Tarde de quarta, sem vontade de nada, desci para a piscina quando os sol já desbotava.
Num canto, onde uma nesga de sol incidia, deitei para ver as nuvens e fazer yoga.
A lua quase cheia refletia na piscina sobre meu corpo,
num movimento rápido via estrelinha douradas.
Me perdi vendo magia nas minhas pernas.
Ao sair o portão estava fechado.
Pulei o muro baixo.
Me senti menina.
À noite sonho com um amigo que não vejo há anos, ele me encontrava e estranhava meu cabelo curto.
Procuro no google e o encontro.
É escritor.
Leio o texto dele e choro muito, temos lembranças comuns, nosso melhor amigo foi Carlinhos.
Numa praça eu o vejo de longe, desejo abraçá-lo.
Mando um email e uma foto minha com os meninos, não acreditando muito em retorno..
Hoje chegou a resposta dele, feliz por me encontrar, amoroso. Diz que estou diferente na foto de cabelo curto.
Lembro do sonho tão nítido.
Eu o amo muito, é um daqueles amigos inesquecíveis, vivemos um pedaço grande de nossas vidas perto, nos víamos todos os dias, éramos um grupo, íamos às exposições, às festas, ao cinema...
Ele e Carlinhos- de quem já falei muitas vezes aqui- moravam juntos, eram amigos como irmãos, uma linda amizade.
César, foi quem escreveu o texto que eu coloquei ai para vocês lerem. Entrem neste link, é ótimo escritor.
Jovem ele parecia um grego, nariz reto, traços bonitos. Deve ser um senhor charmoso- era charmosíssimo- culto, calado, introspectivo.
Vive em Mato Grosso agora, é de lá, fazendeiro.
Tem aquela calma de quem gosta de terra.
Ai que saudades.
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