Conto encantador! Enquanto lia*, eu exclamava: Que lindo!
O jovem narrador, como todo personagem de Dostoievski, é um ser solitário e pensativo, tímido. Saí pela cidade de São Petersburgo à noite. Gosta das noites, de contemplar as casas, observa detalhes, como se tivessem vida. Vive a flanar e observar o mundo ao redor.
Na primeira noite do conto, ao voltar para casa, vê uma bela jovem a chorar debruçada numa ponte. Volta e a aborda, a moça recusa a aproximação e sai caminhando apressadamente. Ele a segue. No caminho, um homem bêbado tenta algo com ela, corre atrás dela, então o jovem se aproxima e diz que estão juntos.
Aí começa uma relação. Encontram-se às dez da noite, a hora que ela marcara, com seu enamorado, que tanto espera há um ano. Ele, enamorado pela singeleza e seu sorriso encantador, passa o dia sonhando com o momento de estar ao lado dela. Ela se deixando levar por esse novo amigo, que vira confidente, enquanto sonha com o reencontro de sua paixão, um homem mais velho e culto, que foi inquilino de sua avó. Naquela noite iria reencontrá-lo, haviam combinado um ano antes quando o inquilino viajou a negócios fora da cidade.
Para o jovem, que considerava sua vida extremamente vazia, bastou um momento de felicidade com a moça- era o que bastava para seguir a vida a sonhar.
Não vou contar mais. Leiam, que é belíssimo. Um dos textos mais bonitos de amor que eu li. O amor puro dos jovens, o desencontro amoroso...
O final é surpreendente! Para nós, leitores, bastante intrigante. O amor e suas nuances, surpresas.
O conto, publicado em 1848, foi um dos primeiros conhecidos do autor russo.
*eu ouvi narrado no Youtube. Vocês podem ler, eu estou com problema nos olhos e descobri esse novo caminho para "ler".
Um comentário:
Sua resenha excelente me encantou, Elianne. Gratíssima, querida! Tão bom ter seu blog lindo, sua generosidade indicando lindezas e novidades. Para mim, todos/as novos/as. Beijo e por favor, não pare rs.
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