segunda-feira, dezembro 08, 2008

O castelo de vidro




Acabei de ler "O castelo de vidro" de Jeannette Walls. Tenho lido todas as manhãs na borda da piscina, enquanto há sombra- guarda-sol nenhum fica em pé com o vento daqui.
O livro é fácil de ler, mesmo com quase 400 páginas. Tem uma narrativa comovente e nos faz pensar.
Ontem eu estive muito triste, passei o dia só, e pensava: Viver é isto?
Eu sempre quero mais da vida, sempre fui assim. Ai, você lê o livro e vê que tudo na vida é tão relativo. OK, eu já sabia. Por ex. se a gente está diante de um grave problema de doença, ou com alguém perto da morte, o resto fica pequenininho, a nossa energia toda vai para aquela situação limite.
Bom, o livro é bom, faz bem ler, nos leva a questionar muitas coisas.
Eu lembrei de pessoas com quem convivi- o pai da personagem- Jeannette- lembra alguém que amei um dia, o meu amigo deu a volta por cima, o pai da personagem... Leiam e me digam se gostaram. Já disse antes, não é o melhor livro que eu li, mas tem uma história muito boa. Se ela fantasiou a autobiografia, tenho certeza, todos fariam isto, mas, mesmo assim, neste nosso mundo onde vivemos como rebanhos, seguindo uns aos outros sem saber para onde iremos, é útil um livro como este.
Quando acabei de ler me deu uma vontade de chorar incontrolável, a minha sorte é que sempre estou só ali durante a semana, posso chorar à vontade. Pensei na minha família, hoje toda desestruturada, quando meu pai vivia nos mantíamos mais próximos, ele morreu veio o desastre. Minha mãe está sempre deprimida, passa mais tempo na cama do que em pé. Meus irmãos não me dão a mínima e eu me protejo ficando longe. Pois é, felizmente ainda tenho os dois filhos por perto, quando forem para a vida... espero estar escrevendo mais e com disciplina. Betão disse outro dia que sou disciplinada, sou sim, mas não escrevo como escrevia há um ano e meio, naquele tempo eu tinha para quem escrever, hoje não tenho. E fica tudo vago. O que vale a pena na vida? Viver uma vida interessante, diz o outro, é verdade, mas eu quero mais que isto- sempre quero. E a vida pode até ser interessante, mas... é este mas que não existe no livro. Leiam e vejam. Vai virar filme já, já, com certeza.

"A barra do amor é que ele é meio ermo, a barra da morte é que ela não tem meio
termo".


Veja aqui.

Aqui está a Jeannette e a mãe.

Update: Desculpem os erros, escrevi e postei, achei uma vírgula agora fora do lugat num erro grotesco, podem me avisar quando virem, eu agradeço.

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