sábado, outubro 10, 2009

Wagner- uma saudade



O Wagner era nosso amigo. Frequentei o atelier dele durante anos. Ria muito com ele, que era divertidíssimo. Imitava Marc Berkowitz- crítico de arte- com perfeição nos levando às lágrimas de tanto riso. O espaço era numa vila ao lado do Teatro Ipanema, na rua Prudente de Moraes.

Lá conheci muita gente interessante como: Flamarion- músico que tocou anos com Hermeto Pascoal- e artista plástico, (ex marido da francesa, minha amiga, que me hostedou há um ano lá em Paris) e vi por lá Elke Maravilha, Torquato Neto (vivia caído, drogado-muito triste), Bia Vasconcellos, (que vivia em Paris), Hélio Oiticica e muitos outros. Wagner trabalhava em couro, fazia roupas e sandálias.

Domingo era dia de feira Hippie e lá íamos nós visitar o Wagner. Tenho saudades. Morreu num sítio perto do Rio, onde foi viver para fugir da cidade grande- foi assassinado por bandidos que entraram para roubar- ironia da vida.

Já disse para vocês que eu era tímida, não me aproximava das pessoas, apenas olhava de longe.
O Wagner era diferente, era muito querido, uma pena ter morrido daquela forma e jovem ainda.

Mais aqui e aqui.

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