quinta-feira, abril 28, 2005
O jogo da causalidade.
Foto Fernando numero 12.
Hoje eu queria pensar o blog, o mundo virtual, os meandros que desconheço, mas como estou meio tonta ainda, abri o Barthes, como fazem os crentes, então leiam.
Quem não gostar do texto dele, pule, e veja o site que linkei abaixo, maravilhoso.
“O karma é o encadeamento (desastroso) das ações (de suas causas e efeitos).
O budista quer se retirar do karma, quer suspender o jogo da causalidade; quer ausentar os signos, ignorar a questão prática: que fazer? Quanto a mim não paro de me colocá-la ao mesmo tempo que suspiro por essa suspensão do karma que é o nirvana. Do mesmo modo, as situações que, por sorte, não me impõem nenhuma responsabilidade de conduta, por mais dolorosas que sejam, são recebidas numa espécie de paz; sofro, mas pelo menos nada tenho que decidir: nesse caso, a maquina amorosa (imaginaria) anda sozinha, sem mim; como um operário da idade eletrônica, ou como o péssimo aluno do fundo da sala, só tenho que estar lá: o karma (a maquina, a aula) faz barulho diante de mim, mas sem mim. Na própria infelicidade, posso, por um rápido instante, me arranjar um cantinho de preguiça”.
Rolland Barthes.
Ontem fui dormir com uma lua linda, emoldurada por nuvens densas, agradeço estar viva e saber olhar o céu.
Amanheceu um sol maravilhoso com chuvisco. Diga se não vale a pena estar viva, testemunha de tanta beleza...Será isto nirvâna?
Coloco para vocês este site maravilhoso sobre o Rio de Janeiro, cliquem onde quiserem, eu fiquei entre o posto 8 e 9 que foi meu pedaço na praia durante 30 anos, me senti ali, vendo o por do sol de Ipanema, aplaudido tantas vezes.
Fernando, muito obrigada pela foto linda com pegadas.
Bom dia!
Namastê.
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