Chico Buarque escreveu isto entre 59 e 61.
Quantos desastres de lotação
quantos buracos em tão pouco asfalto
quando maluco vem contra mão,
quanto edifício que cai lá do alto.
sempre há mais preço do que dinheiro.
Mas, à verdade é claro que falta
se eu fôr falar em tom zombeteiro
da minha terra, porque no fundo
é, mesmo assim, Rio de Janeiro
sempre a melhor cidade do mundo.
quantos buracos em tão pouco asfalto
quando maluco vem contra mão,
quanto edifício que cai lá do alto.
sempre há mais preço do que dinheiro.
Mas, à verdade é claro que falta
se eu fôr falar em tom zombeteiro
da minha terra, porque no fundo
é, mesmo assim, Rio de Janeiro
sempre a melhor cidade do mundo.
Copiei no Varal de Ideias do Eduardo.
Ele, Chico, já expressa ai a sensibilidade ao olhar a cidade. "Ai este cara tem me consumido..."
2 comentários:
Laura, o Chico está mesmo lhe consumindo, nêga... Daqui a pouco, vc estará falando pelos cantos
"Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento" (...)
Laura,
obrigado por estar acompanhando a série! Um detalhe: essa parte da crônica do Chico foi publicada no O PIRILAMPO em 1959. O Chico só ficou esse ano no Colégio. Uma poesia inédita para fãs do poeta e compositor!
Obrigado pelo link!
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