terça-feira, fevereiro 19, 2008

A lua, o arco-íris e eu/ sem revisão






Impaciente
esperei que as nuvens
rosadas e densas
deslizassem
e a lua me fizesse
mais leve.

Queria noites de lua
nos meus dias de chumbo.



Queria dividir com você a magia do arco-íris

Queria me voltar e dizer: venha rápido ver que lindo!
Alguém dirá: meu bem, veja que linda a lua?
Sei que a sós não verá além das pedras. Pisará firme. Teus olhos não vêem a flor que nasce entre o cimento.
Não tenho tempo para isto, diria, eu sei. E me sorriria se eu mostrasse o tronco com forma de pernas femininas.
Você me ensina a ver estas coisas...
E eu, baixinho, de forma inaudível: só tem olhos para livros e contas, e ainda:
e para meu corpo.
Quando perguntasse o que eu disse responderia: Pensava em suas mãos nas minhas pernas, só isso.
Você sorriria e me puxaria com força contra você. Eu riria alto. Eu te amo, seu maluco, muito.

Desejará outro corpo nesta noite de lua?

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