segunda-feira, julho 25, 2005
Filme: "Retrato de uma mulher"
Ontem eu vi "Retrato de uma mulher"-The Portrait of a Lady- (1996) filme de Jane Campion- (Piano)- adaptação do livro '"Portrait of a lady" de Henry James.
É a história da bela jovem americana Isabel Archer (Nicole Kidman) que em 1873 é enviada a Inglaterra para a casa de tios, depois da morte dos pais. Linda, inteligente e livre, assim ela chega e chama a atenção de todos, homens e mulheres. Acaba se envolvendo com Gilbert (John Malkovich), numa trama diabólica com outra mulher Madame Serena Merle (Barbara Hershey), sempre observada de longe pelo primo Ralph (Martin Donovan), que mantém um amor platônico pela jovem.
Muitos de vocês devem ter visto o filme, vi na Tv e gostei. É uma trama inquietante, incômoda, acredito que mais às mulheres. Como aquela jovem que tem tudo para ser feliz se envolve com um sujeito prepotente e fraco como aquele? Como se deixa capturar e aniquilar? Vemos o processo de aniquilação dela e o limite com a loucura em alguns momentos, é enlouquecedor ser manipulada daquela forma.
Nicole, está muito bem no papel, é uma atriz que tem a seu favor a beleza em alguns papéis, mas em outros atrapalha, desvia nosso olhar, ela consegue boas cenas no filme, algumas muito bem dirigidas.
Gosto da direção de Jane Campion, talvez do olhar feminino. O filme é bonito, há pouca luz, lembra a pintura Rembrandt pelo claro escuro, sempre uma luz incide num objeto ou personagem, um belo filme.
Lembrei de "A idade da inocência"- " The age of innocence" de Martin Scorsese e " Ligações perigosas" de Stephen Frears. As renúncias, as manipulações estão presentes nos três filmes. Será que hoje- modernas- nos livramos destes homens ou mulheres sedutores e manipuladores? Será o retrato de uma mulher ou de muitas mulheres?
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Um comentário:
Acabei de assistir o filme e o achei regular. No início promissor do filme, esperava mais intrigas amorosas, mas me decepcionei com a queda fácil da protagonista frente ao trambiqueiro Gilbert e sua comparsa. Fácil demais e irritante também. Uma das coisas que salvou parcialmente o filme é o incontestável talento e a beleza de Nicole Kidman. O final tb ficou aberto demais, muito inconclusivo, mais voltado para o pessimismo e a falta de esperança (ou más escolhas sequenciais) da protagonista.
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