quarta-feira, abril 25, 2007

Dia à dia. Encontro com amigos


















Domingo eu fiquei horasssss na praia de tarde, depois de caminhar fiquei num barzinho à beira mar, vendo esta paisagem e conversando com minha nova amiga E., meu irmão e um amigo dele- um argentino lindo e simpático. Alguns argentinos são especialmente bonitos- têm sangue italiano, um quê de Mastroianni. Tá bom, não têm o charme todo de um Mastroianni, mas têm os traços bonitos. OK, você está pensando que sou fútil, que falo muito de aparência, mas eu sou esteta, não há com evitar. Meu olhar é de esteta. Lamento. O pior é que minha amiga Dai está ficando esteta. Também acho que beleza sozinha não quer dizer nada, mas faz bem para os olhos, isto faz. E um homem bonito é mais fácil de se amar, isto é, não precisam ser perfeitos, mas um belo sorriso, ou belos olhos, quem resiste? Outro dia conversei com um rapaz que tinha os dentes graciosos, é quase irresistível. Vocês já viram os dentinhos do Miguel Paiva? são trepadinhos e são lindos. Miguel Paiva é um dos caras mais charmosos da geração dele. Tenho um irmão que tem os dentes assim, acho uma graça. Viram? não falo de perfeição, mas de algo que seja gracioso. Alguns têm um papo irresistível... :)
Bom, ficamos até sete horas ali vendo o por do sol, num papo inteligente (falamos de literatura, artes em geral, bastante) e bebendo uma cervejinha. Foi muito gostoso.
Ontem estava saindo da livraria A S e vi uma pessoacom quem eu queria ter falar, não alcancei, fiquei frustrada, mas no mesmo momento encontrei minha querida Dai, que esteve uma semana fora, no Rio. Conversamos muito, falamos bastante sobre os homens.
À noite fui encontrar com minha amiga italiana, que eu amo, e amigos dela. Ela viaja para a Itália na semana que vem, a única irmã está morrendo de câncer (aos 41 anos), Jo vai para ficar perto da mãe- a irmã está num mosteiro na Áustria, não quer ver a família- foi uma escolha, não se discute. Ela tem uma filho de 5 anos. Ah! doença maldita! por que não descobrem a cura? porque não há interesse. Porque pacientes com câncer consomem muitos remédios. Acredito nisto. O mercado precisa da doença. Tenho, no momento 3 amigos com câncer. Amigos que eu amo. Fico com raiva, impotente. Ainda por cima longe.
O livro que andei lendo estes dias, e que eu coloquei ontem aqui, tem alguns relatos sobre o câncer. É muito presente. Nunca se sabe quem será o próximo, é uma roleta russa. Não tenho medo de morrer, mas não suporto doenças, ai ai...morro de medo de ficar numa cama com dores.
Jo tem vivido momentos tão difíceis... eu assisto e sou solidária, amorosa, é o que posso fazer.
Na mesa, ontem, havia um italiano, bem na minha frente, muito simpático e bonito, um romano. Era muito atento a mim, pena que estava com uma mulher ao lado, uma morena chata que só falava em esportes: anda de bicicleta, nada e corre- faz triatlo.
Ele deve ser bobão também, porque agüentar aquela mulher...
Jo se irritou com ela, que falava sem parar, eu estava achando que era só eu que implicava, mas Jo, que é a própria delicadeza, se irritou, e perguntou se ela não tinha nada agradável para dizer sobre a Itália e italianos. Uauuuu , eu coloquei panos quentes, mas a discussão rolou. Jo, sempre falando baixinho, mas disse para a chata que não era a 1ª vez que ela fazia isto , etc e tal... Gostei de ter visto a outra levar um sabão.
Voltei para casa feliz por ter encontrado com amigos que eu amo e que me amam- preciso muito disto. Quem não precisa?

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