Criei este blog meio sem pensar, como faço muitas coisas na vida, não que eu não quisesse um blog, mas foi de repente, já contei antes.
Ontem eu disse no final do post que é difícil escrever depois de Raduan, Drummond e Pimenta.
Pim, meu grande amigo, poeta extraordinário, morreu cedíssimo de aneurisma ou Doença de Chagas, não sei, agora não importa mais. Vou postar aos poucos os poemas e cartas do Pim, tenho muitas e seria egoísmo guardá-las sem mostrar para ninguém – às vezes penso que tenho estas preciosidades e se eu morrer... meus filhos ainda não se interessam, são adolescentes, por isso vou mostrar aqui. Ele os fez para mim, me mandava tudo no original. O amor platônico durou anos. Éramos adolescentes quando nos conhecemos num banco de escola em Cabo Frio. Anos depois, ele em Niterói, eu no Rio, a mulher descobriu uma carta minha para ele e fez um escândalo, telefonou dizendo que era uma ex professora dele e queria publicar seus textos, mas eu desconfiei, fui confirmar, ela perdeu uma oportunidade de conhecer melhor o marido. Eu era um amor imaginário, nunca houve nada que a mulher não pudesse saber, mas ele me escondia, criava uma aura em torno, aí entendo o ciúme da mulher, depois que ele morreu soube que ela havia ido morar no EEUU, pena a filha dele não ter acesso as coisas lindas do pai. Quem sabe ele escrevia para a mulher também, não é? Tomara.
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