sábado, janeiro 26, 2008

Eu reli há pouco este post antigo, um dos primeiros, e vi que muitos dos citados já não estão aqui como amigos. O mundo virtual é tudo rápido mesmo, se fazem e se desfazem amizades num simples comentário ou post. Aconteceu comigo.
Mas, felizmente alguns são amigos desde aquela data. Interessante isto também.
O Nemo não é mais mistério, é um cara legal, educado, mora nos States. A Lúcia eu conheci e é uma mulher bonita e interessante, o que eu já sabia. E assim é a vida.



Doação. Dafni Amecke Tzitzivakos Posted by Hello


Natal, 19 de março de 2005.

Acordei de madrugada sem sono, me assustei, há muito não acontecia isto, dormi depois de um chá de camomila, despertei cedo. Estou me estranhando, a ansiedade é grande, como já disse antes, escrever aqui é como estar começando uma nova relação com os temores inerentes ao novo encontro.
Rolland Barthes, homem fantástico, diz: “o trajeto amoroso parece então seguir três etapas (ou três atos): a primeira é instantânea, a captura (sou raptado por uma imagem); em seguida vem uma série de encontros(encontros pessoais, telefonemas, cartas, pequenas viagens), no decorrer dos quais “exploro”’ , extasiado, a perfeição do ser amado, ou melhor, a adequação inesperada de um objeto ao meu desejo: é a doçura do começo, o tempo do idílio . Esse tempo feliz adquire sua identidade( sua limitação) pelo fato de se opor (pelo menos na lembrança) à “continuação”: a “continuação” é o longo desfile de sofrimentos, mágoas, angústias, aflições, ressentimentos, desesperos, embaraços e armadilhas dos quais me torno presa, vivendo então sem trégua sob a ameaça de uma decadência que atingiria ao mesmo tempo o outro, eu mesmo e o encontro prodigioso que no começo nos descobriu um ao outro”.

Estou aqui na internet na primeira etapa, ou ato, como gosta o Barthes e espero não passar para o ato do desencanto. Vai depender de como encaminhar este encontro, para uma bela sinfonia ou um desastre. Irghhhhhhhhh. Prefiro a sinfonia.

Quero agradecer a todos os meus novos amigos e leitores eventuais. Alguns me dão dicas (Sheila, Henrique Luna,Victor Az), outros como Fernando (mandou lindas fotos de Ipanema e Leblon), Inagaki me dá destaque e postou a foto lá para mim, adorei, Sub rosa faz altos elogios, Idelbar dá força, Franka( a Lucia) é leitora assídua e estimulante. Leila, nova no pedaço, Daniela, Leo, o baiano arretado, Denise,( foi por ela que criei o blog, para dar palpites lá), Luz de paz , Nemo nox, que é uma mistério para mim, trocamos idéias sobre literatura e não sei quem é, se é alguém que já conheço... mas deixa pra lá. E meus amigos reais e virtuais antigos, meus queridos amigos. Além de José Simão que foi capturado, “adorou”o blog e é a pessoa que eu procuro na UOL sempre estou muito triste, só Simão para melhorar o meu humor naqueles dias terríveis. Perdoem-me se esqueci alguém, a Gal canta: “não confio em ninguém com mais de 30 anos, não confio em ninguém...” eu digo: “não confiem em ninguém com mais de 50 anos”, a memória nos traí, além de confundir os blogs, ainda não sei bem quem é quem, sorry. Vou aprender.
O desenho é de Dafni Amecke Tzitzivakos uma pintora maravilhosa, há um livro com poemas de Neruda, da editora Vergara e Riba Editoras, ilustrado por ela, lindo!

Mais Maitema, que eu adoro aqui.

Bom sábado!


Ah! a palestra sobre auto estima começa assim, vejam se gostam:

"A auto estima no mundo atual".

Escolhi falar da auto estima,tema bastante atual, mas a minha intenção não é dar uma aula sobre auto estima, mas fazê-los refletir sobre este tema.
Há um trecho de em “Mulheres Alteradas 3” de Maitema, que ilustra bem a relação das mulheres no mundo atual. Este texto também vale para os homens, pois sabemos o quanto sofrem pelas exigências do mundo moderno. Maitema começa falando de 1920, quando as mulheres estavam ansiosas por um bom marido, e isto bastava, e vai acrescentando, década à década, mais desejos e expectativas.
Quando chega a 1990 ela diz:

“Em 1990, nós mulheres, estávamos ansiosas por uma paixão, obcecadas por conseguir um bom marido, preocupadas em ser boas mães, inquietas por estudar alguma coisa útil, transtornadas para participar de coisas interessantes, culpadas por trabalharmos fora...estressadas por exigir-nos conquistas profissionais...e desesperadas para nos vermos jovens, magras e sem celulite!!”

Ganhamos em muitos aspectos da vida moderna mas em outros a exigência é cada vez maior. Ganhamos em liberdade de escolha, mas o leque de escolhas hoje é muito maior. É preciso, além de ter sucesso profissional, ter sucesso na vida pessoal , ter uma atividade extra interessante, ser politicamente correto, ser magro, bonito, inteligente e, como diz Maitema, sem celulite, no caso das mulheres.
Se todos nós procuramos ser felizes , por que algumas pessoas têm uma auto estima maior do que outras, sentem-se mais confortáveis na vida, vivem em paz com o que têm, enquanto outras se sentem insatisfeitas, nada as satisfaz?

Como foi a nossa infância?..."

Sigo por aí.



Tchau.

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