segunda-feira, julho 09, 2007

De perto ninguém é normal

















Cena de "Luzes da cidade"

Marlon Brando
conta no seu livro que Charles Chaplin foi o homem mais perverso que ele conheceu.
UAUUUUUUUUUUUUUUUUU
Quem imaginaria isto, não é?
Eu já havia lido sobre isto. Conta que ele humilhava um dos filhos no set de filmagem sem nenhuma piedade.
Marlon dizia para o filho, saia desta, vá embora, o rapaz dizia: "Ele é velho, está velho"... Foi na filmagem de "Condessa de Hong Kong", que foi uma porcaria, conta outras historinhas, que não vou contar aqui. Triste isso.
Mas Chaplin foi um gênio, e o Marlon Brando também diz isso.
Eu fico pensando como pessoas famosas, humanistas, podem ser, na vida privada, tão perversos, maus. Eu conheço figuras que têm um discurso maravilhoso, mas são mesquinhos na vida pessoal. Pode? Pode, tudo pode.
E Marlon Brando justifica, lógico que todos temos histórias que justificam nossos deslizes, nossa desumanidade. Marlon fez análise muitos anos, mas aí é outra história e dizem as más línguas que ele também era mau, mas o livro não mostra isto, lógico.
Chaplin sofreu muito na infância, e sabia como ninguém expressar o sofrimento nos filmes maravilhosos que fez, como este aí. Brando diz que chorava quando via, eu também choro.
De perto ninguém é normal, já diz mano Caetano, mas quando é na nossa pele que dói, ah! como dói.

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