sexta-feira, maio 25, 2007

Os filmes da minha vida. Seriam estes? Arquivo revisto em 2007.
















Alan Ladd em Shane

O 'Café filosófico' com a Daniela Thomas foi ótimo, ela é super simpática, tem humor é inteligente-eu já sabia.

Contardo estava mais à vontade também, devem ser amigos, foi muito gostoso de se ver.

Daniela fala dos filmes que fizeram parte da sua vida- e mais tarde descobriu que tinham a ver com a história que construía de vida- citou 'My fair lady', 'Nosferatu', Navio fantasma', 'Dr Jivago', 'Casablanca'.
Aqui meu post sobre ela.

Interessante quando ela pensa sobre o impacto que teve o cinema no psiquismo das pessoas... mais aqui

Bom, ai eu fui deitar e fiquei pensando nos filmes que me marcaram, me delinearam. Os faroestes americanos foram os filmes que eu mais vi em menina- não havia filmes para crianças, como hoje- e adolescente. Eu ia com meu pai e meus irmãos ver num salão paroquial, era a maior bagunça. Isto em Curitiba, onde morávamos. Toda semana passava mais de um filminho americano, eu adorava. Imaginem, ia só com o pai de mãos dadas, minha mãe, intelectualizada como era, não ia :) Shane indo embora, a briga e os cavalos, são imagens inesquecíveis.

Depois foram os filmes de Chaplin, também com o pai. Ele adorava o Chaplin, minha mãe também gosta. Meu pai tinha algo chapliniano, se comovia à toa, tinha um olhar para as crianças meio 'O vagabundo', se identificava com as crianças, eu acho, foi muito pobre quando criança, envelheceu se comovendo com crianças e animais, era exagerado nisto, parava para ver as crianças na rua, os bichinhos, gostava de animais de pelúcia, tinha no quarto- depois de velho- era triste e engraçado ver isto, adorava estes bichinhos de pelúcia, achava lindos, tinha quase 90 anos, morreu aos 91. Nunca teve um brinquedo quando criança.

Eu aprendi a amar platonicamente com Chaplin, pensei ontem, ou com meu pai?

Ouça "Luzes da Ribalta" de Charle Chaplin aqui
com Maria Bethânia
Eu choro quando ouço esta música, pode?

Depois aos 16, por ai, o primeiro filme que vi para 18 anos, foi com John Gavin. Ele tinha uma amante. Eu me apaixonei por ele, achava lindo, andava com uma foto dele no meio dos livros da escola, colocava em cima da carteira. Lembro bem, uma foto em preto e branco, devo ter no meio das foto. Vi que é possível amar mais de uma pessoa, eu achava que este filme era “Suave é a noite”, mas não sei, não achei nada, ele era amante de uma mulher que eu acho que era a Vera Miles, só me interessava ele, portanto nem sei quem era a 'partner'.

Vi os filmes de Sara Montiel, todos da época, minha mãe adorava, eu também. Temos sangue espanhol, deve ser isto. :)
Delícia, vejam a letra de "Fumando espero":

Fumar es un placer
genial, sensual.

Fumando espero
al hombre a quien yo quiero,
tras los cristales
de alegres ventanales...

Mais aqui

Eu adorava, era meninota e cantava escondido enamorada pelo pianista de frente- eu era apaixonada pelo vizinho pianista- que mal me olhava, era mais velho 6 anos.

Aqui vocês vêem Sarita Montiel em "Fumando espero". Ah! esta eu adorava.

Outro filme que mexeu muito comigo, e me comove quando vejo, é “Tarde Demais Para Esquecer”('An Affair To Remember'), o encontro que não acontece, ou é adiado ai ai, a música é linda, me lembra uma cena quando eu saia do apartamento do meu primeiro namorado, eu enamoradíssima, e ele terminou comigo, era tarde demais para esquecer, levei dois anos obsessivamente apaixonada, até encontrar um sósia de Robert Redford com quem tive um caso e esqueci o outro. Também, o homem era lindo e um doce, amoroso, não rolou mais, era mergulhador, fazia caça submarina, completamente diferente de mim.

Depois vieram “Casablanca”, ”Jules e Jim”, que já falei aqui, os filmes de Bergman, aquela solidão, aquela tristeza. “Cenas de um casamento” foi o filme em que mais chorei até hoje, chorei o filme todo, e olhe que eu tinha uns 20 e poucos anos quando vi, pode? Me identifiquei com o casal em separação, eu tinha um namorado e não ia bem o namoro, ou havia acabado, não sei mais. Eu o amei muito. Somos amigos até hoje.

"Último tango em Paris” um dos meus preferidos é sobre solidão e morte. “Morte em Veneza", maravilhoso, sobre amor impossível e morte, e ai vai.

“Noites de Cabíria” não podia deixar de ser, a personagem de Giulietta Masina comovente, é de doer.

Bom, foram filmes de amores platônicos, impossíveis, adiados, amores com conflito, mais de um amor. Neste mosaico só poderia dar numa figura como eu, sempre em busca de um amor maior, pleno, de um encontro outro, impossível, imaginário.

O programa foi bom, me fez lembrar deste caminho todo, aposto como esqueci algum filme super importante para mim, Freud explica.
"Dodeskaden" de Kurosawa eu adorei, vi 7 vezes, me identificava com o personagem que deu o título, quem viu vai saber, ele era desiquilibrado, sonhava em ser uma locomotiva, andava num trilho imaginário dizendo:"Do des ka den" todo filme me comove,nem é o melhor do cineasta japonês, meu preferido, mas eu adorei este filme. Por que? ainda não pensei sobre isto, só agora rapidamente, eram personagens solitários, lógico.
Este programa- 'Café Filosófico'- mexeu comigo, valeu uma sessão de psicanálise :)
fiquei pensando nisto, nos filmes.

Meus atores preferidos foram Gary Cooper, Humphey Bogard, John Gavin, Marlon Brando, Mastroiani, Ives Montand, Jean-Louis Trintignant e outros. Adorava Audrey e Catherina Hepburn, Grace Kelly, Sofia Loren, G. Masina, Liv Ullmann, Ingrid Bergman, tantas outras. Não gostava de Bardot, nem de Marilyn, nem morro de amores por C. Deneuve, Gosto de um rosto como Anne Bancroft, Anna Mangnani, Ava Gardner, todas Anas :) chega fico aqui nas mais antigas.
ai ai chega de alugar vocês com estas minhas viagens...
Quais foram os filmes que marcaram a vida de vocês? Contem.











Lembram de Jack Palance? Só fazia o mau hihihi
















O John Gavin virou senador, depois perdi de vista :)

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