domingo, novembro 29, 2009

A sangue frio

Foto daqui- leiam o que diz sobre.


Ai, minha cabeça dói há dias. A pressão está um pouco acima da minha média, que é sempre muito baixa. Putz! E o vento uiva úuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

Minha mãe está morando aqui. Está bem, tem 83 anos, consegue fazer seu lanche, tomar banho, mas requer atenção. Mais papo que outras coisas. Está bem, disse que nunca foi tão bem tratada- fico feliz, pois éramos muito distantes. Neste momento estou escrevendo e ela, no sofá da sala, está contando histórias de suas amigas- algumas me surpreendem.
A casa está com coisas fora do lugar. Chegaram louças dela, roupas de frio, papelada- ela é escritora- ainda não sei onde colocar.
Meu filho mais velho cedeu o quarto enquanto arrumamos outro- que será onde era meu escritório. Ela não pode ficar no andar de cima, tenho medo que caia na escada. Passarei o escritório para cima- talvez seja melhor- aqui me solicitam o dia TODO. “Acabou o açúcar, onde está?” “Acabou a água- precisa pedir”. Não acham nada. Digo: Se fosse uma cobra te morderia e você não enxerga.
Roupas para lavar todos os dias...
E, para completar, o problema maior: a namorada de meu filho fez 18 anos e mudou-se para cá. Acreditam? Já conversei com ele várias vezes, acho que ele deve resolver isto, dizer a ela que eu não a quero aqui, mas ele é tímido e morre de pena da mocinha indefesa. Ai ai No dia em que fez 18 anos colocou um piercing no lábio(a sangue frio)- o pai, pastor evangélico- ficou zangado- ela aproveitou e caiu fora de casa. Já conversei com a mãe dela que me disse que já pediu para que volte para casa, mas a moça quer liberdade, coisa que não tem lá. Ela esteve com eles: almoçou, jantou, numa boa, mas quer viver aqui. Claro! Mas há limites. Para meu filho ela diz que os pais não a aceitam lá com o piercing. Não foi o que a mãe disse.
Não tenho condições de assumir o casal. É a primeira namorada, ele está fazendo faculdade, não ganha ainda. Ele me diz: Eu vou trabalhar. Respondo que agora precisa estudar. Ela fez vestibular, acho que passou, foi bem, é estudiosa. Adivinhem? Psicologia.
Enfim, a dor de cabeça tem razão de ser.
Hoje vou ligar para o pai dela vir buscá-la- estão muito devagar para meu gosto- acho que se livraram de um abacaxi. A mãe disse que ela é impossível, rebelde, malcriada.
Mas, creiam, tem cara de santa. Aqui fala pouquíssimo, não colabora, fica no quarto, preciso chamar para almoçar, lanchar. Eu a trato com educação- detesto grosserias, mas não a quero vivendo aqui. E o medo que engravide de propósito? Ai Jesuis...Torçam por mim- é assunto delicado. Preciso tato. Senão...

2 comentários:

Vivien Morgato : disse...

Laura, que enrascada.
A parte boa é a presença da sua mãe, pois acho que depois deste período de adaptação, vai ser muito bom tê-la por perto.
Quanto a namorada do seu filho, eu não sei, só de imaginar tenho calafrios porque tenho uma dificuldade hercúlea em dividir espaços e gente espaçosa me irrita.
Acho que o caso seria conversar abertamente com ela e seu filho, porque "adotar" uma moça de 18 anos é roubada mesmo.

Beijos, torço por vc.

Leila Silva disse...

Oh la la

Espero que consiga resolver rapidinho.
Abraço