Aqui você assiste: https://youtu.be/S7Apos43TCg?si=mzFNlpGpCu3WtOyG
Gostei do documentário, é muito bonito, mas acho que há muitos idosos que não são assim.
Aqui você assiste: https://youtu.be/S7Apos43TCg?si=mzFNlpGpCu3WtOyG
Gostei do documentário, é muito bonito, mas acho que há muitos idosos que não são assim.
A limitações do corpo chegam. Onde está a jovem que fui e que foi amada? O espelho reflete uma imagem que eu não gosto.
Quem disse que a Terceira idade era a Melhor idade? Balela para enganar idosos que esperaram a vida toda por uma aposentadoria. Os que tiveram sorte estão, realmente, curtindo enquanto a morte não chega, mas a maioria está a se lamentar de dores e sufocados pelo preço dos planos de saúde e, ou, de remédios, outros tantos a espera do SUS para o dia do exame. E é preciso agradecer o Governo pela saúde pública de qualidade, infelizmente ainda não suficientemente eficaz para todos.
Vida que segue. A mãe velhinha se foi, o netinho cresce cada dia mais interessante e gracioso.
É preciso levantar, se alongar- as costas doem. É preciso dinheiro e força para se exercitar, é preciso caminhar. É preciso... Enquanto há vida é preciso.
Trabalhar é o prazer de cada dia- amém! Privilégio para poucos, reconheço.
Desde a pandemia atendo apenas online, não tenho mais vontade de sair de casa, voltar com trânsito.
Apenas uma reflexão num dia cansativo, mesmo com o sol iluminando a tarde e a paisagem bonita.
Como estar feliz num mundo tão sofrido? Vejo as celebridades, as/os influencers a se expor se lambuzando no luxo e me pergunto, como conseguem viver numa bolha quando milhares estão ilhados em abrigos e no frio ou na guerra? Quantos morrerão de frio?
Sim, a morte sempre a rondar, mesmo que hoje esteja distante, ela está sempre por perto. Paradoxal? Sei não...
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Rita Lee com certeza está no paraíso que escolheu.
Havia pureza na irreverência de nossa roqueira mor,
muito amor e certa fragilidade.
Sempre a vi mãezona, amante do marido, defensora dos animais.
Nossas escolhas- reflexão
"A vida devia ser como no teatro, primeiro se ensaia, depois se estreia-vive." A frase do Vittorio Gassman ecoou entre amigos, mobilizou alguns. Por que, olhando para trás, percebemos que fizemos escolhas erradas? Não esqueço a frase de uma amiga quando falamos sobre isso:Esse lindo poema é de uma amigo querido que morreu antes dos 30 anos com doença de Chagas
Amor fulminante
Viu os olhos dele a fulminarem quando disse:
-Não mudo uma vírgula na minha vida por você.
Lança afiada no coração. Por uns segundos, pensou como viveria sem ele.
Mas o amor dela é tanto que supre o dele. "Homem maduro, coração duro".
Foi até a cozinha. Fez o café como ele gosta- quase amargo. Ao oferecer a xícara seus olhos eram frios. Deixou que tomasse o café, aproximou-se. Beijou seus lábios até adocicarem e ele a tomar nos braços.
Ela o amaria mais densa que nunca- teve os segundos de luto - beijaria aquele corpo religiosamente até ele lhe oferecer o gozo em jorros e entrega.
Lavou o sexo com força.
Depois, na praia, se jogou na areia molhada. Pensava: se o mar me quiser, que leve.
A maré rasa não a carregou.
Levantou quando ouviu vozes de crianças em volta.
Foi seu ultimo carnaval.
Sábado no ônibus
Entrei no ônibus com dificuldade, o motorista me olhou enviesado.
Não havia onde sentar, a mão engessada doía, o braço onde fui furado, doía. Era preciso me equilibrar na barra.
Senti o olhar de uma mulher. Senti vergonha, queria me esconder. Todos fingiam não me ver, exceto a mulher que olhava discretamente. Ouve um momento que senti que ela ia levantar e me dar o lugar. Podia ser minha mãe, talvez me visse como filho, talvez me visse através daquela roupa suja de sangue que fedia.
Ela não levantou, ainda bem, eu sentiria mais vergonha.
Hoje de Madrugada