segunda-feira, agosto 13, 2012

“Quem disse que viver é fácil?”







“Quem disse que viver é fácil?”, me disse uma vez Coimbra, o meu analista preferido- tive vários analistas. Viver é difícil, não há trégua, é preciso estar atenta a tudo, qualquer deslize vêm as consequências, algumas desastrosas.

Nunca planejei minha vida- talvez o inconsciente me levasse por caminhos traçados anteriormente, mas não de forma racional. Seguia por impulso, por intuição, sei lá. Mas, quantas vezes intui que não era o melhor caminho e segui? Rs Ai ai

Vim parar no nordeste sem pensar muito- estava cansada de estar só com os filhos em Cabo Frio- busquei a proximidade com os irmãos.

Olhar para trás, dói- o Rio é o meu lugar- lá estão os amigos, minhas referências. Mas aqui construí a casa que não poderia ter lá- gosto deter uma casa, do jardim, dos bichos- de arrancar a grama, que resiste à minha força. 

Aqui comecei a escrever mais, com disciplina. Há quase um ano não faço mais isto- tantas solicitações externas e inquietações, mas vou retomar.

Daqui da minha janela vejo as Fazendas vizinhas e penso no meu pai que amava mato. Dizia: “Venha morar aqui, é tão bom, tão fresquinho.”. “Eu respondia: Deus me livre, odeio o vento, parece “O morro dos ventos uivantes”... Ele morava num lugar semelhante a este em Cabo Frio, de lá via uma lagoa- eu daqui vejo um feixe de rio e campo, coqueiros, mangueiral, gado, vaqueiros, crianças alegres  e saltitantes perto do rio aos domingos. E venta... o vento me enlouquece- tenho dores de cabeça fortes, insuportáveis quando está Úuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...

Hoje está menos forte, ontem estava enlouquecedor- fico um trapo: irritada, mal humorada, doente.
E assim sigo a vida-  agora, por exemplo, os filhos vieram conversar comigo, vou deixar de escrever. Bye.




Nenhum comentário: