quarta-feira, abril 22, 2009

Dicas para o corpo e o mestre Hermanny



Não tem grana para pagar academia? Seus problemas acabaram- use um cabo de vassoura e fique em forma.
Olhe, funciona, são exercícios que conheço da ginástica sueca e yoga, vejam.
Saudades de Rudolf Hermany, irmão do outro Hermanny do mergulho...o nome...Bruno?
Foi meu professor de ginástica na sua academia durante 10 anos, ali na Visconde Pirajá, quase esquina da rua Henrique Dumond, havia um Banco Real embaixo.
Ai que saudades! Ia a pé até lá, voltava de banho tomado caminhando, bebia um suco de frutas na esquina da rua Maria Quitéria...vinha olhando a rua. Não há mais esta tranquilidade nas cidades grandes. Ou o namorado pegava na porta, íamos até o Arpoador. Bons tempos.
Putz!

Olha ele ai, é este à esquerda, tão querido, me comove vê-lo.
Tantos anos estivemos por perto, ele sempre discreto, charmoso- com um gesto de carinho. Eu sonhava com ele sempre naquela época- entendia... era uma figura importante para mim, me dava força, mesmo com o seu jeitão calado, cobrava pouco, não cobrava, quando eu estava dura, fazia massagem no final da aula- um movimento apenas para colocar o quadril no lugar... Havia dias em que eu fazia duas aulas, ficava por lá relaxando, tomava banho frio naquele banheiro nada sofisticado. Nada de malhas da moda, não era moda fazer ginástica- isto foi na década de 70.
Quem conhece o mestre judoka sabe, ele fala pouquíssimo.

Olha ele aqui de novo, que charme, é a imagem que tenho dele: na mesma sala- ele está ali na Visconde Pirajá- esta roupa, esta postura. Que saudades... Hy.
Há alguns anos atrás eu fui lá visitá-lo. Estava com o mesmo jeitinho e eu... bem, sou uma sra., cara de jovem sra., pero...

Hy, jovem


Daqui


Rudolf de Otero Hermanny, 75

Campeão de judô e ex-preparador físico da seleção brasileira de futebol, Hermanny teve academia em Ipanema por quase 40 anos. Ele ainda dá aulas e reclama da estética dos músculos hipertrofiados: “É a obesidade ao contrário”

A um mês de comemorar 76 anos, um dos maiores orgulhos do judoca Rudolf de Otero Hermanny é ter ajudado a treinar campeões pan-americanos na modalidade, como Ricardo Campos, medalha de ouro no México em 1975. Formado em educação física, em 1950, pela Universidade do Brasil, hoje UFRJ (ele também estudou jornalismo na mesma instituição), Hermanny nunca deixou de praticar esportes, como se vê pela forma física que ainda exibe. Pai de Rudolf, de 48 anos, e Beatriz, de 44, com uma neta de 13, Gabriela, ele continua treinando judô e jiu-jítsu, além de dar aulas de ginástica, na Academia Shoto-Kan, em Ipanema, e fazer massagens.
— Ainda dá para brincar um pouco com a rapaziada — brinca ele, que foi campeão brasileiro de judô.
Da época em que dirigiu sua própria academia, de outubro de 1958 a março de 1995, em Ipanema, ele guarda boas lembranças. No início, era voltada somente para o judô. Quando se mudou para o número 585 da Rua Visconde de Pirajá, em 1969, passou a oferecer aulas de ginástica e musculação. Foram mais de cinco mil alunos, em quase 40 anos de atividade.
Ainda que boa parte da carreira tenha sido dedicada ao judô, Hermanny conta que um dos fatos mais marcantes de sua carreira foi a participação na equipe de preparadores físicos da seleção brasileira de futebol, de 1964 a 1966. Apesar do fracasso da equipe canarinho na Copa da Inglaterra, ele acha que seu trabalhou rendeu frutos.
— A média de idade na seleção de 66 era alta, o grupo era grande e tinha muita estrela. Não deu certo. Mas, de lá para cá, o maior interesse pelo futebol valorizou o trabalho da preparação física — afirma Hermanny, que vê um certo exagero no culto ao corpo nas academias de hoje. — Alguns homens e mulheres querem músculos hipertrofiados só por questões estéticas. Não vejo vantagem nisso. É a obesidade ao contrário.


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