domingo, janeiro 27, 2013

A vida como ela é




















Desenho de Danton Abreu



Os meninos foram à praia- desenhar- um arquiteto daria aula de aquarela na Praia do Morro do Careca- não fui, estava com dor de cabeça e também porque jovens não cansam, e eu iria querer voltar antes- 15 hs e ainda não voltaram- foram num grupo de uns seis jovens.

 Passei a manhã cuidando do jardim e tomando sol- uma tristeza me invadiu, senti saudades de um amigo, respirei fundo, pensei nos filhos tão saudáveis e segui. Na hora do almoço liguei a TV e soube da tragédia na boate em Santa Maria.
É...mesmo com sua vida em paz, há coisas que nos tocam profundamente- ai, a vida... e a mídia explora a dor das famílias, é doloroso demais- coloquei num filme sobre jazz e blues para me distrair, enquanto escrevo. Tenho sono, tomei vinho no almoço.

 Nasci pertinho de Santa Maria, nunca estive lá- sai com 2 anos e não voltei. Pai militar, não sinto vínculo nenhum com o RS. Gosto de alguns gaúchos, gosto de Brizola- acabo de ver um documentário sobre ele hoje no Canal Brasil: “É tudo verdade”- sinto falta dele, de Darci... fico feliz por termos sido contemporâneos. Geração interessante, marcante- não conheço nenhum outro político como o velho Briza- e era charmoso... a família está minguando... alguns netos seguem o avô, mas não têm o carisma.

 Ontem vi um filme de Truffaut, “Um só pecado”, não lembrava, acho  que nunca havia visto, senão lembraria pelo tema e pela atriz- Françoise Dorléac faz a amante de um escritor, um intelectual, escritor famoso. O filme é tenso e tem final trágico. Não gostei muito. A estória é comum e o filme, bem dirigido, claro, incomoda pela tensão que nos provoca. Ponto para Truffaut. Françoise morreu aos 24 anos... de acidente. Putz! É muito triste. Fez quatro filmes- dois com a irmã, Catherine. A morte sempre presente, sonhei com meu pai, com um tio querido que morreu há muitos anos... O filme do Truffaut também acaba com um tiro certeiro. É a vida como ela é.

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