quinta-feira, julho 31, 2008
De novo: Enquanto o sol...
Enquanto o sol se esconde no poente
Largo o livro,
deito no solo tépido
O céu azul desbota-se ao entardecer.
Logo virá o lilás.
O urubu em vôo ágil corta o anil.
Deixou em terra o que restou da carcaça podre.
Só há você em mim-
como fragrância me persegue.
Tento me livrar.
Desisto.
Sinto suas mãos firmes em mim.
Busca caminho.
Então, me abro despudorada.
Enquanto o sol se esconde no poente.
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