sexta-feira, novembro 15, 2013

Os ruídos e o dedo roxo







http://i.olhares.com/data/big/285/2855999.jpg




Semidesperta, ouvi o filho chegar. É feriado. Estava sem chave e tentava abrir alguma janela. Desci com pressa. Chegou com a namorada. Voltei para a cama, me alonguei.

A cabeça pesava quando cheguei à cozinha, havia dormido demais. Há dias não tenho desejo de nada e, à tarde, durmo.

No café da manhã animado,  enquanto tomava iogurte com maracujá, engasguei com as sementes. Ufa! Que sufoco.

Cada um foi para seu lado, sentei aqui, o vidro vibrava com o  vento e incomodava. Levantei para fechar a janela, puxei com força, mas esqueci da mão. A dor foi grande, massageei, coloquei gelo. Ganhei roxo no dedo, ficou feio. Mais tarde, ao manipular cera de depilação, derramei cera quente na mão. Ui! Dor de novo.

Antes das duas da tarde, eu havia me machucado três vezes. Sentei, li jornais, e-mails e vi TV- programas de culinária, canal francês- qualquer coisa- para ouvir- adoro. “Delicatessen” estava sendo reprisado, vi o início que perdera outro dia, não quis rever todo- é triste, ando melancólica.

Anoiteceu, molhei as plantas com receio da cobra de outro dia. A noite tem lua, nuvens de algodão, estrelas e água tépida da mangueira nos pés.


Espero a hora de deitar. Antes abrirei a cortina para que a lua deite comigo.

Nenhum comentário: