sexta-feira, dezembro 08, 2006
Florbela, a triste.
Suicidas sempre me intrigaram muito. Quando vi a peça de teatro baseada na vida de Florbela, sofri demais. Chorei sem parar, precisei ir lavar o rosto na saída, nunca havia acontecido antes. Zezé Polessa estava perfeita, eu sou muito critica, e ela me pegou. A vida de Florbela é triste, muitos amores e desamores- me identifico- além do desejo frustrado de Florbela ter filhos- abortava espontaneamente- sofreu muito a morte de um irmão querido três anos antes de se matar.
O amor, sempre o amor, leiam o começo de um dos seus mais conhecidos sonetos:
Eu quero amar, amar perdidamente !
Amar só por amar: Aqui ... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente ...
Amar ! Amar! E não amar ninguém !
e no final da quadra seguinte
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Leiam mais:
Em Toledo
As tuas mãos tacteiam-me a tremer...
Meu corpo de âmbar, harmonioso e moço,
É como um jasmineiro em alvoroço,
Ébrio de Sol, de aroma, de prazer!
Mais aqui
"Numa carta escrita ao pai, a poeta diz:
"Não me sinto nada bem e estou magríssima... Estou uma velha cheia de cabelos brancos e sem vontade para nada".
Em Agosto de 1928, Florbela Espanca tenta suicidar-se. Em Novembro de 1930 ela tenta o suicídio pela segunda vez. Finalmente, em 8 de Dezembro desse mesmo ano é encontrada morta em sua casa em Matosinhos. Em seu quarto, debaixo do colchão, são encontrados dois frascos de Veronal, uma droga com poder hipnótico de ação prolongada, que a poetisa tomava para conseguir dormir"
Dia 8 de Dezembro 1894, nasceu Florbela; em 8 de dezembro de 1914, casou pela primeira vez; em 8 de dezembro de 1930, deu fim à sua vida.
Copiei daqui
Este post faz parte da blogagem coletiva organizada por Cris
e Lino.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário