quinta-feira, maio 21, 2015

Vida e morte- um novo olhar






 






Há anos, Gustavo, o poeta e filósofo, me contou, que uma amiga dele, jornalista, disse que jamais leria um blog com o título do meu. Eu rio porque o nome eu criei sem amadurecer a ideia, como costumo fazer as coisas por aqui, e não soube trocar. Fiz este blog num impulso. Queria algo que sugerisse vida, me incomoda um pouco hoje, mas sou bastante conhecida através deste link- ficará. 
Quanto a jornalista, lamento por ela, perdeu.
Quero voltar a postar, mas anda difícil. Muitas pequenas coisas me atrapalham, falta organização no meu dia- um dia eu chego lá.
Eu sempre disse, desde que conheci o budismo, que um dia seria budista- cada dia estou mais perto. 

Sigo os oito caminhos de Buda, por isso também tenho me exposto menos- estou mais atenta ao que digo. A palavra correta, a palavra que não é vazia. Flávia diz: escreva mais, as pessoas se identificam e gostam. Sei que é verdade, muitas vezes me disseram isto. Quantas mulheres se aproximaram de mim, contando histórias pessoais comoventes depois de me lerem. Fora o dia a dia, o jogo de alegrias e dores do cotidiano.

Hoje acordei ligada, fiz muitas coisas, enquanto lavava roupas, preparava outro balde de compostagem e tal.

Estou mais leve e feliz. O que estranho porque dia 21 de maio me marcou dolorosamente, porque é o dia da morte do C. Faz sete anos! Sei porque não chorei pela primeira vez- estou vendo a morte sob novo ângulo, menos árido. 

Depois de uma vida ignorando racionalmente a reencarnação, agora me curvo e me sinto mais aliviada. Tão bom saber que o que ganhamos nesta vida levaremos para outra... dá certo conforto- então não viraremos apenas pó. A sabedoria oriental, secular, diz isto. Não é algo como dogma, eu entendi melhor o que viemos fazer nesta Terra maravilhosa. Nunca deixei de achar a natureza perfeita e divina. Era um tanto panteísta.
Deus estaria em tudo- o budismo diz isto- deus está em todos nós, mesmo nos homens vis- uma centelha divina nos habita, cada um faz o que quer com ela- nosso livre artítrio.

Falei com minha querida amiga Cinézia, exemplo de mulher- faz 82 anos, acho, e ainda sai para trabalhar diariamente, faz compras, vai a Bancos. Minha ídala. Uma baixinha, paraense arretada, vive no Rio desde jovem, chegou e foi empregada doméstica, logo virou secretária de Iracy Doyle e, mesmo depois da morte inesperada de Iracy, trabalha até hoje na sociedade psicanalítica fundada pela psicanalista. Grande Cinézia, mãezona de todos ali. Eu e meus filhos a amamos muito.

Agora vou sentar e meditar- precisava escrever antes.
Namastê.
(Interessante, quando criei o blog, me despedia com Namastê, depois deixei porque soava falso.)

2 comentários:

joserenatomoura@blogspot.com disse...

Eu adoro teus escritos. Sempre visito teu blog. Penso, quando entro e não te encontro: "será que ela desistiu? esta em outro endereço virtual?" Tudo que traz aqui, uso muito em minha vida, é de um conteúdo e profundidade, incríveis(trocar ou ler coisas com quem amplia meus horizontes é o que mais me instiga). Siga feliz com teus propósitos de vida. Um carinhoso abraço e muito sucesso pra ti.
Djanira S. Moura

Laura_Diz disse...

Djanira, que bonito o que vc disse! Que bom ouvir isto! Ando esquecendo o blog, amo este espaço, mas estou mais no facebook, q nao gosto, mas onde todos estão. Vc me estimula a continuar aqui, perdi mts leitores, as pessoas nao vém mais aos blogs. Mas vejo q ainda tenho vc e fico feliz.
Um forte abraço.
Laura ou Elianne Abreu Diz no FB.