domingo, julho 19, 2009

Mini conto



O amor que arranha


Febril via TV recostada no sofá. O rosto dele aparece no vidro da porta. Pede para entrar. Senta-se. Pega um dos meus pés, ainda frios sob a meia, e massageia.
Vejo os olhos doces.
Diz: Poderíamos subir...
Digo: Não, não quero.
Vejo a pele curtida, o mau trato e tenho pena. Não dele, mas de mim.

Um comentário:

Myriam disse...

Amiga,
O amor as vezes arranha mesmo...
Bjs.