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Fome de amor
19/10/2008
Autor: Laura Diz
Fome de amor
Quando os olhos dele pousaram nos dela depois de tanta ausência, o peito disparou. Mal entendeu o que ele disse, queria sair dali o mais depressa possível, recuperar o fôlego. Todos em volta passaram a intrusos. Caminharam em silêncio pela longa Livraria Cultura, até o estacionamento. Num acordo silencioso dirigiram-se para o carro dela.
- Senti sua falta, ela disse, insegura.
- Precisei viajar às pressas, ele respondeu.
Não disse mais nada, beijou-a, as mãos subindo pelas coxas lisas, buscavam o sexo intumescido.
- Abra mais as pernas, ele dizia.
Minutos depois numa cama de hotel, ela, receptiva, recebia o membro rijo em sua boca como num gesto litúrgico.
Depois, abria-se despudorada, morna e úmida. Desta vez não em fantasia. Ele estava ali, os olhos a devorando.
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