quinta-feira, julho 21, 2011
Na palma da mão- crônica
Amanheci tristonha. Tomava o café da manhã, pensando em muitas coisas- no quanto gosto do meu trabalho, do quanto ele me faz bem, lembrando de ex analistas que me renovaram- quando ouvi um grunhido. Rato? Pássaro? Um filhote de rolinha se debatia no chão da cozinha. A gata deve ter trazido.
Ao abrir a casa, mais cedo, procurei entender o porquê da gritaria de pássaros sobre o muro. O filhote, doente, deve ter caído e os pais estavam aflitos- é assim.
Observei o pássaro na palma da mão- tão pequenino, tão frágil. Levei-o até o muro onde voou para o jardim vizinho- lá estaria a salvo das garras dos gatos.
Minutos depois o filhote jazia no chão da cozinha. A gata o trouxe de novo. Peguei-o sem vida. Pensei o que fazer, precisaria enterrá-lo. Mas ainda estava tépido. Virei-o na mão, na tentativa de que revivesse, mas nada.
Sob a bananeira, enterrei-o depois de segundos de estranheza, ele ainda estava quentinho.
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Um comentário:
Meu Deus, isso é horrível quando acontece!
Sempre que encontrava algum passarinho morto (podia ser na frente da padaria, da igreja) eu enterrava-o na minha casa!
É uma triste cena de se ver :(
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