quinta-feira, fevereiro 17, 2011

Ah! as pedras...

 Tiziano,Sísifo,1549




Não tenho conseguido sentar para escrever. Minha mãe está aqui passando uma temporada.

Hoje eu pensava o porquê de ter comprado uma casa- eu vivia dizendo que casa é para ricos com muitos empregados, jardineiro...


Bom, cá estou eu a limpar casa, molhar jardim, cuidar de gatos, lavar roupas, tirar do varal, conversar no Twitter, responder no Facebook, copiar contos no Escritos e, para completar meu filho, que gosta de ajudar, está super gripado- mais um para eu cuidar. A mama come como passarinhos, aos poucos, o dia todo, e o chão fica com migalhas- passo pano no chão como Sísifo e as pedras. Prefiro os dias em que trabalho no consultório- saio relaxada de lá- adoro o que faço e me dá muito prazer.

Bem, chega de mimimi, ontem eu tive um tempinho e digitalizei as dedicatórias que tenho de Drummond, Calligaris, Raduan e Chico... faltam outras que lembrei agora- Adélia Prado, Márcia Tiburi e Lya Luft- esqueci das mulheres rs. Ainda não coloquei aqui no lap top estão no PC.


Penso que algumas pessoas não acreditam em mim- já me perguntaram se uma das crônicas sobre Drummond era ficção. Para alguns estas pessoas são mitos inatingíveis, eu as vejo diferente, com fragilidades, muitas vezes sós. Uma vez um destes conhecidos cartunistas me disse que o trabalho era solitário- que tinha pouco retorno e me agradeceu por eu ter dito algo. Drummond era uma pessoa de fácil acesso também pela delicadeza e simplicidade. Óbvio, que Chico Buarque eu não ouso chegar perto a não ser em sessões de autógrafo.

Há tantas coisas para fazer, resolver... exames para pegar resultados, outros para fazer e o calor está tunisiano, como diz mi madre- sair antes das quatro é de doer.


Quero ir à praia e não consigo. Outro dia fui à farmácia lá em Ponta Negra e desci até a praia- caminhei na areia- pena que estava vestida com bolsa- é perigoso. O rapaz que me vendeu uma coca disse que tinha sido roubado naquele momento.


Detesto ter que me policiar ao dizer coisas aqui- queria tanto que só gente afável me visitasse... lá no Twitter também anda estranho- muita gente, gente demais- perdeu o charme do começo. Há os famosos também. Por falar nisso, ontem vi uma entrevista com o Eike Batista e o achei simpático, tristonho e um tanto sonhador. Gostei de vê-lo falando. E, cá entre nós o rapaz é um fenômeno como empresário.

Um comentário:

Adriana disse...

Oi Laura,
Seguindo o email que vc me enviou, acabo de ler tudo que vc escreveu sobre Drummond no blog!!!! Me emocionei demais!!! Com Drummond ao lado, e apaixonadíssima por outro!!!! Me diverti, me emocionei, adorei tudo que vc escreveu.
Drummond é pra mim um monstro sagrado da literatura, a poesia dele e também a prosa me acompanham toda a vida, de maneira muito intensa. É meu poeta preferido.
Se tiver mais coisas sobre ele, por favor, coloque para nós!!!
Me diga, como ele era pra bater papo, ele gostava de prosear ou era mais caladão? Ele era expansivo com os amigos, ou era o Drummond reservado, quieto?
Puxa, vc não tem nenhuma foto dele?
Um abraço, minha querida. Desculpe todas as perguntas.
Obrigada pelos textos.