terça-feira, maio 13, 2008

Brincando com o nu




Este cara, Spencer Tunick, americano, brinca com o nu, é um barato. Estas fotos foram feitas em Viena. Ele circula pelo mundo fazendo isto. Desconstruindo sobre o nu. Fez fotos em São Paulo, lembram? Imagino os paulistas, recatados, com seus corpos brancos, que nunca se expõe ao sol ou aos menos íntimos, nus em praça pública. Em Viena o mesmo. Experiência única. Para contar para os netos.
Eu teria vergonha. E você? Iria?
Vejam mais fotos aqui.


Betão, escreveu: "Laurinha faça conto para o concurso do Estadão". Eu já sabia, já contei pro César, que é contista, mas não me animei. Meio que de obrigação, tipo assim: "você tem que aproveitar a oportunidade", eu sentei e comecei um conto. Mas acho fraco, acho sem graça. Talvez, até, quem sabe, o pessoal do Estadão ache graça, mas eu não estou achando. Coisa que nunca me acontece. Ai, hoje resolvi que vou fazer outro. E fiquei matutando olhando para um gato e outro na minha cozinha apertada. Então descobri porque está difícil sair aos borbotões o tal conto. Eles pedem que se use a frase:
"Não quero mais esse negócio de você longe de mim."
E eu não estou neste clima.

Depois me lembrei dos contos que eu fiz para a revista "piauí", ali sim, eu fiz com gosto e eles nunca me deram bola, não gostaram. Mandava mais de um, tinha prazer em fazer. Desisti quando vi que os contos selecionados não tinham absolutamente nada a ver comigo- alguns eu achava horrorosos. Achei que estivessem de gozação conosco- os pobres mortais que pedem um espaço, numa revista com visibilidade, em busca de uma chance. Fiquei com raiva do pessoal da "piauí, é vero. Sou assim, meio raivosa, às vezes. C. me disse: "Ah! é vingativa, então"... Sou, não sei ser diferente. Nunca mais comprei a "piauí".
hihihi
É óbvio, que não faz diferença o que eu penso, é só para foro íntimo, não é? pois é... mas agora quero escrever um conto com uma frase encaixada e acho tudo muito bobo. Cá entre nós, esta frase:
"Não quero mais esse negócio de você longe de mim."
é bem boba também. Melosa. Ai eu me vejo com Tom, na janela do apê da Nascimento Silva 107, (eu morei no número 97), namorando Tom. Pode? E me sinto invasiva. Se fizer um conto onde o personagem é o Tom, vai ficar estranho, mas é só o que me vem na cabeça. O lindo rosto do Tom. E se eu não disser que é o Tom? Vou ver se consigo.
E hoje amanheci com dor de cabeça. Pior para escrever. De tarde tenho mil compromissos. Tenho que escrever agora.
Vou tentar. Chega de alugar vocês.

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