em busca de anil.
Mas não saí.