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segunda-feira, março 14, 2011
O meu jardim do Leonilson
Eu gostei do Leonilson sempre. Vi, pela primeira vez, na Galeria Thomas Cohn, que faz anos estes dias- o dono e a Galeria. Era década de 80, Ipanema. Thomas abriu um espaço que, antes de conhecê-lo, me inibia, era moderno e bonito- Thomas Cohn Galeria de Arte Contemporânea. Quando o conheci e o mistério desapareceu- é um homem gentil, muito interessante e especial- a vida me deu este presente também, ser uma das poucas amigas do Thomas, pena que esteja longe- São Paulo e pelo mundo.
Ganhei este desenho abaixo de presente dele. Chama-se O jardim. Eu vivia um momento tão difícil, o quadro ficou meio esquecido nas minhas mudanças- agora está aqui no meu escrtitório, o vejo da minha mesa- me dá prazer.
Uma vez o Instituto Leonilson me pediu para fotografar o quadro e medí-lo e eu não fiz isso, sinto muito- a vida estava de cabeça para baixo- eu não tenho uma boa máquina- terei em breve- ai mando uma foto decente.
Vejam, quem puder, a exposição em Sampa de Leonilson- aqui detalhes.
Há um vídeo sobre ele interessantíssimo, já coloquei aqui no blog, vou ver se acho.
terça-feira, agosto 05, 2008
Leonilson revisitado


Este post é antigo, mas como quase ninguém lê o que está lá atrás( não é Madoka, minha leitora especial- ela leu o blog TODO, com um livro), coloco de novo porque acho importante falar de Leonilson.
Leonilson me comove. Tenho um desenho "O Jardim" de L. está no meu quarto vejo sempre, olho com atenção as peças do jardim, ganhei de um amigo querido, Thomas Cohn, marchand e galerista- vão conhecer a Galeria Thomas Cohn aí em São Paulo, fica na Av. Europa, conheçam a Myriam Cohn, sempre gentil, tenho saudade de nossos papos, digam que fui eu quem recomendei, tomem um cafezinho :). Vale a pena visitá-la, foi lá que conheci Leonilson em 83, sua delicadeza, sua sensibilidade. Impossível não se emocionar com o trabalho dele. Vi três exposições, a última bem no finalzinho, quando a vida se esvaia e Leonilson denunciava através dos panos bordados preconceito com a Aids e o homossexualismo, sua dor.

Cearense, conhecia a seca.
Leonilson, mostrou uma arte que é impossível desvincular de sua vida. Depois que fez uma transfusão de sangue, colocou num paninho uma gota de sangue e a partir dali fez o mais dramático e comovente trabalho de arte que eu vi. Escreveu palavras nos panos, como nome de flores, tudo singelo e cruel. Leonilson me lembra o Bispo do Rosário, lembra Ana Cristina César, Billie Holiday, Artaud, Nijinsky , Isadora Duncan, Van Gogh, Genet...e outros, mas não muitos. Todos me comovem, me tocam profundamente.
O vídeo "Com o oceano inteiro para Nadar" é fantástico, vi na Tv num daqueles acasos maravilhosos. é impressionante ouvir Leonilson. Se vocês tiverem acesso ao UOL, vejam, é triste saber que morreu tão cedo, era tão sensível, eu me entristeço.
Ele cita em inglês:
"Ele se machucou bastante
mas ninguém nunca soube,
com exceção,
claro,
do seu travesseiro,
para quem ele contou seus problemas,
o rei do sono"
Poema de Duane Michaels. Acabo de copiar da revista Bravo de 2003.
Adriano Pedrosa, crítico de arte, foi amigo íntimo de Leonilson e escreveu este texto, leiam que vale a pena, é comovente, uma bela declaração de amor.
A vida nos dá alguns presentes como este que Thomas me deu, talvez eu só muito mais tarde descobrisse o Leonilson,, depois tive um cliente que era amigo de Adriano, a gente vai "vivendo" muitas vidas, observando...muitos dos meus contos são lembranças fortes que clientes me deixaram.
Leonilson foi talvez o maior artista plástico da geração dele e um dos maiores brasileiros de todos os tempos, assim como o Bispo do Rosário, sujeitos simples, que sofreram preconceitos, peças raras. Aqui vocês lêem o que escevi sobre o Bispo há algum tempo.
Visitem o Projeto Leonilson
Aqui, Billie Holiday, a minha cantora preferida:
domingo, julho 30, 2006
Leonilson. Arquivo.


