Tão longe o Japão
Onde a lua?
Meus
olhos nada veem
Meu estômago
travou com seu golpe de palavras frias.
Encolho o corpo para aliviar. Quando durmo esqueço.
Há dias tento não despertar. O sol insiste em entrar pelas frestas golpeando meu corpo que arde no sol, não mais por amor.
Como máquina ligo o fogão, como pão, sirvo o cão de comida e água, dou bom dia a quem encontro.
O peito pede para ser rasgado com faca, como no Japão. Tão longe o Japão.
Então espero passar com chás e unguentos.
Quem sabe com coragem consiga um banho de mar.
Ou um mergulho.
O mar.
O mar.
Sempre a chamar, o mar.
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