Dia 22, dia da blogagem coletiva, eu procurei saber o que teria acontecido naquele dia de importante, morreu JK, mas só ontem descobri o mais importante- morreu Glauber Rocha num dia 22 de agosto de 1981- há exatos 25 anos.
O Brasil não é mais o mesmo desde a morte do Glauber, cineasta e poeta, visionário, gênio maravilhoso. Como no faz falta Glauber!
Ontem vi um programa na Globo News com ele, dá saudade daquele programa caótico e genial que ele fazia, falando sem parar, o filho no colo, a câmara sempre em movimento. Glauber é um daqueles casos onde não se pode separar a obra do autor- como Nietzsche, Antonin Artaud, Nijinky, Van Gogh.
Todos tidos como gênios e loucos- Glauber não era louco, nada louco, era um sujeito sensível e genial, a morte foi como a dos outros, uma espécie de suicídio- deixou-se morrer, estava em processo de auto destruição segundo depoimento de amigos, mas deixaram-no morrer, é assim que as coisas acontecem com os gênios.
Vi os filmes dele muito jovem, quero ver tudo de novo, eu achava tudo interessante, devo ter entendido, mas quero ver novamente. Quem não viu, veja.
Scorsese diz que filmes de Glauber Rocha o influenciam; leia entrevista aqui
Glauber influenciou não só cineastas, mas a todos nós, ele dizia com aquele jeito dele meio louco, que cinema era audio visual, não precisa contar históra, é só ouvir e ver. Certo. Queria muito ter conhecido Glauber pessoalmente, devia ser fascinante.
Glauber deve ser sempre lembrado.
E viva Glauber!!! Sua obra está ai para todos verem, não deixem de ver.
Vocês já leram este texto meu?
Tão jovem aqui.
A mãe, Dona Lucia Rocha, mulher de valor, sem ela teríamos perdido tudo dele, eu a vi muitas vezes falando das dificuldades em conservar a obra do nosso gênio. Ela conta que ele desde menino escrevia e representava, começou a ler aos cinco anos, lia histórias em quadrinhos, dizia que aprendeu a fazer cinema lendo HQ, faz sentido.
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