Eu acho esta discussão interessante. Tenho ciúmes do que escrevo. Vi uma peça de teatro com coisas minhas, mas sem minha autorização- fiquei arrasada. Rompi com a pessoa que a escreveu. Não era cópia, óbvio, mas em um texto curtíssimo havia muito dos meus contos.
Imagine você ler um roteiro adaptado de um livro seu e o filme que não tem nada a ver com você. É o que a Clara diz lá no seu blog.
Clara fala sobre o desconforto com um roteiro de filme baseado em histórias dela, mas que não tem nada a ver com ela. Raduan Nassar gostou muito do filme "Lavoura arcaica", eu também achei extraordinário. Raduan passou meses com Luiz Fernando Carvalho estudando o roteiro, escrevendo juntos, talvez. Ele não disse isto, mas até viajaram juntos ao Líbano para que L F Carvalho pegasse cultural do livro. Detestei "Um copo de cólera", detestei "O amor nos tempos de cólera".
Adaptações de obras literárias precisam ser fiéis?
Por Sheyla Miranda
Leiam aqui.
Depois aqui.
"Posso até julgá-lo um bom filme, com uma grande atuação, mas, como adaptação da minha obra, muita coisa me incomoda. Ainda estou digerindo Nome Próprio. De uma coisa, no entanto, eu já sei: aquele não é "o meu filme". Meus são os livros e os blogs. Depois de dois anos, venci a repulsa e voltei a ter um blog conhecido, o Adiós Lounge, muito diferente do primeiro — porque eu estou diferente, porque a internet está diferente, porque os blogs estão diferentes e não são mais considerados apenas diários, mas, finalmente, uma ferramenta para publicação. E, ainda assim, sei que preciso criar uma distância de tudo que faço, por mais pessoal e meu que seja. Sem essa distância ninguém sobrevive.
CLARAH AVERBUCK é autora dos romances Máquina de Pinball e Vida de Gato."
Daqui.
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