Picasso
Frio
Ele vem por trás, ela percebe, não se vira. Ele toca seu ombro. As mãos frias, suadas. Ela sente nojo.
Finge se arrepiar. Afasta-o. Diz:
- Ai, que frio, suas mãos estão geladas.
- Você vive com frio, mulher doente, frígida.
Ela faz que não ouve.
- Gostava da minha terra, todo dia sol.
Ele volta para o escritório. Ela sabe que está inseguro.
Nela a certeza de que nunca mais terá a mão tépida e forte do outro.
Deixou-o num rompante. Pegou o caminho do sul, cansada da pobreza.
Nunca mais sorriu como antes.
7 comentários:
nossa, bota frio nisso!
beijos, flor e boa semana
MM.
cada um escolhe o que lhe convém, não é? beijo.
Barbaro
Me fez pensar a aquela musica do Chico - Cala a boca Barbara.
Lindo.
Duas almas em conflito.
Coitado! mãos frias e suada! Imagino a ansiedade!
Laura, o que quiser, me peça pelo e-mail. Eu explico.
Olha um convite para quem está em Natal: http://scriptusest.blogspot.com/2009/05/convite.html
Beijus
Obrigada queridas, fico feliz com os comentários.
Jan, seja bem-vinda, que bom que gostou.
bjs Laura
Tudo tem seu preço...lindo teu miniconto como sempre.
Beijos.
Passei pr a desejar uma boa noite.
Bjins mil!!!
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