“Quem disse que viver é fácil?”, me disse uma vez Coimbra, o meu analista preferido- tive vários analistas. Viver é difícil, não há trégua, é preciso estar atenta a tudo, qualquer deslize vêm as consequências, algumas desastrosas.
Nunca
planejei minha vida- talvez o inconsciente me levasse por caminhos traçados
anteriormente, mas não de forma racional. Seguia por impulso, por intuição, sei
lá. Mas, quantas vezes intui que não era o melhor caminho e segui? Rs Ai ai
Vim parar no
nordeste sem pensar muito- estava cansada de estar só com os filhos em Cabo Frio-
busquei a proximidade com os irmãos.
Olhar para
trás, dói- o Rio é o meu lugar- lá estão os amigos, minhas referências. Mas
aqui construí a casa que não poderia ter lá- gosto deter uma casa, do jardim,
dos bichos- de arrancar a grama, que resiste à minha força.
Aqui comecei a
escrever mais, com disciplina. Há quase um ano não faço mais isto- tantas
solicitações externas e inquietações, mas vou retomar.
Daqui da
minha janela vejo as Fazendas vizinhas e penso no meu pai que amava mato.
Dizia: “Venha morar aqui, é tão bom, tão fresquinho.”. “Eu respondia: Deus me
livre, odeio o vento, parece “O morro dos ventos uivantes”... Ele morava num
lugar semelhante a este em Cabo Frio, de lá via uma lagoa- eu daqui vejo um
feixe de rio e campo, coqueiros, mangueiral, gado, vaqueiros, crianças alegres e saltitantes perto do rio aos domingos. E
venta... o vento me enlouquece- tenho dores de cabeça fortes, insuportáveis
quando está Úuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...
Hoje está
menos forte, ontem estava enlouquecedor- fico um trapo: irritada, mal humorada,
doente.
E assim sigo a vida- agora, por exemplo, os filhos vieram conversar comigo, vou deixar de escrever. Bye.
E assim sigo a vida- agora, por exemplo, os filhos vieram conversar comigo, vou deixar de escrever. Bye.
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