quinta-feira, fevereiro 13, 2014

O amor atemporal no filme "Her"







Acabo de ver "Her", filme de Spike Jonze. Interessantíssimo.

Um filme que fala do amor no nosso tempo ou qualquer outro tempo . Joaquin Phoenix faz o personagem que termina um relacionamento e, em vez do luto natural, engata numa relação virtual com um programa que o assessora, lê, escreve e-mails, marca encontros, o acompanha em passeios. A voz do programa é de Scarlett Johansson.

É um homem solitário que escreve cartas de amor para outros. Cartas imaginárias como o amor virtual. Cartas para estranhos, como a voz familiar que nunca se personificará. O amor permeia o filme. O afeto que nos faz crescer- palavra citada muitas vezes pelo personagem- que nos faz menos solitários, mesmo sendo uma voz programada. A máquina se desenvolve, evolui, cresce.

O amor imaginário, como o real, nos faz melhores. 
 Amores virtuais soam à perfeição, o outro é criado por nós- mesmo que ele exista, esteja lá, escutamos, lemos, aquilo que desejamos. 
 Quando o outro se posiciona, contrariando nosso imaginário, estranhamos, 
desconfiamos de nossa compreensão, queremos estar certos, 
 que nada interfira neste amor pleno- 
 pois é meu, eu criei à minha imagem e perfeição. 

O cenário é bonito, a cidade aparece em belas imagens. O figurino lembra décadas passadas, é unissex O passado nós construímos- é o que narramos(por ai)- penso que a mulher programada diz no filme- não irei conferir. A estória é futurista mas atemporal.
Contraditório? Digam o que acharam. Penso que a escolha do figurino é para confundir, você vê os personagens no futuro com roupas que sua mãe usou. Não vou contar mais, vejam o filme.

Pensem que todo amor vale a pena e sejam tolerantes com máquinas e Homens. :)

 Trailer:





Um comentário:

Andrea disse...

Menina, se antes eu queria ver, agora não vejo a hora!!!!
Excelente resenha!!!

bjimm querida
andrea