sábado, outubro 19, 2013

Vinícius é imortal, o amor "Que não seja imortal, posto que é chama"






Obrigada, Vinícius:


Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Moraes











Lembrando Vinícius, veio meu pai à lembrança. Ganhei um livro dele uma vez- era péssimo para dar presentes, não sabia, era travado, mesmo amoroso. Eu o emprestei para um vizinho e perdi a única dedicatória que meu pai fez para mim. Dá raiva. Odeio emprestar livros por isso. Os de estimação não empresto jamais- aprendi.

O livro, descubro agora o significado, nunca havia prestado atenção: "Para viver um grande amor".
Bom, pelo menos meu pai me ofereceu esta possibilidade e eu aproveitei, vivi um grande amor, mais de um :)

Chorei agora ao ouvir Milton cantando "Eu sei que vou te amar", não posso ouvir há anos, antes doía mais, continua a doer menos. Ah! os grandes amores... são eternos. Viu, Vinicius?

Um comentário:

Fullmoon disse...

Ai, que raiva que o amigo não devolveu o livro!!!