terça-feira, maio 31, 2005
Drummond e os meus meninos
Drummond entrou realmente na minha vida ao morrer.
Era agosto, meu inferno astral, mês de mau agouro. A TV noticia a morte de Drummond. Fico triste e confusa, não sei se devo ir ao enterro, detesto estas cerimônias. Dia cinzento, chuva fina, às nove da manhã a imagem de Drummond no caixão me comove na capela quase vazia. Resolvo ir.
Onze horas, hora do enterro, a capela cada vez mais cheia me sufoca. Saio para a varanda do cemitério São João Batista. Havia um homem bonito de terno de linho azul à espera, e outros homens- políticos, artistas, curiosos. Pergunto, a um homem qualquer, se há outra saida para o caixão- pois vejo repórteres correndo, homem de terno de linho azul diz: "Vou ver". Na volta diz: "Venha comigo". Fui. Algum tempo depois eu esperava meu primeiro filho- dele.
Diz um amiga astróloga que quando morre um escorpião nasce outro, no meu caso nasceram dois geminianos.
Devo a Drummond meus dois lindos meninos, hoje homens.
Que viva Drummond! Que vivam meus meninos!
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