"Hoje não tem dança, nem tem mais menina"...- Atualizado

Foto FernandoMPinto


Ela fez o melhor post sobre a morte de MJ que eu li. OK, não li muitos- me cansa este blá blá blá pós morte.
Eu sempre o admirei e respeitei- foi muito infeliz. Quem sabe um pouquinho da vida dele sabe que foi explorado desde menino. Não precisa ser psicanalista para entender o que veio depois.



Twitter:

millorfernandesO mais belo movimento feminino ainda é dos quadris.
about 2 hours ago from web

kakaka, este Millor... :)

lauravive 'Marcelo zona sul' TVBRASIL, meu amigo StephanNercessian o conheci em1970,bar zepellin ipanema,figura deliciosa,inteligentedivertido querido

Conheci o Stephan quando ele tinha 17 anos, era meu vizinho na rua Nascimento Silva, morava com a irmã. Tinha acabado de fazer o filme, era famoso pelo filme, que só fui ver recentemente. Namorou uma amiga minha. Passava as tardes na minha casa, dormia de tarde, fazia lanche conosco. Estudava no André Maurois. Era divertidíssimo, ele é uma das pessoas mais engraçadas que conheço- tem um humor inteligente e que faz a gente rir. Eu ria muito com ele. A família é uma simpatia, a mãe era um doce, pequenina, ele a colocava no colo. Depois casou com a Camila Amado, que é filha da Henriete, educadora e inovadora. Camila era ciumentíssima, ele se afastou. Uma bobagem, eu nunca tive absolutamente nada com ele, éramos amigos apenas. Reencontrei-o um pouco antes de vir pra cá, mas eu estava tão mal das pernas... É engraçado, a memória seleciona, eu só lembro das coisas boas daquele tempo- Stephan é uma delas, a amiga também, mas esta eu me afastei, me feriu muito- está longe, não tenho vontade de procurar, foi pro sul, apenas tenho saudades e tristeza por não tê-los mais por perto- eu me sentia amada naquele tempo.
Eu adoraria conviver com estes amigos, a vida nos afasta- Exupéry já falava disto em "Terra dos homens":

"Nada, jamais, substituirá um companheiro perdido. Ninguém pode recriar velhos companheiros. Nada vale o tesouro de tantas recordações comuns, de tantas horas más vividas juntos, de tantas desavenças, de tantas reconciliações, de tantos impulsos afetivos. Não se reconstroem essas amizades. Seria inútil plantar um carvalho, na esperança de ter, em breve, o abrigo de suas folhas. Assim vai a vida. A princípio enriquecemos. Plantamos durante anos, mas os anos chegam em que o tempo destrói esse trabalho, arranca essas árvores. Um a um, os companheiros nos tiram suas sombras. E aos nossos lutos mistura-se então a mágoa secreta de envelhecer..."
(Antoine de Saint Exupéry).

D'accord. :(

Quando eu leio os meus posts antigos, como este, eu prefiro a Laura de antes, acho que eu era mais natural, escrevia apenas para uns poucos leitores, gente que me visitava todos os dias, hoje o número de leitores é muito maior, mas eu não sei mais para quem escrevo, vem muita gente do Google e vêm os urubus... ai ai abstrair é preciso. :)
Amém.
O sonho não foi premonitório talvez para meu bem, acho que ele é um tanto sádico, hoje sei.
A amiga ficou com doença crônica, mas está viva e tem recursos para se tratar, agora está em Bologna em tratamento contra o estafilococus aurus. Eu amo esta amiga, é a pessoa mais querida que conheci nos últimos anos- um anjo. Pena que não a veja quase. Preciso resolver isto, acabar com este meu isolamento- minha mãe também sofreu disto, envelheceu rapidinho- tinha vida ativa, dava aula, ai parou e se fechou- ninguém vai atrás, podem crer. por mais interessante que a pessoa seja.
Bye, bye, bom domingo para vocês.
Hoje venta e a dor de cabeça voltou- é tiro e queda: vento= dor de cabeça. :(

* Vejam aqui. Ele canta "O cordão da saideira", é linda. Eu era apaixonada por ele naquele tempo da Record, um dia o conheci... já contei antes. Chega de papo, fui

Adendo: Camila contou no Conexão Roberto D'Ávila há pouco- coincidência hoje eu falar nela antes- que quando a mãe morreu, depois de 2 anos em coma, ela abriu uma gaveta e havia um bilhete: "Quando eu morrer amarre meu queixo com uma fita, não quero ser morta de boca aberta". Ela e a prima, que a velavam, riram tanto que quando o médico chegou elas estavam às gargalhadas e não conseguiam amarrar o tal lenço na cabeça da morta. :)
Morte é tema que nos faz rir pela angústia que provoca (Freud).
Ela também falou em mistério, tudo é mistério- lê Bergson. É, tudo é mistério, é vero.