domingo, agosto 28, 2005

Um delírio que não é meu.














Eu sempre gostei dos secos & molhados, mas conheço pouco, tudo em música eu conheço pouco, gosto muito, mas prefiro o silêncio quando estou só e como fico muito só...Com os meninos ouço rock, já contei que só gostam de rock. Menos mal, criados com a mãe... Um dia o Luc era pequeno, devia ter uns sete anos e alguém perguntou do que ele gostava de música, respondeu:" ópera, jazz e rock." Eu disse: "felizmente acrescentou o rock", seria um caso sério de falso self como Winnicott tão bem teorizou hihihi
Ano passado ganhei uma agenda linda de uma amiga, agenda opinião, conhecem? agendaopiniao@yahoo.com.br, ela traz imagens e poemas, pequenos textos, encontro lá preciosidades. Hoje achei este lindo poema que é a letra da música "Delírio" de João Ricardo e Apolinário. Pesquisando no google achei "Rosa de Hiroshima" que é um lindo poema também. Nossos letristas são ótimos.
Queria mostrar esta foto que achei demais.

Delírio

Não vou buscar
A esperança
Na linha do horizonte
Nem saciar
A sede do futuro
Da fonte do passado
Nada espero
E tudo quero
Sou quem toca
Sou quem dança
Quem na orquestra
Desafina

Quem delira
Sem ter febre

Sou o par
E o parceiro
Das verdades
À desconfiança




Rosa de Hiroshima

Pense nas crianças mudas,
telepáticas
Pense nas meninas cegas
inexatas
Pense nas mulheres, rotas
alteradas
Pense nas feridas como rosas
cálida
Mas! Não se esqueça da
rosa, da rosa
Da rosa de Hiroshima, a rosa
hereditária
A rosa radioativa, estúpida
inválida
A rosa com cirrose a anti-rosa
atômica
Sem cor, sem perfume, sem

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