domingo, abril 17, 2011

O filme que mexeu comigo...



Vi agora o filme "Yanks" de 79, com Richard Gere, jovem, interpretando um soldado americano durante a 2ª guerra. Está na Grã Bretanha e enamorado por uma inglesa.

O filme mexeu muito comigo. A música tema lembra minha infância, minha mãe a ouvia- minha mãe está caidinha, velhinha. Hoje pensei nela e no quanto tenho dela- muito- acho que por isso é tão difícil me aproximar e ela me agüentar perto. Somos parecidas fisicamente e intelectualmente. Enfim...

A história do filme me lembra Jean Guillaume, o amigo francês que estava na Grã Bretanha quando acabou a guerra- deixou uma inglesa grávida- teve uma filha, que mal conheceu. A personagem que contracena com o Gere é muito jovem e tímida, lembrei de mim na cena do hotel, tão inexperiente, tão insegura, e aberta ao amor pela primeira vez.

Dan, meu filho mais novo, está parecido como o Gere jovem, hoje o observei rindo e está muito lindo. O outro chegou esta madrugada dos EUA e está mais bonito também, engordou uns quilinhos- é muito magro. Eu os vejo amando, apaixonados, e penso no quanto terão pela frente. Digo: “Quero que vocês aprendam uma coisa comigo em relação ao amor: Nada e definitivo. Eu pensei algumas vezes que morreria de amor e no entanto me enamorava de novo.” “Não se debruce demais sobre as tristezas do amor”- esta frase foi Drummond quem disse para mim, quando lhe contei que sofria. Ele disse: “O amor é misto de alegrias e angústia...”. Tenho este cartão, vou ver se acho para colocar aqui. Já digitalizei- o que é pior.

Bom, é isso. A vida nos comove, traz dor, alegrias, prazeres, ao mesmo tempo tenho sentido, cada vez mais, que tudo é tão relativo... sem ser cínica, um pouco cética, quem sabe.

É... sobrevivemos. Talvez seja isto que eu sinta. Apesar de toda dor, encontramos força para sobreviver- sempre- exceto os suicidas que dão um basta.

Hoje passou um programa sobre Stefan Sweig- um homem tão interessante, que tinha sucesso- vendia no mundo todo- deu um basta, matou-se com a mulher, não suportou o sofrimento pela perseguição aos judeus- parece que foi por ai. Triste isso. E foi 4 dias depois que um navio brasileiro foi atingido pelos nazistas no Atlântico. Vivia no Brasil, acho que todos já sabem a história e sobre o livro: “Brasil, o país do futuro”

2 comentários:

Lia Noronha disse...

Laura: vi o trailler no facebook..comovente!!
bjus de boa semana pra vc querida.

Anônimo disse...

É o Stefan foi por ai. Lembro que meu avô gostava muito dele e andava com aquele livro debaixo do braço por muitas vezes. Acho que releu varias vezes. Algo sobre o paraiso, puxa, nao lembro o titulo agora.
Lembrar da infancia, ver a mae velhinha é dureza ne? O tempo passa mesmo que a gente por tanto, tanto tempo tenha ficado com a cabeça enfiada no chao, feito o famoso avestruz. Hoje percebo isso com mais clareza do que nunca. E sabe? Dou graças por ter reconhecido essa passagem, consigo curtir tudo muito mais. Sabendo que tudo pode ir assim, de um segundo ao outro.
Beijos flore. Que Deus te acompanhe nessas caminhadas. Deus sim, por que nao, né?
Beijos da Cam