Leonilson me comove e ando pensando nele há dias. Tenho um desenho "O Jardim" de L. está no meu quarto, olho com atenção as peças do jardim, ganhei do meu amigo Thomas, marchand e galerista- vão conhecer a Galeria Thomas Cohn aí em São Paulo, fica na Av. Europa, conheçam a Myriam, sempre gentil, tenho saudade de nossos papos, digam que fui eu quem recomendei, tomem um cafezinho :), vale a pena visitá-la, foi lá que conheci Leonilson em 83, sua delicadeza, sua sensibilidade.
Impossível não se emocionar com o trabalho dele. Vi três exposições, a última bem no finalzinho, quando a vida se esvaia e Leonilson denunciava através dos paninhos bordados o preconceito com a Aids e o homossexualismo, sua dor.
Cearense, magrinho, mostrou uma arte que é impossível desvincular da sua vida. Depois que fez uma transfusão de sangue, colocou num paninho uma gota de sangue e a partir dali fez o mais dramático e comovente trabalho de arte que eu vi. Escreveu palavras nos paninhos, como nome de flores, tudo singelo e cruel. Leonilson me lembra o Bispo do Rosário, lembra Ana Cristina César, Billie Holliday, Artaud, Nijinsky , Isadora Duncan, Van Gogh, Genet...e outros, mas não muitos. Todos me comovem, me tocam profundamente.
O vídeo "Com o oceano inteiro para Nadar" é fantástico, vi na Tv num daqueles acasos maravilhosos. é impressionante ouvir Leonilson. Se vocês tiverem acesso ao UOL, vejam, é triste saber que morreu tão cedo, era tão sensível, eu me entristeço.
Ele cita em ingles:
"Ele se machucou bastante
mas ninguém nunca soube,
com exceção,
claro,
do seu travesseiro,
para quem ele contou seus problemas,
o rei do sono"
poema de Duane Michaels. Acabo de copiar da revista Bravo de 2003.
Adriano Pedrosa, crítico de arte, foi amigo íntimo de Leonilson e escreveu este texto, leiam que vale a pena, é comovente, uma bela declaração de amor.
A vida nos dá alguns presentes como este que Thomas me deu, talvez eu só muito mais tarde descobrisse o Leonilson, depois tive um cliente que era amigo de Adriano, a gente vai "vivendo" muitas vidas, observando...muitos dos meus contos são lembranças fortes que clientes me deixaram.
Leonilson foi talvez o maior artista plástico da geração dele e um dos maiores brasileiros de todos os tempos, assim como o Bispo do Rosário, sujeitos simples, que sofreram preconceitos, peças raras.
Cearense, magrinho, mostrou uma arte que é impossível desvincular da sua vida. Depois que fez uma transfusão de sangue, colocou num paninho uma gota de sangue e a partir dali fez o mais dramático e comovente trabalho de arte que eu vi. Escreveu palavras nos paninhos, como nome de flores, tudo singelo e cruel. Leonilson me lembra o Bispo do Rosário, lembra Ana Cristina César, Billie Holliday, Artaud, Nijinsky , Isadora Duncan, Van Gogh, Genet...e outros, mas não muitos. Todos me comovem, me tocam profundamente.
O vídeo "Com o oceano inteiro para Nadar" é fantástico, vi na Tv num daqueles acasos maravilhosos. é impressionante ouvir Leonilson. Se vocês tiverem acesso ao UOL, vejam, é triste saber que morreu tão cedo, era tão sensível, eu me entristeço.
Ele cita em ingles:
"Ele se machucou bastante
mas ninguém nunca soube,
com exceção,
claro,
do seu travesseiro,
para quem ele contou seus problemas,
o rei do sono"
poema de Duane Michaels. Acabo de copiar da revista Bravo de 2003.
Adriano Pedrosa, crítico de arte, foi amigo íntimo de Leonilson e escreveu este texto, leiam que vale a pena, é comovente, uma bela declaração de amor.
A vida nos dá alguns presentes como este que Thomas me deu, talvez eu só muito mais tarde descobrisse o Leonilson, depois tive um cliente que era amigo de Adriano, a gente vai "vivendo" muitas vidas, observando...muitos dos meus contos são lembranças fortes que clientes me deixaram.
Leonilson foi talvez o maior artista plástico da geração dele e um dos maiores brasileiros de todos os tempos, assim como o Bispo do Rosário, sujeitos simples, que sofreram preconceitos, peças raras.
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