sexta-feira, setembro 25, 2009
Mini conto
Michal Zaborowski
O telefonema
O telefone soa e quebra o silêncio de dias.
Choveu sem parar, chuva fina com vento frio. Nem jornal foi comprar. Permaneceu em casa com o cachorro. Quanto mais fica só, mais quer ficar.
Quem seria no telefone? Desejou não atender.
- É Paulo, Paulo. Não me reconhece mais?
Levou uns segundos para identificar a voz. Não se comoveu desta vez.
Ele recebeu sua carta contando da mãe.
- Sabe que gosto de você...
- Mas casou com outras, não comigo.
- Você não me quis...
Mentira, ela pensou:
- Você estava envolvido com outra mulher.
- Nem me lembre, vivi um inferno.
(...)
- Você está casado?
- Estou, mas com outra.
Desligou e ficou jogada no sofá. Ele esteve na cidade e nem veio vê-la.
Não deu tempo, foi só um dia, eu dependia de outros, ele repetiu duas vezes.
Mentira, se quisesse viria.
Talvez minta para si mesmo.
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4 comentários:
E eu nem te desejei feliz aniversário. Que horror!
E que foram dias...oh la la
Um abraço
Retribuindo a visita, é isso aí querida, vamos dizer o que achamos que devemos dizer. O tempo escorre pelas mãos. Bj
mentir pra si mesmo é mais comum do que se imagina!
solidão a dois.
Linda série de fotos, essa, arrasou.
sayonara
madoka
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