Sonho: "Seis de copas", Marlon Brando e o buda

Sonho:
Antes de dormir joguei o 'Tarot': Seis de copas.
Amanheci com a sensação do seu abraço terno e amoroso. Você segurava minha cabeça contra seu peito. O rosto próximo...
Algo foi para o lugar- aplacou meu coração.

Esta foto está na capa do livro de Marlon Brando- "Canções que minha mãe me ensinou'
de Marlon Brando e Robert Lindsey (Siciliano). Estou nos primeiros capítulos, lendo antes de dormir.
Não me surpreendo com o que ele conta. Já havia lido sobre ele, lógico, mas mesmo não lendo nada saberia que foi um homem só. Fala do abandono na infância. Na adolescência, numa escola militar, escreveu cartas comoventes, onde implora atenção dos pais. A irmã mais velha parece ter suprido de certa forma a falta da mãe- que era alcoólatra, saia e voltava dias depois- ele percorria bares nos fins de semana em busca da mãe no escurinho dos salões- tem coisa mais triste?
Mas o título do livro diz muito "Canções que minha mãe me ensinou", ele conhecia centenas de músicas, que a mãe teria ensinado- este momento teria sido mágico. Lembra do hálito doce da mãe, que não consegue exprimir com palavras qual seria, cheiro que o excitava nas mulheres que encontrou mais tarde...A gente sabe de mães que não amam filhos, mas como não amar um filho como Marlon Brando???? Com aquele rosto, aquela expressão? Dá raiva da mãe dele- Ok, ela devia ser uma doente, desajustada, mas eu não consigo deixar de ter raiva- é passional minha reação, óbvio.
Ele acreditava mais no afeto dos bichos, amava os bichos´, claro...
E por aí vai. É um livro muito interessante- ele é muito interessante, entonces...(É, porque para mim está vivo).


Fiz uma mini palestra numa reunião budista ontem, me disseram que eu seria a primeira, falaria como convidada, sobre uma apresentação cênica sobre família, com uma visão psicanalítica. Falou, uma, duas, três, quatro, cinco mulheres, e eu ali à espera, com vontade de dizer: "Não quero mais falar. Queimaram meus cartuchos". Mas na minha vez, eu consegui em poucos minutos dizer coisas importantes, eu penso. Fechei bem a reunião. Depois vieram me dizer que gostaram, uma moça queria saber mais, então valeu. A surpresa foi a forma competitiva como uma das mulheres se comporta comigo, acho um absurdo! Na semana passada quando falei num outro grupo, fiz uma palestra sobre família, ela no final disse em tom rude:
-"Foi ótimo, mas faltou falar da flor de lótus, precisa estudar mais!
Eu olhei espantada :)
Aí ela disse:
-"De onde você tirou esta reflexão?"
Eu: "Da psicanálise.
Ela: "Quem??? Freud???"
Eu: "É Freud, não sou budista..." hihihi
Não falarei mais lá naquele grupo- muitas mulheres juntas não dá certo. Eu já sabia hihihi E, cá entre nós, budismo não é isto, por esta e outras eu não pratico este budismo- as pessoas não estão bem, não há uma mudança subjetiva importante. Para mim budismo é outra coisa- é interiorização, desprendimento, humanismo, no mais alto grau. Competição? jamais!!!
Minha amiga italiana, que está na Itália, não é assim, não é fanática também, outra coisa que por favor...
Lamento se você é discípulo do Nitiren, acredito que o Nitiren Daishonin- que eu admiro- não aceitaria o que eu vi aqui, com certeza. E o Buda deve se revirar no túmulo. :)

Se você gosta dos meus contos, leia este aí embaixo e diga se gosta, é o primeiro conto maior que faço. Comecei outros dois, se vocês gostarem vou continuar colocando aqui. É muito diferente dos outros. Fico com mais dúvidas, há mais possibilidades, seria como um romance, eu acho, há muitos caminhos a tomar, fica mais difícil escolher. Os contos curtos vêm quase prontos, faço em minutos, estes não.