domingo, novembro 23, 2008
A gata e o preconceito
Há pouco, eu precisei ir atrás da gatinha Florzinha no condomínio. Foi a primeira vez que fiz isto, fui porque demorou muito pra voltar.
Numa das casas havia uns homens bebendo. Quando passei perguntei a um deles se viu uma gatinha. Ele me perguntou de que casa eu era. Respondi, perguntou se era daqui, disse que não, que vim do Rio. Ele, então, começou a dizer que amava o Rio e que ia mudar a cidade, voltar ao tempo de seus avós, 1930. Num discurso confuso quis dizer que o Rio precisava de um retorno à moral de antigamente.
Disse: "Os macacos moram nos morros, lugar de macaco é no morro." Sai fora. Que sujeito detestável. Odeio gente preconceituosa e fascista.
Voltei sem a gatinha. Pouco depois ela entra correndo. O gato, Seinfeld, passou a noite na rua, voltou com um leve arranhão na bochecha, e está doido pra fugir de novo, ficou chorando na porta. Não quero que saia. Espero que se acostumem primeiro à casa.
Domingo é dia de todos irem à missa aqui em Natal, morei no Rio 30 anos, conheci 2 pessoas que iam aos domingos à Igreja. Depois me perguntam por que não tenho amigos aqui. Aposto como o sujeito racista é um dos que vai à missa, ou é evangélico.
Pois é, são cristãos, eu não sou
hohoho
Prefiro meu jeito de ser e dos meus filhos, sem Igrejas.
Não tenho boas fotos deles, foi meu filho quem fez estas, vou tirar qualquer dia, se não fugirem, né?
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