O desejo e os lírios brancos- Miniconto
Quando cheguei com as flores ela me recebeu com um beijo e um:
- Obrigada, querido.
Sumiu, voltou com a jarra de vidro e as margaridas brancas.
Na rua, com as flores na mão, me senti nu, depois desconfortável no meio da sala, foi a primeira vez que subi.
Ela veio em minha direção alegrinha, me beijou e me apertou contra ela.
Quando a vejo assim, leve, meu lado taciturno sobressai. Silencio.
Ela disse:
- O que foi?
- Nada, não foi nada, respondi sem convencê-la.
Puxou-me para o quarto. Mandou que me despisse e deitasse. Obedeci em silêncio. Continuou vestida. Eu nu.
Ajoelhou-se aos meus pés e os massageou. Meus pés doem ao serem tocados. Ela estalou cada dedo, dizendo baixinho:
- Eles parecem lírios brancos.
E ordenou:
- Se solte, vamos, se solte.
Então, me alisou com aquelas mãos pequeninas, apertou alguns pontos sensíveis- sempre muito compenetrada.
Quando me viu entregue, despiu-se olhando desafiadoramente nos meus olhos. E veio felina, deslizando a partir dos meus pés esfregando seu corpo leve no meu até alcançar o que desejava.
Ai, sorriu e me beijou vorazmente.
Montou até a exaustão.
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