sexta-feira, setembro 14, 2012

A flor da calçada





Terça-feira voltei a pé do Pilates e peguei, numa calçada, esta flor.
Disse para minha mãe: "Trouxe para você." Ela: "Mas que linda! Nunca havia visto! Onde encontrou?" Contei. Ela foi à cozinha pegou um copinho e a colocou lá, observando a flor e repetindo o quanto era linda.

No dia seguinte, eu estava aqui e ela veio da cozinha com o copinho na mão e disse: "Quem trouxe esta flor tão linda? Nunca havia visto igual."

Isto me entristece.

Hoje perguntou, vendo Ana Maria Braga: "O que é tapioca?". Na casa do meu irmão, onde ficou 2 anos, até uns meses atrás, ela comia taioca, a empregada fazia. Estes dias piorou de novo a memória, há epocas em que melhora. Interessante é que sobre literatura e cinema ela lembra muitas coisas- às vezes, confunde um ator, mas quando vê o nome de um diretor bom, ela diz: Deve ser um bom filme- quando estamos procurando um filme na TV paga. Outro dia reviu "Gritos e sussurros". Quando cheguei do consultório contou.

2 comentários:

Dalva Santos disse...

Laura, querida, seus textos sempre me comovem, adoro tudo que vc escreve. Saudades deles no meu mail. E o pessoal das listas tb cobra.
Bjs, Dalva.

Unknown disse...



Oi, Laura...
Quando você escreveu esse texto sobre sua mãe, lembrei de um livro que li recentemente...talvez você goste.
Explica um pouco esse momento que ela está vivendo. E é poético, com personagens maravilhosas... chorei muito, fiquei emocionada. Te recomendo.

Beijos!
Mari



A Doce Passagem - Todd Johnson